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[CL] A Cidade Prismática

Mensagem por Mitsuyo Dom Abr 12, 2020 5:40 pm

Relembrando a primeira mensagem :



A CIDADE PRISMÁTICA
Sob o prisma do arco-íris
- Tá bem, Mesh, eu já sei. Aqueles caras que encontramos quando estávamos passando por Ylium não eram de confiança, mas pelo menos chegamos aqui, não chegamos? - exclamava o garoto, sorrindo e abrindo os braços, de costas para a cidade na qual chegavam, como quem dando às boas vindas - Njorlune, o berço da ciência!

O pequeno Klink apenas girou suas engrenagens, revirando os olhos em resposta. Apesar do bom humor de seu treinador, a viagem não havia sido fácil. Primeiro porque tão logo afastaram-se de seu antigo lar, no meio da noite, foram pegos de surpresa por uma questão que nenhum deles previra: para onde iriam?

Rick jamais havia saído de Pardosa, e tudo o que conhecia de Neo Zenos havia sido lhe contado pelo pai. Não, seu criador. E, de todas as cidades, a que ele mais exaustivamente contara histórias havia sido, sem sombra de dúvidas, Njorlune, cuja academia Clifford havia estudado antes de mudar-se para Pardosa, levando consigo sua tecnologia inovadora de captação dos ventos e utilização da energia convertida para enriquecimento do solo.

O jovem de cabelos laranjas estava longe de querer seguir os passos de Clifford, mas convenceu-se de que Njorlune era, sem dúvidas, a melhor opção para ele. "Não seguirei pelos mesmos passos que ele. Pelo contrário, usarei de suas armas para mostrar que posso ir mais longe do que ele jamais sonhou!" e, assim, Rick e Mesh partiram pra Njorlune, na calada da noite.

Já era manhã quando finalmente chegaram à cidade. O brilho do sol fazia a cidade prismática refletir incontáveis acro-íris por todos os lados que a dupla pudesse olhar, encantando-os com seu esplendor.

- Então, Mesh, preparado? - e, sem esperar por uma resposta, o rapaz entrou pela cidade a passos firmes, seguido de perto por seu Pokémon.
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Re: [CL] A Cidade Prismática

Mensagem por Mitsuyo Dom Abr 19, 2020 12:16 am



Vermelho e Branco
Sob o prisma do arco-íris
Quando terminei o projeto e pude finalmente enviá-lo já era horário do almoço. Surpreendi-me em como o tempo passou rápido. Garceov saiu do escritório e pediu-me que o esperasse ali. Quando voltou, trazia consigo duas embalagens de almoço e ofereceu-me uma. - Aqui, seu almoço. Hoje é por conta da casa. - entregou-me com um sorriso confiante. Ele dizia isso, mas eu tinha certeza de que ele sempre pegava o próprio almoço no refeitório da academia e que, dessa vez, apenas teria pedido um a mais, e que não pagava nada por isso.

- Obrigado, na verdade nem tinha percebido, mas estou com fome. - ele tendo pagou ou não ao menos significava que EU não precisava pagar. Acho que passar o dia ali tinha seus pontos positivos, também.

Comíamos em silêncio, até que minha Pokedex apitou o som de notificação. Rapidamente saquei o objeto para verificar: era uma resposta ao e-mail da Magnetic Battery. O contratante havia gostado tanto do projeto e do detalhamento que enviei - inclusive com muito mais informações do que ele na verdade solicitava - que estava mandando um bônus de 50 bitcoins, além dos 35 iniciais do serviço.

- Mas isso é fantástico! - me pus de pé em um segundo. Ao ver a expressão confusa de Garceov, o expliquei - O contratante gostou do projeto, e ainda pagou-me com um bônus, veja só.

Passamos o resto do intervalo do almoço conversando sobre os primeiros projetos dele e o tempo passou rápido e de forma animada.

- Bem, agora que já estamos alimentados, já é hora de trabalharmos. - seu tom tomou repentinamente um tom mais sério, o que indicava que o momento de brincadeiras e papo-furado havia acabado - Antes de mais nada, é importante que eu te fale sobre o grande projeto no qual estou trabalhando atualmente. Na verdade, digo atualmente, quando na verdade comecei a pesquisa na qual hoje dou andamento já tem alguns meses. - Nossa, parecia ser algo realmente grande. Aproximei-me um pouco mais na cadeira, totalmente atento em suas palavras, curioso sobre do que trataria um projeto tão grande assim de um professor e engenheiro experiente.

"O centro da minha pesquisa são as Pokéballs. Não sei se é de seu conhecimento, mas nem sempre havia apenas um tipo de pokéball, como temos hoje. Tive acesso a manuscritos muito antigos e desgastados que relatam que havia, naquele tempo que não soubemos determinar, diversos tipos diferentes de Pokéball, algumas com uma potencia maior de captura, outras com outros tipos de efeitos, como fornecer alguma cura ao Pokémon ali armazenado ou até mesmo melhorar a afinidade entre treinador e Pokémon."

Realmente, eu nunca ouvira falar ou sequer sonhada que já pudessem ter existido outros tipos de Pokéball. Que tecnologias será que haviam sido utilizadas para sua fabricação? Que tipos de materiais se encaixariam? Que diversos efeitos será que poderiam ser alcançados assim? Garceov pareceu ler em meus olhos a linha de meus pensamentos, pois riu.

- Calma, meu rapaz. Hahaha. Realmente, você me lembra muito a mim mesmo, quando eu era mais novo. Todos os tipos de perguntas que tenho certeza que estão passando por sua mente passaram pela minha, também. Mas, ao mesmo tempo, um outro tipo de curiosidade me surgiu: nunca perguntou-se o que acontece que faz com que um pokémon, assim que capturado, já torne-se fiel ao seu treinador, com raras mas consistentes exceções em casos de Pokémon de personalidade excessivamente forte? Essa é uma das principais perguntas que busco responder, e creio que, com a resposta para ela, estarei um passo mais perto de alcançar o segredo por trás do design e fabricação de outros tipos de pokéball.

- Mas isso é por conta de alguma função que tem na Pokéball? Será que em seu interior existe algum tipo de material ou elemento que causa esse efeito?

- Pois é justamente o que vamos tentar descobrir. - tirou de seu bolso, então, suas esferas bicolores, atirando uma para mim - Hoje vamos "dissecar" essas belezinhas, e anotar tudo o que encontrarmos. Depois, vamos comparar para ver o que achamos.

Começamos então com o trabalho pesado. Parecera tão fácil quando Glintch quebrara a Pokéball em sua primeira tentativa de captura, mas agora aquela esfera parecia realmente ser indestrutível. Ele sequer conseguia abri-la. Olhou para o lado, Garceov já dera jeito de repartir a sua em dois e estudava seu interior com duas hastes finíssimas e compridas. "Se ele conseguiu, eu também vou conseguir!" pensei, e tratei de trabalhar ainda mais duro, revirando a espera para todos os lados, em busca de algum segredo.

