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Mensagem por L.L Sex maio 22, 2020 10:11 pm

Relembrando a primeira mensagem :

Objetivos


  • Realizar um investimento inicial com promessa de futuros frutos como um primeiro passo;
  • Conseguir uma moradia em Magomedov com Sarthe e conhecer a metrópole;
  • Realizar pesquisas, buscas e estudos em cima da forma como o mercado se comporta atualmente;
  • Participar de uma reunião de negócios.




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Re: [CL] — humilité.

Mensagem por Fisheye Ter maio 26, 2020 3:30 pm

[CL] — humilité. - Página 2 053
  • Yuvelir ganhou 20 pontos de Experiência;
  • Saúde: 100%, aclamada.
[CL] — humilité. - Página 2 Oie_tr10
  • Ivar ganhou 25 Bitcoins (20 + 25% bônus Magnata);
  • Gastou 1x Poké Ball, subtrair da ficha.

Snorunt Star Star
EXP: 00/200
Moveset
Leer[CL] — humilité. - Página 2 Normal [CL] — humilité. - Página 2 Other
Double Team[CL] — humilité. - Página 2 Normal [CL] — humilité. - Página 2 Other
Icy Wind[CL] — humilité. - Página 2 Ice [CL] — humilité. - Página 2 Special
Bite[CL] — humilité. - Página 2 Dark [CL] — humilité. - Página 2 Physical
Frost Breath[CL] — humilité. - Página 2 Ice [CL] — humilité. - Página 2 Special

Considere a Snorunt mais assustada para reagir/prosseguir do que fisicamente incapaz, devido a seu level superior ao de Yuvelir. Ótima interpretação de personagem e ambientação do cenário. Parabéns pela Captura!
Fisheye
Fisheye
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Re: [CL] — humilité.

Mensagem por L.L Ter maio 26, 2020 6:15 pm

Humilité
Merci — agradeci fechando minha sombrinha assim que adentrei o automóvel.

Que, por sinal, era pra lá de luxuoso. Sei reconhecer um carro de classe quando vejo um, acredite: e mesmo estando fora dos moldes Detroyanos, a estilística Magomedovina sabia como ser estonteante, principalmente no interior, com assentos mais do que confortáveis e uma iluminação ambiente serena. Tamanha classe provia-me toda a luxúria que eu estava vestida para esbanjar. Assim que Ivar adentrou pela outra porta após dar-me passagem, pude reparar em mais detalhes de sua face extremamente jovial de traços finos e, é claro, depositei uma longa observação sobre sua bengala repleta de detalhes prateados.

Quanta excentricidade. No limite perfeito.

— Estou atônita com a forma em que escolheu fazer da própria lua nesta noite o seu objeto de suporte — ajustei o grande casaco cor castanho sobre meu colo com seu tamanho acima do comum e repousei tanto a sombrinha quanto a bolsa no mesmo local. Observei-o profundamente nos olhos de cor violeta sustentando um sorriso agradável em meus lábios, respeitoso. — De fato, McQueen é uma… ponte e tanto, se me entende.

Seria minha forma de abordagem. Precisava saber mais sobre a dialética do rapaz além de requintes e convites: era necessário um aprofundamento em sua maneira de expressar-se e, só então, conseguiria tecer verdadeiramente um diálogo amistoso. Talvez, por não conhecer tanto de Alejandro, seja comum que veja-o com os olhos ensebados pela supervalorização da mídia como de costume. Ao passo em que iniciava a conversa, o veículo sutilmente alavancou sua saída do estacionamento e realizou uma curva lentamente pela esquina do quarteirão, dirigindo-se mais adiante após dar passagem a uma vã apressada.

— Agrada-me que tenha me recomendado como parceira, ainda que, pelo que imagino, não tenha feito isso de uma forma a não ser a que ambos conhecemos. — aproveitei do momento perfeito em que estávamos parados no sinal para conseguir, rapidamente, acesso à minha pequena case de maquiagem em que encontrei meu batom. Lentamente girei-o algumas vezes, demonstrando sua substância sólida e pontiaguda negra como a própria noite. — Como uma recém chegada em Magomedov, não sei quais expectativas gerar para o evento, Mounsieur Antonivich. Mas consigo sim criar alguns… objetivos, entende? — O espelho da pequena case refletiu o escuro batom recém retocado em meus lábios curvando-se num sorriso singelo.

Fechei-a com um pequeno estalar e retornei-a para o interior da bolsa.

— Negócios sem planos são apenas roteiros de crianças criativas. — Suspirei profundamente. De verdade? Sentia falta de meu cachimbo. Espero que o serviço de entrega encomendado por Alejandro seja rápido na viagem ao trazer meus pertences de Detroya. — Se não for indelicada perguntar, creio que tenha seus objetivos para esta noite também, hm?


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Re: [CL] — humilité.

Mensagem por Hummingbird Ter maio 26, 2020 8:11 pm

19:44, Magomedov
De repente foi como se Magomedov ficasse pequena demais diante de nós dois. Eu sabia, desde o primeiro momento em que coloquei os olhos nela; ela tem a ambição que eu tanto admiro. Suas roupas; sua postura; eu posso ver sua imagem impressa e ela é XS. Devo meus agradecimentos à McQueen, afinal, ele de fato tem os melhores contatos por aqui.

Obrigado pelos elogios querida. Mas por favor, eu espero que possamos aproveitar esse momento sem a necessidade de tantas formalidades. — e apesar das palavras de tom repreensivo, fiz questão de gesticular com leveza, afim de não tratar aquilo como uma tentativa de intimidá-la; mas sim; tranquiliza-la. Teremos uma longa noite de formalidades. Por isso eu lhe peço, vamos estabelecer esse momento dentro do carro como uma zona neutra, hmm? — concluí, acompanhando-a através de um olhar brando; o seu ato de ajeitar-se em seu assento.

Em contrapartida, posso dizer que eu estava bem relaxado. O ocorrido com o pokémon selvagem pouco antes de deixar meu apartamento, trouxe consigo um ar de leveza e relaxamento pra mim. Meus ombros não estavam tensos, ainda que sustentassem minha postura elegante acompanhada de meu terno em seu melhor estado. Minha perna direita, cruzada acima da esquerda, revelou também os meus sapatos negros como a noite. O característico M talhado sutilmente em suas laterais, reverenciava mais uma vez a grife Mimibella. Confesso que a inauguração de hoje a tarde me deixou inspirado. Eu já havia esquecido o quão luxuoso e requintado é o meu vestuário.