Enfim descobri um minúsculo orifício em sua parte de trás, semi-oculto em duas dobradiças. Ao enfiar a ponta de um fino arame ali, o dispositivo abriu-se, revelando finalmente sei interior. Pude ouvir uma risada baixa de Garceov, o que indicava que ele estava prestando atenção em meu trabalho, ainda que compenetrado no seu.

Passamos o resto da tarde trabalhando em silêncio, desmontando os objetos, separando seus componentes, sempre anotando qualquer coisa nova que encontrávamos. Claro que ainda que eu pudesse reconhecer boa parte dos elementos ali contidos, grande parte dos conceitos envolvidos nos mecanismos eu sequer pude entender, visto que ainda não tinha conhecimento o suficiente para isso. Contudo, fiz questão de anotar tudo, fazendo ou não sentido pra mim, bem como comentários acerca do que eu, seguindo a lógica, achava que poderia se tratar.

Ao fim da tarde, eu estava total e completamente exausto. É claro que as anotações de Garceov eram muito mais extensas e completas que as minhas, mas ainda assim ele pareceu bastante satisfeito com o que que eu havia encontrado.

- Muito bem. Fico impressionado que tenha conseguido descobrir tanta coisa acerca dos circuitos e sistemas envolvidos. A maioria dos calouros não poderia ter feito metade disso, principalmente em relação ao que você não sabia. É sempre muito importante não apenas que pensemos somente sobre aquilo que já sabemos, mas também, e essencialmente, busquemos por respostas para aquilo que ainda não sabemos. Isso é o que move a ciência para a frente.

Fiquei tão impressionado com o elogio que até mesmo fiquei sem palavras. Sua atitude parecia ter mudado completamente, considerando o dia anterior, no qual ele me deixou a manhã toda sozinho na sala arrumando provas e, quando retornou, me dispensou sem sequer agradecer. Pensando bem, no primeiro dia ele também fora extremamente bem humorado e hospitaleiro comigo. Será que acontecera alguma coisa que o deixara mais distante ontem? Bem, decerto ele apenas estava de mau humor.

- Bem, acho que por hoje já podemos encerrar por aqui. Eu estive pensando, Rick. Quando nos conhecemos, lhe ofereci um estágio comigo, e cumpri com minha promessa, está aqui você. Contudo, também lhe garanti uma bolsa na academia, mas essa promessa eu não pude cumprir. Eu sei da condição financeira na qual se encontra, e também entendi que quer conquistar sua matrícula sem precisar do dinheiro de sua família.

A introdução do professor estava sendo bastante longa para o normal vindo dele, o que deixou-me apreensivo.

- Dito isso, na situação atual você está tendo que gastar grande parte do que recebe em estadia e alimentação, e eu me sinto indiretamente culpado quanto à isso, visto que não era minha intenção, e também porque isso irá atrasar que consiga juntar o suficiente para sua matrícula. Andei pensando sobre isso ontem o dia inteiro, e cheguei à uma conclusão.

Hum, então era por isso que ele parecia tão distante? Estava sentindo-se culpado e perdido em pensamentos. Bem, fazia sentido, de certa forma.

- Meu apartamento é bastante espaçoso, e tenho um quarto vazio nele que não tenho usado para nada além de juntar poeira. Venha morar comigo, pelo menos até que possa pagar pela sua matrícula e começar a usar os alojamentos do campus.

- Oque? Isso... isso é sério? - pergunte antes mesmo de pensar sobre, ao que o homem fez que sim com a cabeça. - Eu... bem, tem razão sobre estar sendo difícil para mim guardar o dinheiro, mas é algo a que eu me propus, não posso simplesmente desistir, além do mais... você já faz muito por mim, não quero lhe dar ainda mais trabalho.

- Acredite, rapaz, você me dará muito mais trabalho e preocupação passando o tipo de dificuldade que está passando do que vindo morar comigo. Além do mais, eu não tenho família, costumo ficar sozinho, vai ser bom ter alguma companhia. Então, o que me diz? Se aceitar, ainda da tempo de levar suas coisas para lá antes que anoiteça.

E fora exatamente como ele disse. O sol recém começava a esconder-se por detrás das montanhas quando eu finalmente batia à porta do apartamento cujo endereço Garceov me enviara mais cedo. Ao bater a porta, essa não tardou a ser aberta por ele, que vestia uma roupa confortável, bem diferente do costumeiro uniforme que sempre usava no trabalho.

Spoiler:

- Oh, seja bem vindo, meu rapaz. Pode ficar à vontade. Por aqui, considere que a casa é sua enquanto estiver aqui.

Realmente, era como ele dissera, o lugar era mesmo enorme, e nem eu esperava que fosse diferente. O que eu mais me surpreendi, na verdade, foi com a limpeza e organização do lugar. Estava tudo impecavelmente limpo e cuidadosamente em seu devido lugar. Havia um grande sofá com uma mesinha próximo à janela. Para o outro lado, havia um enorme sofá-cama aberto, perto de uma grande tela. Logo mais à frente havia uma escada que levava par ao piso inferior, provavelmente onde estavam os quartos. Para além do sofá e mesinha próximos à janela, havia uma mesa de jantar e duas portas, uma fechada, que supus ser o banheiro, e a outra que era na verdade um grande arco que levava à cozinha.

Spoiler:

- Então, espero que tenha gostado do lugar. - disse ele contente, após ter feito comigo um tour pelo apartamento, no qual descobri o segredo de toda a limpeza e organização: Atalanta, a governanta android, que era também a IA responsável por todo o sistema do apartamento.

- Sim, o lugar é realmente ótimo, muito obrigado por me deixar ficar aqui, prometo que tentarei não dar trabalho.

- Não se preocupe com isso, rapaz. Se tem alguém que pode reclamar aqui, esse alguém é a Atalanta. E acredite, ela reclama, então já vá se acostumando. Hahaha! De qualquer forma, fique realmente à vontade. O que precisar pode me chamar.

E assim encerrava finalmente meu terceiro dia em Njorlune. Com todas as coisas que aconteciam tão rápido, questionava-me sobre o que ainda me aguardava para o futuro.

Considerações escreveu:Só queria falar mesmo que as imagens foram redimensionadas no post, então podem ser abertas em tamanho real em nova guia. É isto. Beijos pra quem teve paciência e amor no coração pra ler tudo, merece realmente ir pro céu, viu. <3
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Re: [CL] A Cidade Prismática

Mensagem por Mitsuyo Seg Abr 20, 2020 5:17 pm

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Levei alguns instantes para me situar, logo que acordei. Primeiro de tudo que eu não estava sentindo aquele cheiro pavoroso resultante de um encanamento velho, sem manutenção e entupido, mas sim de... lavanda? Só depois de reparar isso é que pude notar que eu estava sem dores, e que a cama onde eu estava deitado era realmente confortável. Por sorte consegui me situar em minhas memorias antes de abrir os olhos, ou teria levado o maior susto. Então realmente eu não havia sonhado ou delirado. Ainda bem.