Você está mais do que certa. — concordei em praticamente tudo que Labeele comentou. Nosso carro assumiu um trajeto tranquilo, coisa que nos deu uma grande oportunidade de conversar e, por sua vez, me rendeu a chance de conhecer um pouco mais das opiniões de minha convidada. Nós dois sabemos que, em ocasiões como essa, as oportunidades são apresentadas numa bandeja, tal como os garçons permanecem dispostos ao chamado daqueles que desejam algo. — meu olhar pesou mais uma vez no encontro dos olhos dela Portanto, creio eu que isso diz muito sobre as minhas ambições. Eu estou com sede, você não? — completei a metáfora, num tom mais leve e ousado, ao passo que com meu braço esquerdo livre fui de encontro a um compartimento extra na parte debaixo do meu assento. Mesmo àquela distância, Labeele poderia ver as garrafas de bebida dispostas ali dentro; variando entre alguns tipos de vinho e também champagne. Não havia muito, mas o suficiente para que possamos aproveitar até chegarmos no evento. Então eu tomaria a liberdade de servi-la o que ela preferir numa taça; uma vez que ela aceite, é claro.

Agora, é muito importante que a senhorita saiba aproveitar o seu trunfo de recém-chegada. Pois apesar do que dizem, Magomedov não é tão estruturalista quanto parece. Principalmente no que diz respeito ao núcleo empresarial que estamos prestes a conhecer. — revelei, enquanto dedilhava uma taça com um pouco de vinho seco, o suficiente para tomar um gole e sentir o calor me preencher naquela noite estranhamente fria. O que você realmente quer saber acerca do evento, se me permite a pergunta? — por fim, esta seria a deixa para que ela jogasse suas cartas se sentisse a vontade. Ou mesmo para que me usasse para conseguir mais informações?

Nenhum Dado


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Re: [CL] — humilité.

Mensagem por L.L Qua maio 27, 2020 8:57 pm

Humilité
— Como preferir — respondi ao pedido da informalidade.

Apenas por tal questão ter sido abordada eu conseguia enxergar que ali existia mais do que apenas um magnata sedento por um poleiro tal qual Se’phe pela decoração de meu apartamento. Assim que foi-me oferecida a oportunidade de um champagne, não recusei e brindei nossas taças antes de trazer o objeto de vidro delicado aos meus lábios tomando o devido cuidado para não borrá-lo com meu batom e bebericando um longo gole. Senti o líquido quente arder ao descer por minha garganta à medida em que um leve quentor tomava conta de meu interior: há quanto tempo não provava nada alcoólico?

Conforme o automóvel desceu alguns níveis afim de passar por debaixo de uma ponte que ligava duas torres empresariais tal como os diversos outros veículos realizavam, dei o passo de beber mais um tímido gole à medida em que sustentava o olhar violeta brando de Ivar enquanto suas palavras teciam frases cada vez mais… interessantes.

— Por favor, Ivar — brinquei com a taça entre meu dedo anelar e indicador, espiralando o líquido em seu interior por alguns instantes antes de abrir um espontâneo sorriso. — De verdade, prefiro surpreender-me do que receber spoilers, se é que me entende. Mas fora isso, devo dizer que minha mente tem refletido a respeito de uma curiosidade, sabe? Como um leve formigamento atrás da cabeça… — gesticulei o ato, aproveitando para soltar uma das mechas de meu penteado, fazendo-a pender sobre minha face de maneira sutil.

Mais um gole. Dessa vez, apenas para molhar os lábios.

— Nesse… coquetel, quais são os objetivos dos grandes nomes envolvidos? Quero dizer, sim, precisamos manter o status quo em alta, realizar grandes negociações e tecer comunicações como Galvantulas costuram suas teias. Mas… — franzi o cenho — não te estranha nem um pouco que Mimibella esteja tão aberta a público assim a ponto de chamar Alejandro McQueen? Estive pensando aqui, e há muito nas entrelinhas que talvez não consigamos acessar por agora.

Lentamente foi ficando mais fácil de se expressar. Não por conta do champagne em si, mas sim pela abertura que o rapaz tinha dado a partir do ponto em que deixamos a formalidade para trás. Sem falar que minha mente começava a digerir os detalhes servidos num banquete repleto de limiares encobertos em mistérios contendo um saboroso segredo como prato de entrada. Tal como minhas engrenagens giravam silenciosamente em minhas articulações, sentia que meu cérebro realizava o mesmo movimento, aquecendo-se com o álcool, deixando o estado de dormência provocado pelo frio de Magomedov para trás.

— Talvez… eles tenham algum interesse ligado à Liga Pokémon? Enfim, é só um pensamento que tive no momento, talvez eu esteja sendo tola demais. — Repousei a taça sobre a bolsa e decidi admirar a vista da metrópole enevoada do lado de fora.


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Re: [CL] — humilité.

Mensagem por Hummingbird Qui maio 28, 2020 6:15 pm

20:00, Magomedov
Sutil.

Seu cabelo revelou uma mecha acompanhando um olhar elegante e uma certa familiaridade com a taça de champagne que a magnata segurava tão suavemente. Em questão de etiqueta eu posso garantir que Lavina teve a melhor educação. O que também me fez pensar em sua sagacidade por traz daquelas palavras que saltavam de sua boca acompanhadas de brincadeira. O champagne em sua taça dançava; ora solto dentro do vidro, ora em sua boca, molhando seus lábios delicadamente. E eu observei tudo atentamente, ganancioso por conhecê-la melhor.

Quanto à sua esquiva dos spoilers, assenti com a cabeça. Ela estava certa de privar-se dos meus comentários, ainda mais sabendo das informações que dispunha. O que também não demorou para ficar evidente ao longo de suas palavras recheadas de estranheza. Seu raciocínio estava mais do que correto. Ela fisgou minha atenção com muita facilidade no meio de seu jogo de palavras e tom de voz singular. Deixei um meio sorriso escapar, ao passo que em sequência saboreei o restante do meu vinho em mais um gole moderado.

De fato. É um tanto complicado generalizar e buscar um objetivo em comum no meio de tantas celebridades, ainda mais em um evento como este. — rebati ao seu questionamento No entanto, eu admiro a sua percepção. A inauguração de Mimibella terminar em um coquetel para empresários? Eu não sei, parece um pouco imprudente. — e com isso eu quis deixar claro que a festa que estamos indo tem sim ligação com a inauguração que mencionei outrora.

Tolos são aqueles sem a capacidade para questionar, querida. — engatei logo em seguida, terminando o meu vinho e guardando a taça no mesmo compartimento abaixo do meu banco. Uma vez que Lavina terminasse o seu, eu gentilmente me ofereceria para recolher sua taça também. Caso contrário, o próprio Motorista o faria, antes de descermos do carro. Afinal, àquela altura de nossa viagem, já era possível vislumbrar o estacionamento da cobertura em que o coquetel estava pra acontecer. Alguns poucos carros já estavam manobrando, coisa que me reteve atenção, forçando o meu olhar através da janela.

Parece que não vai demorar para tirarmos nossas próprias conclusões. Está preparada? —  aleguei, oferecendo-lhe a mão para ajudá-la a descer do carro. A esta altura o motorista já estava finalizando a manobra, deixando-nos num lugar até privilegiado em questão de visibilidade e proximidade com a entrada do evento. Inclusive, dali já era possível vislumbrar uma fileira de fotógrafos e os recepcionistas do evento. E uma vez fora do carro, seria possível perceber um hall de entrada deslumbrante, acompanhado de uma decoração tradicional, porém, que acentuava as características de Magomedov. Os tons de branco nas faixas separatórias entre o hall de entrada e as fileiras de fotógrafos; as flores dispostas em arranjos enormes e de estrutura teatral; até mesmo na vestimenta dos recepcionistas que faziam questão de mostrar às luzes ambiente os seus ternos variando entre o níveo e o branco-rosé. Isso tudo é claro evidenciando a clássica marca de Mimibella.

A cargo de informação, eu acredito sim que financiadores da Liga Pokémon estejam presentes. — seria o meu último sussurro antes de me oferecer para acompanhá-la até a entrada do evento.

Observação escreveu:Chegamos no evento amiga. Tome a liberdade que quiser para interagir com npcs próprios, ou mesmo criá-los. Sinta-se a vontade também para usar da presença do meu pp para fazer a ponte com alguém, ou se quiser deixá-lo e ir falar com outras pessoas. Ainda que, considere que estamos no mesmo evento e podemos nos encontrar a qualquer momento, apesar de ser um lugar grande. Eu, basicamente, vou seguir a linha de planejamento dele; que é encontrar os investidores da equipe do Boris(investidores da OVAZON), e trocar uma ideia com eles pra tentar render um patrocínio pra empresa que eu trabalho. Se quiser vir junto, a vontade, mantemos a interação e eu apresento você pra eles.

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Re: [CL] — humilité.

Mensagem por L.L Qua Jun 17, 2020 12:08 am

Humilité
— Formidável — me ative no comentário antes de ceder a Ivar meu braço para segurar.

A grande entrada do evento dava-se por um longo tapete avermelhado sobre o piso em quadrângulos negros chamativos que ressaltavam-se no construto em meio ao níveo da neve ao redor. O motorista tinha feito um bom trabalho ao estacionar numa vaga mais reservada, dessa forma, ainda que de maneira estratégica, pude contemplar de relance o visual de todo o local juntamente com os convidados compondo o ambiente da maneira mais elegante e à alta costura possível. Senti o teor do álcool anteriormente ingerido destacar-se em meu paladar assim que dei o primeiro passo naquele salto, como um lembrete para que eu não passasse do limite durante a noite.

Vejam bem: algo que não podem deixar desperdiçar num evento como esse, ainda que seja um after, é a ilustre presença dos convidados.

Portanto, logo no hall de entrada, fomos rechaçados com uma sequência interminável de flashes. Primeiramente, eu e Ivar tivemos um bom desempenho nas fotos como um par, compreende? Ele esbanjando elegância ostentando sua bengala ornamentada em prata enquanto eu fazia questão que o dourado de meus brincos ressaltassem a jaqueta oversized optada para a ocasião. Os fotógrafos foram rápidos em pedirem fotos solo, das quais tive a liberdade de realizar as poses mais desenvoltas, sevindo-os finesse, classe e, acima de tudo, excentricidade. No fim da sessão de luzes, subimos os primeiros degraus que levavam-nos ao salão principal do lugar.

O ambiente tornou-se ameno. O frio permanecia apenas no exterior daquelas grossas paredes enegrecidas conforme seu interior aquecia-nos não apenas pela óbvia temperatura em si, mas sim por toda a tensão no ar, quase que palpável: ali, qualquer deslize poderia colocar quaisquer negociações água a baixo e ruir imagens construídas ao longo de anos. Assim que fomos recebidos por alguns funcionários que ofereceram-nos bandejas com drinks dos mais diversos, neguei com a cabeça enquanto sutilmente realizava uma atualização em meu dexit: e vejam só, de alguma forma, havia uma tecnologia avançada de reconhecimento facial naquelas câmeras de minutos atrás.

Nossos nomes já estavam na rede. Algumas notificações surgiram na tela de meu dispositivo assim que percebi que algumas de nossas melhores fotos já contemplavam a região dos convidados num website próprio para o jantar, ainda que ofuscadas por muitos outros nomes bem mais importantes e impactantes, bem como corpos empresariais de corporações inteiras.

— Muito bem. Acho que preciso resolver algumas pendências, Ivar, mas posso deixar para depois… no momento, preciso me habituar às casualidades do ambiente — sorri para um garçom que aproximou-se com uma bandeja repleta de petiscos veganos. Com um simples gesto, puxei um daqueles espetos de algas fritas e degustei-o com delicadeza conforme passava um olhar cauteloso sobre uma mesa circular à esquerda em que homens trajados de vermelho dispunham um jogo de cartas sobre a mesa.