Apesar das palavras de Garceov de que o quarto estava apenas juntando pó, instalar-me nele foi extremamente simples: bastou que eu guardasse minhas coisas lá, simples assim. Claro, isso não era nenhum mérito meu, tampouco dele. A responsável por toda essa facilidade era Atalanta, a IA que cuidava da casa, e por quem Glinch demonstrou grande apreço, inclusive, quando fui apresentar o lugar a meus Pokémon.

Antes de dormirmos, Garceov lembrou-me de postar em meu Dexit sobre o sucesso que eu tivera mais cedo em meu projeto, e também fez questão de que postássemos que eu havia começado a dividir o apartamento com ele. Enfim ele era realmente muito mais ligado nisso do que eu imaginaria em um primeiro olhar.

De qualquer forma, o apartamento era realmente enorme, e podia acomodar confortavelmente nós dois e ainda sobrava espaço. Fui descobrir, depois, que no piso superior ainda havia um escritório com uma porta quase escondida, próxima a TV, e no piso inferior, além dos quartos e um banheiro nada modesto, havia ainda um amplo espaço pra lazer, que mais parecia um SPA, com aparelhos de musculação, sauna, mesa para massagem. Certamente que, se eu questionasse à Atalanta, ela diria que Garceov havia instalado nela diversos programas de massagens.

Quando subi para o piso superior do luxuoso apartamento, já tendo cuidado de minha higiene pessoal, Garceov já encontrava-se acordado, tomando seu café da manhã. Tão logo quanto me viu, Atalanta apressou-se para o fogão, preparando dejejum também para mim.

- Considerando o sumiço de grande parte das suas olheiras, acho que posso considerar que tenha tido uma boa noite de sono. - brincou ele. Vestia um pijama simples, com uma calça de algodão confortável e uma regata cavada.

- Nossa, nem me fale. Nem mesmo eu tinha notado o quanto aquele quarto da pousada tava me matando. - não pude deixar de lembrar do conforto que tinha em Pardosa, no quarto que dividia com Phil.

Garceov provavelmente notou minha mudança de expressão, pois me olhou de uma forma curiosa por cima da xícara de café, o qual bebericava. Mas, se notou, não comentou, preferindo mudar de assunto.

- Bem, melhor eu ir me arrumando, ou chegarei tarde ao campus. - terminou sua refeição em uma última garfada e bebeu o resto de seu café em grandes goles - Tenho aula pela manhã, e gostaria de que continuássemos nossa pesquisa de ontem juntos, então prefiro que façamos isso pela tarde. Até lá, pode ficar à vontade de ficar por aqui, sair pela cidade ou até mesmo fazer algum estudo em minha sala da academia. Atalanta já o registrou, então mesmo que eu não estiver em casa ela vai liberar o sistema de segurança sempre que aproximar-se da porta.

- Ok, nos vemos à tarde, então.

Com um breve aceno e um despentear de meus cabelos, Garceov saiu da cozinha, deixando-me sozinho com Atalanta e o dejejum que ela me preparara - e que facilmente alimentaria duas pessoas.
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Re: [CL] A Cidade Prismática

Mensagem por Mitsuyo Seg Abr 20, 2020 6:57 pm

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Mais um dia
Não me demorei ao café, e poucos minutos depois já estava saindo do apartamento. Ainda precisava me acostumar com a ideia de estar dividindo moradia com Garceov, mas tinha que admitir que realmente tinha muitos benefícios. Certamente não demoraria muito para que, enfim, eu juntasse o suficiente para minha matrícula. Depois disso, como ele havia dito, eu então decidiria se ia me mudar para o alojamento do campus ou ficar por ali mesmo. Tudo ia depender de como as coisas ficariam.

Havia recebido hoje mais cedo uma mensagem de Beatrice, a garota com quem batalhei no outro dia. Ela estava toda empolgada que tinha capturado mais um Pokémon, e queria outra batalha, para mostrar esse novo pokémon.

Nos encontramos na arena. Ela já estava lá logo que cheguei.

- Ooh, então, já podemos começar? - como sempre, ansiosa.

- Bom dia, antes de tudo. E ok, se está com tanta pressa assim, vamos logo.

Nos dividimos no campo, cada um indo para seu lado da arena, tomando nossas posições. Beatrice parecia tão animada que não conseguia se conter parada no lugar.

- Venha, meu novo Pokémon, Bink! - a garota então lançou sua pokéball, revelando, após cessado seu brilho, um Carbink.

- Bem, espero que esteja preparada... Venha, Mesh. - liberei, igualmente, meu pokémon - Comece com seu Shift Gear.

- Não pense que pode me subestimar. Bink, Reflect, e depois parta para cima com seu Rock Throw, mantendo-se longe dele.

Enquanto o metálico girava em suas engrenagens, preparando-as para uma ofensiva, o pokémon pedregulho, do outro lado, criou uma tela de luz em torno de si, para protegê-lo de ataques físicos. Uma boa estratégia, visto que Beatrice sabia que Mesh apenas conhecia movimentos ofensivos físicos. Em rápida sequência, o Carbink começou a lanças diversas rochas contra Mesh, pegando-o de surpresa e atingindo-o com as preiras mas, dada a velocidade um pouco elevada do pokémon, ele conseguiu desviar com facilidade das demais. Ainda, foram pouco efetivas.

- Rápido Mesh, avance com o seu Gear Grind!

- Essa não. Bink, proteja-se com seu Harden rápido!

A sorte do Carbink fora que dera tempo de endurecer-se antes de meu Klink chegar até ele e atingi-lo com força com ambas as engrenagens, ou a batalha teria terminado ali mesmo. O pokémon da Beatrice sofreu muito dano, mas ainda conseguia seguir a batalha.

- Uh, não era assim que eu tinha imaginado! Bink, é tudo ou nada! Rock Throw!

- Não deixe, Mesh! Finalize-o com mais um Gear Grind!

O Carbink tentara se apressar e obedecer às ordens de sua treinadora, mas não fora rápido o suficiente para rivalizar com a velocidade de Mesh, que novamente o atingiu em cheio com o giro de seu corpo, nocauteando-o.

- Isso não acabou ainda. Venha, Tenna, chegou a sua vez! Confusion!

- Mesh, rápido, Autotomize!

Hatenna lançou uma onda psíquica contra Mesh, mas acabou dando-o tempo o suficiente para que ele pudesse girar em suas próprias engrenagens antes de sofrer o movimento, que acabou deixando-o confuso, logo o que eu temia.

- Hahaha! Quero ver o que fará agora. Tenna, vamos seguir, use seu Psybeam!

- Mesh, avance e acerte-a com seu Gear Grind!

Em um piscar de olhos, Mesh já estava ao lado da Hatenna, tendo movimentado-se em uma velocidade que surpreendeu a pokémon. Contudo, ao invés de realizar seu ataque, ele apenas acabou batendo em si mesmo, o que deu tempo para que a adversária recobrasse suas ações e o mandasse de novo para longe com seu movimento.

- Vamos lá, Mesh, não desista. Prenda-a com seu Vice Grip, não deixe que escape.

- Tenna, ele está muito rápido, então mande contra ele seu Disarming Voice.