Efeito do champagne ou não, eu podia sentir minha pequena bolsa pesar em meu braço. Quase como se o grande trunfo na noite suplicasse para ser utilizado.

Então, eu pretendo continuar na asa do Ivar por enquanto até conseguir estreitar mais algumas relações e por minhas garrinhas para fora pra conseguir algo de bom. Interprete-me no momento como uma acompanhante, seja para diálogo, negociações ou demais relações envolvendo os NPCs. Eu tirei um dado de NPC mas acredito que irei guardá-lo para o momento mais oportuno.

Ah sim, considere as fotos no Dexit como um momentinho de ganhar reputação.


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Re: [CL] — humilité.

Mensagem por Hummingbird Dom Jun 21, 2020 8:34 pm

Noite, Magomedov
O vinho que me aqueceu durante todo o trajeto agora me preenchia com calor em demasia. Descer do carro foi um intenso alívio, considerando o frio a céu aberto e a neve caindo deliberadamente. Os flocos esbranquiçados pousavam em meu traje escuro, revelando contrastes que eu tenho plena certeza que chamaram atenção das câmeras. Não demorou para que minh-, quero dizer; nossa presença, rendesse espanto e admiração por parte dos fotógrafos.

Uma chuva de flashes.

Confesso que posar ao lado de Lavina foi encantador. Ela domina com facilidade os melhores ângulos e também posicionamento para uma foto bem feita. Nossa presença transcendeu o arquétipo de um encontro casual de negócios, e logo estávamos acima de tudo e todos. Aquele era o nosso momento, a nossa batalha. Entre um flash e outro, trocávamos olhares que representavam enigmas. Fantasias a serem vendidas para os olhos por traz das câmeras. Afinal, nós dois não carregamos um nome de peso nem mesmo representamos empresas influentes. O que nos resta é vender o inalcançável. O mistério.

E durante algum tempo, nos separamos brevemente para garantir sessões de fotos individuais. De relance pude perceber que Lavina não se intimidou em nada com as propostas dos fotógrafos. Imagino que ela esteja mais do que acostumada com esse tipo de situação, o que para mim também não é surpresa nenhuma. Não tenho pudor quanto a isso. Tenho total direito de me gabar e usufruir do meu porte escultural e perfil fotogênico. Sou dono de um olhar encantador. Meu rosto carrega traços angelicais, capaz de seduzir até mesmo as câmeras com facilidade. Então, o que há para temer?

As fotos ficaram magníficas, como esperado. Daí então, seguimos juntos para dentro do evento.

Sybila, querida, sabe me informar se Boris ou sua equipe já chegaram no evento? — murmurei sutilmente ao passo que apanhei uma taça de vinho servida pelo garçom. Notei que Lavina negou o drink, revelando uma preferência um tanto inusitada por entradas veganas que os demais garçons estavam servindo. Implorei mentalmente para que ela não fosse uma defensora das causas animais.

Em resposta, meu relógio mostrou algumas atualizações do Dexit. Entre elas, as fotos de Agnessa Ninochka, vulgo assessora de Boris e sua equipe. A mulher estava completamente diferente do que conheci naquele encontro casual nas colinas. Desta vez trajava um vestido de gala incrivelmente elegante, banhado em prata, nada muito reluzente para não ofuscar o brilho natural e sutil do que vestia. Brincos em formato de cascata, também prateados, destacavam com muita elegância os ombros delicados e expostos da mulher. Pra completar; um cabelo loiro num coque alto e tradicional, esbanjando fidelidade às características culturais de Magomedov. Aproveitei para, numa primeira oportunidade, mostrar tal atualização para Lavina, explicando de quem se tratava e das possibilidades de negócios em cima desta mulher.

Agnessa é diferente. Não espere gastar munição com ela, pois pelo pouco que conheci posso dizer que ela é neutra. — rasguei o tom ao terminar a frase, meio com desgosto. Sim, eu detesto os neutros. Não tem graça nenhuma negociar com eles.

Pude perceber também que nossos nomes já estavam subindo em popularidade na Dexit. Aquilo massageou o meu ego por um breve instante, me fazendo esquecer dos fracassos de hoje cedo. Saboreei mais um gole moderado do meu vinho seco, ao passo que recolhi as atualizações de meu relógio e deixei registrado para que Sybila me notificasse em caso de Boris chegar no evento, ou qualquer outro ligado a ele. Ele é o meu objetivo aqui, mas enquanto ele não vem, eu preciso me entreter um pouco.

Foi uma escolha ousada, querida. — mencionei enquanto pousava um olhar intrigado sob o petisco nas mãos de Lavina, Não que eu esteja te julgando, até porque não sou o único. O fato é que, eu entendo você não estar habituada aos costumes da região. Mas a sua ousadia é singular. — eu precisava desesperadamente saber se ela revelaria militância por traz de sua escolha, ou apenas rebateria com deboche?

O que eu quis dizer é que por traz das escolhas mais simples, existe muito a dizer. Por exemplo, no que diz respeito aos empresários que não são da área da moda, petiscos e entradas não são servidos em bandejas, mas sim através de olhares e flertes. Eles quase nunca se arriscam comendo alguma coisa logo na entrada do evento, estão ocupados demais fumando ou bebendo, enquanto vasculham com olhos vorazes a próxima presa; seja financeira ou de outro interesse, hmm? Enquanto que, para àqueles representantes da área da moda, os petiscos são um grande diferencial; eles valorizam simbolicamente tudo o que vem sendo representado tanto pelo evento quanto por traz dele. Ainda assim, se olhasse ao redor, Lavina não demoraria a perceber que era a única degustando tais petiscos. Tudo isso foi o que me motivou a questioná-la, uma vez que até o momento não tenho conhecimento algum sobre os seus investimentos. Tudo que sei é que sua relação com Alejandro, de alguma forma, colocou-a nos negócios. Sendo assim, seria ela mais uma entusiasta da moda? Seus questionamentos acerca da Mimibella são motivados por algum investimento pessoal? São tantas questões que eu mal posso evitar em começar o jogo.

Observação escreveu:

  • 1 - Considere que te mostrei as fotos da Agnessa, e te falei sobre ela ser assessora da equipe de investidores do Boris, que por sua vez são investidores da OVAZON.
  • 2 - Eu tirei o horário dos meus posts pq o Ivar está bebendo e logo vai perder a noção de tempo.
  • 3 - Aproveitei esse primeiro momento pra investir na troca de informações entre nossos personagens, tentando também desenvolver algumas características "habituais" pra empresários Magomedovianos. Uma coisa mais de aprofundar o cenário, só pra te dar mais informação mesmo. O resto vou ir conduzindo nos próximos posts.


Dado NPC


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Re: [CL] — humilité.

Mensagem por L.L Seg Jun 22, 2020 11:52 pm

Humilité
Senti a alga descer por minha garganta antes de ocultar de maneira singela o riso por detrás de minhas unhas pontudas de coloração bege. A manga da jaqueta recuou em meu braço no mesmo instante, como se sincronizada em um passo de dança extremamente calculado, revelando uma pulseira e um relógio da marca Gold-type que chamaram atenção de um garçom que passava ao lado para servir uma das mesas dispostas. Deitei a cabeça sobre o ombo de maneira amistosa enquanto observava o petisco em meus dedos. Quero dizer, observava com meus olhos biônicos enquanto ativava a sincronia rapidamente ao meu sistema no Dexit, antes de puxar o dispositivo do bolso calmamente.

— Entendo sua preocupação, doce Ivar. Estive em Ylium recentemente, sabia? Lá eles realmente priorizam o bem-estar da saúde Pokémon e um alimentação que não agrida suas vidas. — Em um rápido movimento, apontei a câmera frontal do dispositivo em minha direção do pescoço ostentando bem o petisco. A futura legenda para a foto?

“Pondo em prática meu aprendizado durante a estadia em Ylium. Que sabor.”

A música de fundo transicionou para um instrumental levemente animado e de letra simbólica.

We only have the weekend

— Sabe, eu concordo que nós temos melhores opções que não sejam agredir o bem-estar dos Pokémon, já que entramos nesse assunto — desviamos de um casal que já estava bêbado, o rosto da mulher praticamente todo tomado pelo seu batom borrado. Um lembrete para aqueles que não sabem o próprio limite. — Mas sabe, enquanto as discussões sobre opções de alimento estão sendo feitas, muitas vidas perdem-se pelas questões precárias em Stalehelm Alfa. Respeito toda forma de ativismo, mas a meu ver existem causas mais importantes por agora.

Strut it out, walk a mile
Serve it ancient city style


Em nosso caminhar, finalmente chegamos a uma mesa circular entre as demais do salão principal estranhamente vazia. Ao redor, apenas pessoas desconhecidas, trajadas à mais renomada moda, homens ostentando seus ternos chiques que variavam entre nomes como Super Effective e da própria Mimibella enquanto as mulheres preferiam as jóias de mesma marca. Conforme o monólogo, minha mente maquinava informações a respeito da denominada Agnessa por Ivar. Não conhecia esse nome, tampouco a respeito da OVAZON fora as breves informações obtidas quando pesquisei a respeito de Magomedov e sua bolsa. Fiz menção para que pudéssemos sentar.

— Obrigada pelo aviso, mas eu prefiro desde o início deixar minha presença mais do que nítida, entende? Digo, estar aqui já significa que saí da zona de conforto. — O rapaz puxou a cadeira para que eu pudesse sentar num gesto recheado de elegância. Afrouxei um pouco minha jaqueta conforme tomava o assento com delicadeza, cruzando minhas pernas em sequência. — Então digo que não tenho nada a perder. Já os demais…

Talk it out, babble on

Deixei o campo de fala aberto à medida em que meus olhos direcionaram-se para uma mesa à esquerda. Um grupo de executivos brindando suas taças com sorrisos estampados em suas faces. Qualquer experiente no mundo dos negócios facilmente seria capaz de ler aquela situação como a própria palma da mão: brindavam algum sucesso referente à corporação. Não necessariamente queriam estar juntos, mas precisavam manter toda a relação puramente profissional se quisessem chegar a algum lugar naquela noite. Acorrentados, fizeram de seus negócios algozes que lentamente levariam-nos a decisões complexas e puxadas de tapete até que o de sangue mais frio pudesse permanecer no jogo de tabuleiro.

Um garçom rapidamente surgiu em meio à multidão, trazendo um cardápio com uma extensa variedade de drinks. Como Ivar disse, não havia nenhum petisco entre as opções.

— Caso queiram algum petisco — a voz fez um calafrio percorrer toda minha espinha instantaneamente — talvez gostem de nossa opção vegana. Apesar de achar que a senhorita já a tenha apreciado, hm?

Battle for your life, Babylon!

Ao deixar o livreto sobre a mesa, notei a luva branca com detalhe dourado deixando o ambiente muito rapidamente. Era como se eu conseguisse, mesmo de costas, vê-lo ajustar seus óculos quadriculados pela ponte acima do nariz. Logo mais a visão se concretizou assim que, provavelmente planejado de propósito pelo homem, eu pude vê-lo pelo reflexo de um dos talheres servidos à mesa: Dorward. Visões acerca de nossa batalha ainda em Ylium vieram à tona com rapidez, desembrulhando o sentimento de humilhação pela derrota e, acima disso, o fato de que havia me seguido desde que deixei o vagão do trem.

— Estamos bem por enquanto, caro. Mas eu não consigo achar o que procuro… ? — Levantei o cardápio propositalmente para que o homem pudesse aproximar-se.

— O que?

— Seus modos. Como posso chamá-lo durante o serviço? A propósito, creio que meu companheiro Ivar tenha preferência por também fazer parte de um diálogo uma vez estabelecido.

Percebi em seu semblante uma leve hesitação. As mesas ao redor não notaram minha fala, aliás, ninguém além de nós três conseguia ter acesso àquele diálogo pelo que pude contemplar, como se estivéssemos momentaneamente numa bolha tomada pelo clima de tensão enquanto o negro da decoração ao redor era decomposto levemente em tons de cinza.

Sua respiração falhou por um único instante. Umedeceu os lábios.