Novamente, Mesh avançou contra a adversária, que já preparada para a velocidade do pokémon se preparava para disparar seu movimento. Dessa vez, contudo, meu pokémon conseguiu manter seu foco, prendendo-a entre suas engrenagens com força, impedindo que saísse. Ela gritou, inutilmente, usando seu movimento conforme a treinadora ordenara, mas não fora o suficiente para que se libertasse. Mesh estava, enfim, livre da confusão.

- Agora vamos encerrar com isso. Finalize com seu Gear Grind!

- Tenna, expanda seu Confusion para sair logo daí, antes que seja tarde!

Mas não tinha como a pokémon competir com a atual velocidade de seu adversário. Antes que Beatrice sequer terminasse seus comandos, Mesh já girava, acertando Tenna com toda sua potência, nocauteando-a, enfim.

Após encerrada a batalha e depois de termos postado-a em nossos Dexit, caminhei um pouco com a garota até a hora do almoço, o que ajudou-a a se animar depois da derrota. ela ficou extremamente interessada em ouvir quando comentei que havia me mudado para um quarto no apartamento de Garceov. Imaginei se ela seria do tipo que espalha as coisas pelo campus, mas não faria diferença, afinal já estava na Dexit que eu começara a dividir o apartamento com ele, mesmo.

Antes de ir para a academia encontrar Garceov, no período da tarde, passei em seu apartamento para almoçar, e fui recebido com um banquete por Atalanta. Definitivamente, se eu não começasse a usar os equipamentos e fazer exercícios, eu certamente estaria rolando antes mesmo de conseguir realizar minha matrícula.
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Re: [CL] A Cidade Prismática

Mensagem por chansudesu Ter Abr 21, 2020 1:32 am

  • Mesh recebeu 52 pontos de Experiência;
  • Richard recebeu 50 bitcoins

As oportunidades nascem como o resplendor da lua ao cair da noite:

Template muito bonito e combinando com o seu personagem, embora o outro também fosse bem bonito. A batalha se desenvolveu de maneira fiel e realística, enfim, um post suave e tranquilo de se ler como de costume.
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Re: [CL] A Cidade Prismática

Mensagem por Mitsuyo Qua Abr 22, 2020 1:07 am

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Quando cheguei à sala de Garceov, já na academia, ele ainda estava terminando sua refeição. Ao me ver, acenou com a cabeça como um cumprimento, uma vez que sua boca estava cheia. Respondi da mesma forma e aguardei até que ele logo desse fim ao almoço, de maneira apressada.

- Bem, eu sei que havia prometido que hoje à tarde daríamos continuidade ao projeto de ontem, mas hoje... não vai rolar. - franziu os lábios, em um tom sinceramente desapontado - Acabou surgindo um compromisso inadiável pra mim, e que também não pude recusar, e isso meio que vai ocupar todo o resto da minha tarde.

Era inacreditável. Eu tinha esperado o dia inteiro pra continuarmos aquela pesquisa, compararmos o que havíamos encontrado, até mesmo tinha anotado algumas considerações que deveríamos levar em conta, mas no fim então seria pra nada.

Garceov devia ter notado a frustração em meu rosto, pois continuou - Mas não se preocupe, vamos dar continuidade a isso depois, afinal é um projeto importante pra mim. Além do mais, não vai ser como você fosse ficar entediado aqui o resto da tarde. - levantou-se e começou a reunir suas coisas, colocando suas ferramentas em uma maleta, bem como alguns outros objetos estranhos que não tive tempo de identificar - Um dos calouros de engenharia está com dificuldade em um projeto para aula e me pediu ajuda, mas, como vou estar ocupado, vou deixar essa tarefa pra ti. Ele deve estar chegando... - fez uma pausa para consultar as horas em dua pokedex, enquanto caminhava até a porta - Dentro de mais ou menos dez minutos, mas não se preocupe, sei que você é mais do que capaz de resolver isso. Boa sorte, nos vemos em casa.

E, com um sorriso de quem estava se divertindo e um aceno debochado, o professor fora embora sem nem ao menos esperar para ver se eu tinha algo a questionar. Ele realmente não fazia nenhuma cerimônia em passar seu trabalho para os outros.

Fosse como fosse, não tive muito tempo para pensar em formas diferentes de fazer com que Atalanta colocasse sal no café de Garceov, no lugar de açúcar, quando ouvi batidas na porta. Quando a abri, era um rapaz por volta da minha idade, com um ar aventureiro e meio desligado. Provavelmente o calouro com problemas no projeto, cinco minutos mais cedo. Maravilha, agora não teria tempo de pensar em como burlar os sistemas da Atalanta.

Spoiler:

- Boa tarde, eu to aqui pra ver o assistente do professor Garceov, ele tá por aí? - perguntou o garoto, sorridente. Parecia do tipo animado, tentando olhar por cima do meu ombro para ver se encontrava outra pessoa na sala.

- Sou eu mesmo, pode entrar. A propósito, me chamo Richard. - dei passagem ao garoto, fechando a porta atrás dele. Ele olhou, curioso, para todos os lados da sala, e então voltou-se novamente para mim, demonstrando a mesma curiosidade, e apresentou-se. Seu nome era Hiragi, e estava em seu primeiro semestre de engenharia - Garceov me disse que precisa de ajuda com um projeto, mas não me deu mais nenhum outro detalhe. Pode me contar do que se trata? - tentei parecer profissional, afinal era a primeira vez em que eu tinha que lidar com alunos dessa forma.

- Então, sim. Eu tenho que elaborar um projeto sobre energia eólica, desde a estocagem e a manipulação pra dispositivos elétricos, mas to com problemas pra entender como funciona isso, e também preciso fabricar algo do tipo, só que a grana ta meio curta e não to sabendo o que fazer. - enfim, então era por isso que Garceov havia dito que eu daria conta. Muito conveniente, mesmo.

- Huum, entendi. Bem, pode sentar, vamos começar com a energia eólica, depois a gente vê como vamos fazer com o teu orçamento. - puxei a tela de rascunho que havia mais para o lado da mesa para deixá-la em evidência, e comecei a rabiscar, enquanto explicava - Então, é sobre qual método de exploração de energia eólica que fala o teu projeto?

- Bem, eu... então, eu recebi a tarefa de fazer esse projeto justamente porque aconteceram umas coisas aí e acabei meio que perdendo essa aula, desculpe... - fora seu rosto der ficado levemente vermelho, não havia nenhum outro sinal de arrependimento em suas feições.

- Aah... - suspirei. Aquela seria uma tarde longa - Bem, vou do começo, então. Existem dois métodos de exploração de energia eólica: O método comum, e o método Pardosiano. - enquanto falava, ia fazendo anotações na tela.

"O método comum é caracterizado por coletar não o vento em si, mas sim o atrito da força dos ventos. Utiliza-se um mecanismo que gere resistência ao vento que, com a sua passagem, movimenta o mecanismo, gerando energia. Na verdade, nesse sistema, o conceito importante não é o vento em si, mas sim a força que é exercida pela natureza para movimentar o mecanismo, pois é esse movimento que gera energia. É o mesmo sistema de uma Hidrelétrica, por exemplo."