— Silvano Reehr ao dispor da casa, senhores. Peço perdão pela ausência de modos, Ivar…? — Pontuou como se esperasse o rapaz complementar com seu sobrenome. — Estarei de olhos caso necessitem de algo. — Aguardou o albino pedir algo do cartaz e, uma vez feito, ou não, retirou-se do local deixando apenas o inquieto silêncio reinar conforme aquela bolha de introspecção era furada, fazendo com que os sons e cores do exterior pudessem ser ouvidos novamente, mesclando os ambientes novamente.

Provavelmente Ivar pediria explicações.

Gossip, gossip

— Mas conte-me um pouco sobre suas reais intenções em cima de Agnessa. — Minha atenção, contudo, jazia focada em minha Pokédex. Com dedos ágeis, redigi uma mensagem de texto mantendo uma feição de quem mantém-se desinteressada no assunto. — Os neutros podem ter seus problemas, mas eles esquecem que, cedo ou tarde, o muro em que ficam em cima irá ceder. A neutralidade é uma maldição no mundo dos negócios, sabia? Uma vez que se prova dela, torna-se um vício e é comum que a pessoa não consiga dosar mais suas relações com base em suas verdadeiras opiniões após isso.

Terminei o petisco, colocando seu espeto delicadamente sobre a mesa. Com o guardanapo elegantemente dobrado sobre a mesa, limpei a lateral de minha boca sem borrar um único centímetro de batom.

A música tocada no salão complementou: That's gossip, what you on?

— Eu gosto de falar sobre as possibilidades sabe? Gosto de muitos assuntos, se me permite dizer. Um artigo foi publicado esses dias explicando formas de derrubar muros da insegurança na fase adulta. Quais são seus pensamentos sobre isso? — caso Ivar já estivesse acostumado com meu jeito, facilmente leria um sorriso debochado ganhando forma em meus lábios tomados pelo batom de ébano.

O motivo da Pokédex? Eu tinha enviado uma mensagem, é óbvio. Destinatário? Ivar. Seu conteúdo? Curto e muito explicativo por si só.

Estou sendo vigiada.

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Re: [CL] — humilité.

Mensagem por Hummingbird Qui Jun 25, 2020 12:35 pm

Noite, Magomedov
Mas que infortúnio! As palavras de Lavina desceram do alto de sua estatura magistral, e me atingiram como uma facada pelas costas. Eu jamais poderia imaginar que Alejandro McQueen cultivasse contato com empresários tão flexíveis. Quero dizer, como uma empresária, espera-se que Labeele Lavina entenda os preços que pagamos, ou melhor, que a população paga, em troca do serviço que oferecemos. Aquele momento em específico me fez questionar mentalmente a sua importância em meu círculo de negócios, e isso ficou transparente em meu olhar — eu mal pude evitar de esboçar um meio sorriso desgostoso ao passo que Lavina revelava sua perspectiva do assunto.

Hmm, ao menos eu vejo um pouco de sensatez em seu discurso. — comentei, uma vez que com um ato de cavalheirismo ajudei a Magnata a sentar-se. Gentilmente empurrei sua cadeira, posicionando-a mais do que perfeitamente à mesa no que diz respeito a etiqueta. Em seguida um cumprimento a uma dupla de empresários do ramo da Biologia, que passaram elegantemente atrás de mim enquanto trocavam risadas amistosas e feições um tanto alegres demais para o início de um evento. Foi preciso um grande esforço pra não rir descaradamente daquele comportamento imprudente, mas eu sou um gentleman, hmm? Desviei o olhar, caminhei em passos vagarosos até o meu assento e desabotoei sutilmente dois botões do meu terno, o que me garantiu um movimento perfeito e elegante ao me sentar. Cruzei a perna direita acima da esquerda, me aconcheguei no assento, e por fim mais um gole moderado em meu vinho. Olhos atentos. Vasculhei com discrição o que tanto chamava atenção no olhar de Lavina que, por sua vez, pesava sob a mesa ao lado. Representantes de alguma corporação regional, brindando à negócios, escondendo-se por traz dos falsos sorriso e de todo aquele show de finesse. Quanta beleza!

Se me permite querida, eu preciso admitir que estou deslumbrado com sua personalidade. — meus olhos fitaram-na de maneira penetrante Apesar de eu não concordar com seu apreço pelo ativismo. — terminei entregando minha taça de vinho à mesa, já quase vazio, apenas para substituí-lo em minha mão direita pela presença de minha bengala. Revelei, discretamente, uma parte de seu funcionamento com dispositivos de armazenamento e tudo o mais. Dali retirei um cigarro, e ascendi rapidamente com um isqueiro também embutido nas ferramentas de minha bengala. Finalizei repousando-a no flanco direito, apoiada em minha perna. Com a mão direita levei o cigarro à boca, ainda sem deixar de fitar Lavina.

Somente por causa disso, pude perceber atentamente os efeitos da aproximação daquele garçom. Como pode, uma mulher que se mostrou tão grandiosa, falhar na respiração com a mera presença de um serviçal? Estreitei os olhos em questionamento, mas disfarcei bem através da fumaça do cigarro, o que por sua vez também me garantiu a certeza de que o fumo estava liberado dentro do evento. Por Deus, como eu admiro uma organização flexível e capacitada. Não suporto as limitações que eles impõem sobre o fumo na maioria das empresas da região. Aqui pelo menos eu posso relaxar...

Diferente da minha convidada, que protagonizou senão talvez a melhor das cenas que eu apreciaria hoje. Eu discretamente engasguei com a fumaça, tentando conter o riso em relação à falta de modos do garçom, evidenciada e destacada por Lavina em suas pesarosas palavras. Ela contornou a situação muito bem, silenciando qualquer questionamento acerca de insegurança e servindo como entrada o melhor prato que eu poderia pedir. O garçom, trajado em vergonha e desconforto, tentou recomeçar desta vez apresentando-se e, logo em seguida, solicitando desculpas e também o meu pedido.

Antonivich. Ivar Antonivich. — respondi seguido de mais uma tragada em meu cigarro. A fumaça foi na direção do garçom, carregando consigo uma mensagem subliminar. Algo do tipo; você já pode ir, isso é tudo. Enquanto que, no encontro do olhar de Lavina, fiz questão de transparecer um certo sarcasmo. Eu queria que ela soubesse que eu notei, ainda que eu não estivesse em condições de exigir explicações. Aquilo era um problema pessoal dela. E está cedo demais para me aprofundar nisso.