"Já o método Pardosiano é um pouco diferente. Ele, de uma forma, mais precisa, realmente capta o vento, através de enormes balões flutuantes, cuja entrada apresenta um funil de ponta virada para o interior, e que possuem uma tubulação que leva ao subsolo. Os ventos fortes de Pardosa entram nos balões mas, como o funil aponta para dentro, acabam não conseguindo sair. Os balões, por sua vez, são feitos de um material especial, criado em laboratório e que nem mesmo eu sei a composição, sendo capazes de inflar conforme se enchem, e esse ato por si só já é responsável por gerar energia para manter a cidade. Mas esse não é o ponto do método Pardosiano. Os ventos que entram nos balões são enviados para o subsolo, através das tubulações, onde são estocados em pressões crescentes, impedidos de saírem. Lá, são conduzidos, conforme a necessidade, para diferentes tanques, onde recebem um pesado tratamento químico, o que causa uma alteração estrutural em suas moléculas, transformando-o em energia pura."

O garoto olhava bastante impressionado enquanto eu explicava. Inclusive, pelo que percebi, ficara tão absorto que até mesmo parara de fazer suas anotações.

- Esse segundo aí, o que comprime o vento, é aquele usado naquela cidade no meio do deserto pro sul de Detroya, né? Pardosa, acho. Seria legal conhecer como funcionam as coisas por lá. - apesar de tudo, ele parecia realmente interessado.

- Err... sim, esse é um método patenteado e utilizado exclusivamente por lá, ao menos legalmente. Caso um dia conheça a cidade, peça para os moradores te indicar onde fica o campo dos balões-cata-ventos, pra poder olhar de perto como funciona. Só... se encontrar um homem com o corpo todo revestido com um tipo de proteção, ele é o cientista responsável pelo desenvolvimento desse método, mas não faz nenhuma pergunta pra ele. Ele é meio excêntrico, e um pouco... reservado.

- Entendi. Bem, mas não sei qual dos dois métodos é o meu projeto.

- Provavelmente é o método comum. Não acho que eles ensinem o método Pardosiano aqui pela academia, ao menos não para os calouros. - não que eu ache que alguém teria revelado os segredos do seu maior sucesso pra alguém além de mim e do Phill, principalmente para serem ensinados numa academia, sendo que nem nós mesmos entendíamos completamente o sistema.

- Hum, então deve ser. Bem, se eu entendi direito, a força do vento movimenta o mecanismo, e esse movimento acaba gerando a energia, através de um motor, que é conduzida e estocada pra poder cer utilizada, isso?

- Sim, isso mesmo. - fiquei impressionado, aparentemente tinha salvação.

- Ok, então eu preciso montar um mecanismo assim. Nem precisa ser muito grande, contanto que funcione. O problema é que eu realmente não to com muita grana, e não sei onde que vou arrumar um motor desse tipo pra poder montar isso. Aaaaahhh - choramingou, enquanto me falava do valor que tinha disponível. Era mais do que o suficiente.

- Na verdade, não é tão complicado e nem tão caro assim. Sabe como funciona um motor elétrico, que utiliza energia elétrica pra converter em energia motora? Imagino que nesse ponto eles já tenham, pelo menos, dado essa aula... - tentei não parecer muito acusador.

- Sim, sim, isso eu sei. Nessa aula eu fui, hahaha - brincou, e até mesmo eu acabei rindo - Todo motor elétrico possui um receptor de energia, que vai conectado à fonte alimentadora, seja uma bateria ou até mesmo a rede elétrica. Esse receptor leva a energia até um conversor, que vai ligado à uma parte metálica, normalmente uma haste ou algo no formato de pá, que fica próxima à um ímã. A energia, então, magnetiza essa parte metálica, fazendo com que aconteça uma repulsão dela com o ímã, e essa repulsão faz ela girar, o que movimenta o resto do mecanismo e o que quer que esteja usando o motor. Eu tenho alguns assim, já montei e desmontei eles algumas vezes. Hahaha

- Precisamente, isso mesmo. Agora, tenta imaginar o contrário. Ao invés da energia elétrica ser enviada pro conversor e ele fazer tudo se mover, tenta imaginar esse movimento sendo transmitido, através do mecanismo, pra um outro tipo de conversor, que faça o trabalho inverso... - enquanto falava, ia desenhando na tela um protótipo - Esse tipo invertido de conversor é chamado de gerador, e ele é o que converte a energia motora em energia elétrica. Ou seja, se tu já tem um motor, tudo o que tu precisa agora são: pás, pra captar o movimento do vento; um gerador, pra converter a energia motora em energia elétrica; e uma bateria, pra armazenar essa energia. - completei, satisfeito, enquanto anotava cada um dos itens, além do motor, na tela. - Ah, sim, e cabos condutores, também, pra levar a energia do gerador pras baterias. Tudo tu consegue achar bem baratinho, e um gerador usado tu consegue comprar com o dinheiro que tem e ainda sobra pra fazer um encapamento que deixe parecendo tudo novo. Hahaha

O garoto também riu satisfeito. Não era pra menos, afinal eu o havia ajudado a resolver o problema tanto do projeto quanto do orçamento.

- Bem, Hiragi, acho que com isso já tem o que precisa, não é? - o garoto não demonstrou nenhuma dúvida, então segui - Se tiver mais alguma dúvida ou precisar de ajuda pra montar o mecanismo, me manda uma mensagem no Dexit que eu vejo com um Garceov um horário que eu possa te ajudar.

- Pódeixar. Rick, né? Eu procuro pelo perfil do Garceov, sem erro, não vou te confundir. E valeu pela ajuda, salvou minha pele. - após mais uma risada, nos despedimos e o garoto se foi.

Olhei pela janela, já estava próximo de escurecer. Nossa, a tarde tinha passado muito mais rápido do que eu tinha percebido. Peguei minhas coisas e fui, então, pra "casa". Cara, eu ainda ia demorar pra me acostumar com isso.
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Re: [CL] A Cidade Prismática

Mensagem por chansudesu Qua Abr 22, 2020 8:20 pm

  • Richard recebeu 80 bitcoins

Um post detalhado e bem explicado, apesar de algumas partes a respeito de Pardosa terem ficado muito confusas pra mim acerca  do que o Rick realmente queria passar e o que ele queria deixar claro como patenteado, apesar de ter dado todo o conceito de lá de graça anteriormente. Me pareceu meio... contraditório? Não sei dizer, mas é um detalhe que você pode trabalhar depois.

Parabéns pela conclusão da missão.
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Re: [CL] A Cidade Prismática

Mensagem por Mitsuyo Sáb Abr 25, 2020 11:40 pm

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O resto da semana se passou de forma... tranquila. Quando cheguei "em casa", encontrei apenas Atalanta com uma mensagem de Garceov, avisando que ia acabar ficando alguns dias fora, mas que eu não precisava me preocupar com nada e que era pra seguir cuidando das coisas da universidade pra ele, na medida em que conseguisse.