Finalizei desviando o olhar, recostando-me na cadeira e analisando com amplitude àqueles que desfilavam no salão. O tempo estava passando rápido, presente do teor alcoólico que ingeri até aqui, e portanto os convidados começaram a aparecer. Numerosamente, foram preenchendo as demais mesas vazias, todas à disposição daqueles que precisam delas. Entenda como um evento onde as mesas não são de fato reservadas, ainda que haja sim um certo grau de organização e limitação acerca de quem pode usar delas. Setores em que determinados empresários de determinadas áreas podem desfilar e aproveitar. E nós estávamos em um dos salões principais, com visão privilegiada de praticamente todos aqueles que chegam no evento, mas não necessariamente onde os mais importantes ficam. Tanto é que não demorei para avistar Agnessa e alguns convidados atravessando o corredor a umas 3 mesas de distância da nossa, à esquerda.

Muito bem. Digamos que Agnessa seja a ponte. Tal qual você foi e talvez ainda seja, para Alejandro. — tal como a postura de Lavina, minhas palavras saltaram com um falso desinteresse, uma vez que meus olhos estavam cravados na movimentação da equipe de Agnessa do outro lado, E já que estamos falando de possibilidades, considere aquela mulher como uma das grandes possibilidades de investimento para a empresa que eu represento. Arrisco dizer que a única possibilidade, em meses de trabalho. Tempos difíceis. — complementei num tom seco agarrado ao fumo.

Uma notificação em meu relógio despertou-me atenção, voltando o meu olhar para a mesa. Reparei Lavina entretida com seu aparelho enquanto falava a respeito de inseguranças e afins. Pensei em apanhar minha taça para mais um gole do vinho, mas interrompi o movimento quando, ainda de relance, notei que a notificação em meu relógio carregava o nome da própria Lavina. Tudo correu muito rápido em minha cabeça, questionando a necessidade dela comunicar-se através de mensagem quando estamos sentados à mesma mesa. Fingi quase derrubar as cinzas sob a mesa, apenas para garantir um pretexto e então desviar atenção.

Sutilmente apanhei meu guardanapo, repousando-o sob a ponta da mesa onde depositei as cinzas. Com a mão direita livre, trouxe o relógio para perto enquanto analisava melhor a mensagem de Lavina. Tudo ficou esclarecido quando li o teor da mensagem e entendi que de fato estávamos sendo observados. Pensei: tarde demais! Eu nem queria me envolver nos problemas dela, mas parece que já sou parte disso! Que falta de respeito!. No entanto, mais uma vez, disfarcei bem.

Inseguranças, minha querida, não são mais do que alimento da infidelidade em relação aos nossos medos. — engatei dando uma última tragada em meu cigarro e apagando-o ainda naquele guardanapo de antes, Quando não somos capazes de admitir e valorizar mesmo os nossos defeitos, eles se transformam em fraquezas que por sua vez alimentam nossos medos. E considerando-a uma empresária como eu, acredito que você mais do que ninguém sabe que o medo e a insegurança não tem espaço em nosso mundo. Em estatística e negócio, eles são o pior dos investimentos. O que me leva a crer que, talvez, a senhorita esteja precisando conhecer mais sobre como nós fazemos negócio em Magomedov. Talvez isso ajude a lidar com suas... inseguranças. — enquanto falava, levantei gentilmente de meu assento e contornei a mesa indo na direção de Lavina. Ofereceria-lhe a mão uma vez que eu estivesse ao seu lado direito, fazendo menção de tirá-la para caminhar, se ela o aceitasse é claro. Minha intenção era agarrar a oportunidade e apresentá-la tão somente para Lavina. Meus olhos esclareceriam qualquer dúvida; fitando Agnessa e seu grupo de investidores atravessando já além da metade do salão.

Àquela altura eu acredito que Lavina não teria como recusar o meu convite, portanto eu tomaria sua mão e acompanharia a Magnata até o grupo alvejado.

Com licença, senhores! Eu sinto muito interromper, mas acredito que esta Dama nos deve explicações seríssimas. — uma vez diante do grupo corporativo de Agnessa, fiz uma entrada um tanto dramática pegando-os de surpresa, O grupo ativista "Snowball" manda lembranças em nome de todos os Sandshrew's, minha cara! — completei, rompendo o drama e finalmente abrindo espaço para que Lavina e eu pudéssemos ser devidamente apresentados.

Céus! — suspirou a dama, aliviada, Sr.Antonivich, você realmente é uma figura única! Sabe como surpreender, hahah! — Agnessa terminou sorrindo.

Aquela foi a nossa entrada. Em seguida mais sorrisos vieram, dos demais empresários ao redor da dama.

Muito prazer, senhores! Sou Ivar Antonivich, representante empresarial da Zhivoy Led! — dono de um sorriso galante, avancei sutilmente nos demais empresários, cumprimentando-os um a um. Isso é claro, sem esquecer de minha companheira a qual introduzi no momento oportuno; E esta, meus caros, é minha convidada da noite. — deixei então uma abertura para que ela se apresentasse, ainda sem sair do seu lado.

Observações escreveu:Sinta-se livre para interpretar o que quiser com esses caras que estão bajulando a Agnessa, ou mesmo conversar com a própria. Peço que considere no seu próximo post a nossa ida para um outro setor do evento, esse mais restrito, onde vamos pra tratar de negócios e o fluxo de pessoas lá é privado. Descreva-o como quiser. Nós vamos acompanhando o grupo da Agnessa, certo?

Dado NPC


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Re: [CL] — humilité.

Mensagem por L.L Dom Jun 28, 2020 11:33 pm

Humilité
Como era de se esperar, Ivar contornou a situação ao ter ciência do ocorrido muito facilmente. Como um tecelão conduz perfeitamente as linhas de costura na construção de uma peça, ele encaixou as palavras exatas no contexto que deram-me a segurança necessária para que também conseguisse lidar melhor com minha teoria. Naqueles olhos violeta eu percebi — ainda que por detrás de certo teor de superioridade e egocentrismo — o quanto Alejandro estava certo.

Parceiros de crime, hm?