E cara... não sei se foi uma coincidência, ou se talvez Hiragi tivesse conversado com colegas sobre minha ajuda, ou até mesmo se Garceov tinha mexido seus pauzinhos pra me manter ocupado todos os dias, mas sempre que eu achava que teria o dia livre, aparecia algum aluno procurando por ajuda pra tirar dúvidas sobre alguma matéria ou até mesmo na elaboração de algum trabalho, todos relacionados com energia. Pra mim, parecia demais para ser coincidência.

O resultado disso foi que não me sobrou muito tempo descansado pra focar em meus próprios projetos, apesar de que ajudar os demais também me servia, de alguma forma. De qualquer forma, descobri que gostava de fazer aquilo, apesar de constantemente reclamar com Atalanta da incapacidade dos calouros da academia. Talvez ajudar os demais com seus projetos fizesse eu me sentir um pouco mais em casa, já que a vida toda era o que eu tinha feito... Pensamentos sombrios, pensamentos sombrios, pensamentos sombrios... Pronto, melhor assim.

Ficar sozinho em casa com Atalanta não era lá muito... reconfortante. Garceov tinha feito um trabalho realmente espetacular com ela - se é que tinha sido ele mesmo quem a tinha programado - porque ela, ainda que tivesse uma programação em tese básica pra ser uma governanta, ainda assim tinha diversos aspectos de uma personalidade real, de forma que era quase imperceptível que ela não era humana, a não ser pelo claro fato de ser apenas racional e de tempos em tempos ligar-se à tomada. Contudo, não era o mesmo que conversar com outra pessoa, já que ela não tinha sonhos, vontades, anseios, e o mundo dela era só aquilo pro qual ela tinha sido programada, e de certa forma também fazia eu lembrar da minha vida em Pardosa, mas não de uma forma que eu gostaria.

Por causa disso, passei a evitar ficar observando demais os movimentos da androide, o que me fez buscar por outros passa-tempos pela casa. E realmente, não era atoa que Garceov se sentia solitário naquela casa, ele era totalmente um solteirão. Em uma olhada melhor pela sala, pude ver que ele tinha os mais modernos modelos de videogames. Clifford costumava presentear a mim e a Phill uma vez por ano com algum dos lançamentos mais recentes, mas a gente só podia jogar aos finais de semana, e a liberdade que eu tinha ali me permitiu aproveitar muito mais da diversão eletrônica. Precisava mostrar pra Phill que tinha uma forma secreta de passar daquele boss que a gente sempre ficava preso. Se ele ao menos tivesse aqui...


Como vídeo-game começou a ficar também cansativo, me aventurei em experimentar os aparelhos de ginástica de Garceov, e fui rigorosamente repreendido por Atalanta quando ela me flagrou fazendo um movimento que ela disse que era totalmente errado e ia acabar me machucando. Resmungou alguma coisa sobre sempre ser obrigada a fazer massagens em Garceov por causa disso, e então me passou um programa que ensinava a fazer as coisas da forma correta. Era bastante cansativo, mas era isso ou, bem... isso.

Os dias se arrastaram como se cada um durasse eras, mas ao mesmo tempo foi bom pra descobrir diversas coisas e começar a ver o apartamento como um lar, onde eu tinha liberdade, o que provavelmente teria sido mais complicado de acontecer sem ter ficado tomando conta de tudo - com Atalanta no comando, obviamente.

Finalmente sexta-feita chegava ao fim. Fazia realmente apenas uma semana e dois dias que Garceov tinha saído e deixado o recado? Antes de arrumar minhas coisas pra sair da sala da academia, recebi uma mensagem na Dexit, que vibrou com seu som de notificação. Ao abrir, vi que se tratava de uma mensagem de Hiragi.

Hey, Rick, tudo bem? Consegui todos os materiais que precisava, foi bem mais barato do que eu esperava, valeu mesmo xD
Então, eu tava pensando se aquela ajuda que tu ofereceu pra montar o projeto ainda ta de pé... amanhã, se estiver livre
Se estiver ocupado não tem problema, eu tento dar algum jeito... mas se puder me ajudar, te mando meu endereço e a gente combina =D


Aparentemente ele ia querer sim ajuda pra montagem do projeto. Não era algo realmente difícil, ainda mais que ele não parecia ser do tipo burro, só meio desligado... Mas de qualquer forma seria bom, afinal a alternativa era ficar o final de semana inteiro em casa ou sair pra caminhar pela cidade à esmo. Mandei mensagem dizendo que estava livre e ele já logo respondeu.

Se estiver ocupado não tem problema, eu tento dar algum jeito... mas se puder me ajudar, te mando meu endereço e a gente combina ;D
Amanhã eu posso sim, me manda o endereço e o horário que eu apareço por aí
Quer que eu leve algo?
Pode vir e almoçar aqui, n precisa trazer nada não


Logo na sequência me enviou o endereço de onde ele morava. Eu conhecia vagamente o lugar. Pelo que lembrava, era um prédio residencial não muito longe da área central de Njorlune, talvez... é, se eu não me enganava era perto de onde eu tinha encontrado o Glintch.

A ideia de ter algo diferente da rotina no próximo dia me deixou animado enquanto voltava pra casa, o sol já começando a se por no horizonte. Quando finalmente cheguei, fui surpreendido por um Garceov sentado no sofá-cama, jogando vídeo-game enquanto tomava um drink.

- Hey, garoto, foi você que passou do chefe dos três braços no Ragna Fantasy LX? Eu to tentando tem mais de um mês e não consigo! Valeu!

Spoiler:

- Poxa, uma semana sem dar notícias e quando chega é isso que tem pra dizer? Atalanta já tava sentindo tua falta. - caçoei e rimos.

Ficamos jogando até tarde aquela noite, enquanto eu contava tudo o que tinha acontecido na minha semana pra Garceov. Em troca, ele não me disse absolutamente nada da dele, apenas que era um assunto ultra-secreto e que ele não podia comentar, mas que certamente não era algo tão interessante quanto tinha sido a minha semana. Nem ele acreditou no que disse, não com aquele brilho no olhar enquanto falava.

O homem não pode conter sua risada quando Atalanta, ao trazer o jantar, contou sobre eu quase ter deslocado o ombro ao me aventurar fazendo exercícios sozinho, o que me deixou bastante constrangido. - Não se preocupe, ela fala isso porque ela já teve que aturar o suficiente dos meus ombros deslocados por causa disso. Hahaha! Mas se está interessado, posso te passar uma rotina de exercícios e te ajudar. E te diria que.. é, faria bem por um pouco de carne por cima desses ossos. Hahahahaha - com isso, até mesmo Atalanta riu. Até mesmo ela parecia mais animada.

Era bom não estar mais sozinho, apesar...
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Re: [CL] A Cidade Prismática

Mensagem por Mitsuyo Dom Abr 26, 2020 11:52 pm

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- Então, agora que ele já foi dormir me conte o que pode observar enquanto eu não estava.

Já era madrugada. Richard já estava em sua cama, cansado após ficar horas a mais acordado, jogando e conversando com Garceov. Agora, restavam apenas o homem e Atalanta despertos.

- Sim, mestre. Farei como me instruiu. - respondeu a android, passando então a um relato de tudo o que pode observar durante a semana, desde a inquietude do jovem após os primeiros dias sozinhos, ou como ele estranhamente passou a não procurar tanto pela companhia dela, bem como que seu humor começara a se estabilizar nos últimos dias.

- Entendo. Pois bem, isso é o suficiente. Pode carregar-se, logo irei me recolher também. Muito obrigado por ter cuidado dele, Atalanta.

- Apenas fiz meu trabalho como governanta desta casa, mestre. E ele é um rapaz interessante.

- Sim, ele certamente é. Boa noite.



Eu dormi demais!

Acordei e saltei da cama de uma única vez, ao ver o horário. Fiquei acordado até tão tarde no dia anterior que não consegui acordar no horário que tinha pretendido. Mesh apenas observou enquanto corria atrapalhado pelo quarto, buscando arrumar minha maleta de ferramentas, enquanto Glintch, que ainda estava dormindo até instantes atrás, apenas lançou-me um olhar de reprovação por tê-lo acordado. Ignorei-o e corri para o banho.

Quando finalmente chegava no endereço que Hiragi havia me enviado na noite anterior, recebi uma notificação de mensagem na pokedex. Era Hiragi. "Então, tu vem mesmo?". Droga.

Subi correndo pelas escadas mesmo, já que presumi que o elevador demoraria, mas não foi uma boa escolha. Eu ainda estava com dores dos exercícios, e, bem... foi uma subida bem difícil.

- Finalmente... cheguei. Bom dia, desculpa... o atraso... - ofegava, quando o garoto abrira a porta para me receber.

- Tu subiu as escadas correndo até aqui por causa do horário? Pfff, mas tu é doido por acaso? Hahahaha - divertiu-se o garoto. Acabou que também ri, pois agora parecia realmente idiota. - Vem, entra logo. Deixa eu te servir uma água. Pode sentar onde quiser pra respirar.

O apartamento de Hiragi não era muito grande, principalmente se comparado ao gigantesco do Garceov, com o qual estava acostumado, mas era bastante aconchegante. Isso sem falar nas luzes multicoloridas que entravam pelas amplas janelas, deixando todo o lugar com um ar de mistério, quase mágico.

- Bem, meu maior medo na verdade é acabar montando alguma das partes errado e estragar todas as peças. - explicou o garoto, enquanto eu tomava a água que ele havia trazido - Foram bem difíceis de encontrar, não é tão simples de achar materiais assim de segunda mão aqui por Njorlune, sabe?

- Pra falar a verdade, não fazia ideia. Mas agora que comentou, acho que não parece haver muitos lugares do tipo por aqui mesmo...

- E não é? Aah, só eu sei o que sofri pra conseguir isso tudo. Principalmente o motor, nossa. Se eu te contasse, ia dizer que estou mentindo!

Conversar com Hiragi era fácil, talvez até porque com ele era meio difícil de acontecer aquele tipo de silêncio quando ninguém mais tem nada pra falar. Pela manhã só conseguimos mesmo foi revisar todos os materiais e ferramentas, pois Hiragi tinha que fazer o almoço.

- Se tivesse vindo mais cedo, não teríamos esse problema...

- Tá, tá, já entendi. No que eu posso ajudar? Sempre tive curiosidade sobre cozinha, mas Atalanta não deixa eu sequer chegar perto do fogão.

Enquanto dividíamos as tarefas, expliquei para ele quem era Atalanta e onde eu morada. Isso pareceu surpreendê-lo.

- Oque?! Tu mora com o professor Garceov, além de ser estagiário dele? - exclamou sobressaltado - Vocês por acaso são parentes, ou será que estão...? - sua voz foi diminuindo enquanto falava, e seu rosto enrubesceu.

- Estamos o que? - perguntei, nem um pouco ciente de minha própria inocência e legitimamente confuso com a forma como ele tava agindo.

- Hum, nada não, deixa pra lá. Pela tua reação é só besteira minha mesmo... hahaha - apesar disso, sua risada parecia um pouco desconfortável, e ele seguia vermelho.

Expliquei que eu vinha de Pardosa e que Garceov tinha sido amigo do Cliff... meu pai, quando eram ambos estudantes em Njorlune, e que Garceov tinha me oferecido o trabalho como estagiário e ficar na casa dele pra me ajudar a guardar dinheiro pra academia.

- Nossa, mesmo? Hum, interessante. Garceov não tem uma fama de ser tão bacana assim pelos alunos, na verdade ele é até bem rígido com a gente. Inclusive, esse projeto ele me passou por eu ter faltado a aula dele.

Depois de almoçarmos, colocamos a mão na massa. Hiragi era surpreendentemente habilidoso com o trabalho com as mãos, inclusive, o que eu não esperava, considerando o quanto parecia desajeitado - a cozinha ficada mais suja por culpa dele do que minha, sendo que eu nunca tinha cozinhado antes. Mesh e Glintch nos ajudaram, enquanto que Baki, a Munna de Hiragi, ficou apenas flutuando curiosa a nossa volta.

- Viu? Não há perigo de explodir fácil assim. - disse, contemplando nosso trabalho finalizado.

- Ainda bem. Mas vamos ver se vai funcionar antes de comemorarmos?

Levamos o experimento, uma pequena miniatura de catavento, até a maior das janelas da sala do apartamento, a qual abrimos após posicioná-lo em um local firme. No mesmo instante a sala foi fortemente fustigada pelos constantes ventos da altura das montanhas,  fazendo girar a hélice rapidamente. Com o movimento, o display da bateria se ascendeu, começando a piscar, uma barrinha a mais aparecendo de cada vez, até todas sumirem e começar o mesmo processo novamente, indicando o carregamento.

- Bem, agora é só levar pra academia e mostrar ao Garceov. E de preferência não derrubar e quebrar no meio do caminho! - tentei soar repreensivo, mas consegui apenas arrancar risadas do garoto.

Para comemorarmos, Hiragui serviu para ambos sorvete que ele havia comprado mais cedo. Sério, era simplesmente maravilhoso o sabor, um que eu nunca tinha provado antes.

- Então, Rick... - começou o garoto, fazendo uma pausa enquanto enchia a boca com uma colherada enorme de sorvete, fazendo-o arrepiar - Veio pra Njorlune pra matricular-se na academia? Pretende seguir os passos do teu pai?

Sua pergunta era bastante despretensiosa e sem malícia, como fora a de Garceov, quando nos conhecemos. Eu havia contado sobre quem era meu pai, mas, assim como para o adulto, preferi omitir a maior parte da história.

- Bem, sim e... não. Vim para estudar na academia, sim, mas não com o Cliff... digo, meu pai, como motivação. - o rapaz pareceu perceber a hesitação momentânea, então achei melhor mudar o foco - E você, veio pra estudar também?