De supetão, foi-me dado seu braço para que pudesse acompanhá-lo. Fui sucinta ao trazer minha bolsa junto e logo caminhamos em direção a uma mesa de executivos que visivelmente conseguiam destacar-se entre os demais. Sabe aquela atmosfera acinzentada que transformou-se o exterior assim que a bolha de diálogo entre mim e Dorward foi estabelecida? Era como se, nesse instante, eles brilhassem em meio às cores sem saturação ao redor. Mais de perto, pude contemplar os brincos em forma de cascata da mulher combinando perfeitamente com seu gloss labial e os fios sedosos bem penteados.

Frente à piada de Ivar, contive em sorrir com meus dentes de marfim esbanjando simpatia.

— Boa noite, chamo-me Labeele Lavina — observei-os com um olhar que bambeava entre a simpatia e intimidação — sou nova em Magomedov, se permitem-me dizer — lancei a carne ao canil.

Ninguém precisava saber que não carrego em meu histórico empresas de renome ou filiações milionárias. Minha existência, no momento, limita-se à incógnita que fomenta a vontade daqueles que precisam de novos investidores em Magomedov. Principalmente os que sabem muito pouco a respeito das negociações da cidade e estão vulneráveis àqueles que procuram fisgar um peixe grande. Uma pena que, no meu caso, dificilmente saberão de fato o tamanho desse explorador de águas salgadas.

Agnessa ainda sustentava aquele sorriso em seus lábios quando o homem à sua direita tomou liberdade de cochichar com o mais ao lado num momento em que o diálogo foi puxado por um outro deles. Ainda que a atenção dos demais estivesse voltada agora no assunto estabelecido sobre as recentes quedas de neve mais fortes e como o negócio de aquecedores vinha se tornando um sucesso, era aqueles que mantinham uma conversa paralela que chamavam-me atenção. A propósito: todos eram idosos. As faces enrugadas como papel amassado tornavam-se ainda mais temíveis quando gargalhavam alto ou tentavam buscar por mais detalhes no que podiam ver em minha figura.

— Acredito que seja a hora para seguirmos para o verdadeiro banquete, meus conterrâneos? — Ainda naquele seu tom amistoso, levantou a mão para que o homem à sua direita a levantasse num passo repleto de classe e elegância fazendo questão de esbanjar os seus ombros delicados à mostra. Era como se a mulher fosse o único pingo de juventude naquele grupo, o que me fez pensar ainda mais além: talvez sejamos os mais jovens de todo o evento. — A neve, os sons das conversas, os drinks quentes… tudo está no ponto hoje, não concordam?

Apenas assenti com a cabeça.

Agnessa ressaltou que um par daqueles homens nos acompanhassem para o outro lado do salão. Em instantes, o grupo já havia dividido-se: enquanto o comitê-idoso da mulher a guiava para um corredor à esquerda do grandioso salão, uma dupla composta por um homem de cabelo grisalho e musculoso por debaixo do blazer negro utilizado bem como um de cabelos longos e lisos dotado de olhos levemente puxados nos acompanhasse para a direita. A dupla, ainda que parecesse estar na casa dos quarenta, facilmente revelou-me a idade verdadeira assim que notei algumas marcas e manchas em suas mãos. Talvez os produtos utilizados para jovialidade facial não fossem tão bons ao ponto de também encobrir as mãos.

O riso quase fez que meus lábios abrissem, mas disfarcei bem numa tosse que chamou a atenção de ambos.

— Perdão. Acho que engasguei com algo — antes de adentrar o corredor, um garçom aproximou-se com um banquete repleto daquelas mesmas algas mas, dessa vez, não as aceitei. Meus dedos rapidamente tomaram a Pokédex e, por intermédio do Dexit, comecei a tatear a tela tomando o cuidado com minhas longas unhas.

Contato: Ivar

— Talvez surja alguma possibilidade de gastarmos munição com Agnessa. Eu tenho um trunfo para ser utilizado esta noite, talvez essa seja minha melhor forma de dar um pontapé inicial em Magomedov. O que acha?

Era óbvio que o champagne tomado tempos atrás já fazia parte de seu papel. Com o álcool em seu auge antes de iniciar o desaparecimento de seus efeitos, era mais fácil estreitar laços sociais e puxar assuntos mais arriscados. Conseguia sentir a adrenalina tomar meu corpo lentamente conforme adentrávamos o elevador vazio. Por um instante pensei no motivo verdadeiro de termos ido para lados opostos: Agnessa não queria ser vista com novatos do mundo dos negócios ou era apenas uma estratégia da casa que eu não conseguia enxergar?

Guardei meu dispositivo assim que ficamos em puro silêncio na cabine espelhada. Para minha surpresa, ao invés de subirmos, acabamos descendo.

Nosso reflexo era emitido por todos os lados, e é claro que aproveitei do momento para analisar minha aparência: ainda que minha autocrítica não estivesse tão apurada, fiquei contente com o que vi. Cobri meu corpo ainda mais com a jaqueta colossal conforme protegia-me também do frio dentro do elevador. Em alguns instantes decorridos, a porta abriu-se lentamente dando-nos uma visão completa do que estava adiante: uma passarela.

Digo, era um corredor, sendo mais sincera. Contudo, o chão negro era do mesmo material do piso de entrada, sendo responsável por refletir os lustres no teto com muita elegância e tornar tudo iluminado ainda que em meio à cor preta extrememente elegante. Lateralmente tomado por portas, o âmbito possuía também uma porta em seu final, que logo foi aberta até que o grupo de Agnessa chegasse esbanjando risinhos e um andar mais amistoso. Em poucos instantes, estávamos todos reunidos diante da porta amadeirada de número 32. Tentei não mostrar-me espantada o suficiente com a quantidade imensurável de portas ao longo do corredor.

Quantas reuniões estavam acontecendo naquele mesmo instante?

— Sintam-se em casa, haha — Agnessa foi a primeira a irromper o cômodo e sentar logo numa extremidade da mesa, conforme seus companheiros tomavam lugares mais próximos da mulher.

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Madeira da melhor qualidade. Música ambiente. Um piso capaz de refletir até mesmo a própria insegurança. E é claro: uma televisão que mostrava a bolsa de valores de Magomedov em tempo real.


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