- Sim, vim. Na verdade, está mais para fugi, mesmo. Eu nasci em Stalehelm Alfa, mas ainda era muito pequeno quando fui pra Magomedov. Eu... bem, não gostava muito de lá. A cidade era chata, fria e... tinha umas situações um pouco complicadas... - Hiragi exitou por uns instantes. Olhava-me pensativo, como se considerasse se deveria falar ou não. Por fim, suspirou, chegando a uma decisão - Aqueles que me levara pra lá me usavam pra fazer algumas experiências, sabe? Era bem ruim e doloroso. Então, quando tive uma oportunidade, fugi e vim pra cá. Antes de vir eu consegui pegar um bom dinheiro deles lá, que me ajudou a comprar esse apartamento e me matricular... mas não precisa ficar preocupado, duvido sequer que eles tenham dado por falta da quantia, pra eles é merreca mesmo.

Fiquei em silêncio enquanto ouvia, completamente boquiaberto, tanto pela história do garoto quanto pela naturalidade com a qual ele contava aquilo. Me senti culpado por ter mentido, mas ainda dava tempo de consertar. - Então, na verdade... - e contei-lhe toda a história.

Contei de como eu e Phill havíamos sido criados por Clifford, de como sempre fomos ferramentas pra ele e de como eu tinha fugido pra poder ter uma vida, mas que meu irmão tinha ficado com medo e não tinha vindo junto. E, conforme eu contava, pude sentir como se um peso fosse sendo tirado das minhas costas, e uma pressão que eu nem havia notado em minha cabeça, que se intensificara durante aquela semana, simplesmente sumiu.

- Nossa, que história interessante. Será que tu também, assim como eu... Não, não, nada a ver. Eu teria descoberto algo assim quando invadi os sistemas lá, sem falar que não parece nem um pouco do feitio deles isso... - Hiragi parecia falar mais para si do que realmente para mim, perdido em pensamentos enquanto me observava profundamente. - Mas que se danem também! O importante é que chegamos até aqui e conquistamos nossa liberdade, não é mesmo?

- É sim, tem razão... - escondi até mesmo de mim o pequeno desconforto, por lembrar de que Phill ainda estava preso à uma vida que não foi ele quem escolheu.

Não demorou muito para que Hiragi começasse a falar dos jogos de videogame que havia descoberto desde que viera pra cá. Estava, inclusive, preso no mesmo chefe que Garceov não conseguia passar, então contei como eu tinha feito e o ajudei. Depois de tudo o que desabafamos, acabamos ficando mais próximos um do outro, o que tornou tudo mais leve e divertido, quase tão agradável e fácil quanto...

Quando finalmente fui embora já estava quase escurecendo. Havíamos chegado em uma parte realmente difícil do jogo, então prometi que ia ver se Garceov já tinha passado dela ou descobrir como fazia em casa. Prometemos guardar segredo sobre as histórias um do outro e, antes de partir, Hiragi desejou-me sorte para conseguir entrar na academia.

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Re: [CL] A Cidade Prismática

Mensagem por chansudesu Seg Abr 27, 2020 1:45 am

  • Richard recebeu 20 bitcoins

Um post de cotidiano interessante, acho importante ressaltar esses pontos de como o Rick concilia a vida dele de estagiário com as amizades acadêmicas dele ali dentro de Njorlune. Não vou passar nenhuma Minor Quest dessa vez por uma questão de narrativa mesmo, ainda está muito recente desde a última leva disposta.
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Re: [CL] A Cidade Prismática

Mensagem por Mitsuyo Qua Abr 29, 2020 12:39 pm

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Já era meio da tarde de domingo. Eu estava em meu quarto, revisando alguns materiais de projetos antigos para ver o que poderia aprimorar quanto ouvi uma batida na porta, que logo foi aberta. Era Atalanta. Achava bastante interessante a forma como ela fora programada para bater na porta antes de entrar apenas para anunciar sua presença, ainda que sempre soubesse tudo o que estava acontecendo dentro do apartamento, podendo saber se o momento era próprio ou não para sua chegada.

- Mestre Richard, visita para o senhor, deixei-o aguardando na sala. - anunciou, e tão logo quanto chegou, partiu para dar sequência a seus afazeres.

Achei estranho, pois nunca havia recebido ninguém antes, e tampouco lembrava de ter passado o endereço do apartamento a alguém. Ao subir as escadas, contudo, tudo tornou-se claro: tratava-se de Hiragi, ele certamente teria pego o endereço de Garceov dentre as informações da academia.

- E aí, Rick? - cumprimentou o garoto, com seu característico sorriso, com uma grande cesta em seus braços - Anda logo, te arruma que hoje vamos descobrir os segredos da Montanha Opalina! - sua explicação soou misteriosa, o que me deixou curioso.

- Segredos da Montanha Opalina? O que quer dizer?

- Montanha Opalilna, cara, a montanha onde Njorlune foi construída. Vai dizer que nunca teve curiosidade de explorar ela? Porque eu tenho, mas ir sozinho seria chato. - e estava explicado.

Eu particularmente não estava tão animado assim, mas quando comentei com ele que eu tinha passado o dia revisando meus projetos, ele simplesmente me chamou de nerd e não sossegou enquanto não me empurrou lá pra baixo e e me fez trocar de roupa. - Na montanha é mais frio do que aqui na cidade, porque a falta dos prédios faz ventar mais. - explicou, insistindo para que eu vestisse uma roupa que protegesse melhor.

Enquanto eu me trocava Hiragi mexia em sua Pokédex, e logo recebi uma notificação na minha. O olhar travesso que ele lançou o denunciou antes mesmo que eu abrisse a dex e visse que ele havia postado e me marcado em uma foto que havíamos tirado no dia anterior, com o experimento e o sorvete. Nossa, eu tinha ficado tão distraído que esqueci completamente de postar.

Nem bem meia hora tinha se passado quando já estávamos rumando à saída da cidade. Não demorou muito para que eu avistasse uma figura baixinha, bochechuda e de cabelos cor-de-rosa, espreitando por detrás de uma moita.

- Ei, aquela ali parece ser uma garota que conheço, Beatrice.

- Só pode ser brincadeira... o que essa tagarela ta fazendo aqui só pra me encher?

Spoiler:

Ignorei o comentário e fui até ela. A garota estava tão distraída que sequer conseguiu perceber que a gente se aproximava, e pulou de susto quando toquei seu ombro, só para se abaixar de novo, me puxando pra trás da moita junto.

- Shhhhh, fica quieto. Você também, cabeça de vento, se esconde aqui. - cochichou.

Hiragi revirou os olhos, mas ainda assim atendeu ao pedido da garota. Olhamos, então, para onde ela apontava. No meio da praça havia uma Swablu de asas cheias e engomadas. Então era ela quem a garota observava.

- Ta querendo capturar ele, por isso que se escondeu aqui? - a garota confirmou com a cabeça - Mas então o que ta esperando? Tu não é sempre a primeira a correr para a batalha? - questionei, mas a garota se manteve estática, parada e apenas observando, parecia nervosa.

- Eu tenho seguido ele e ele tem fugido de mim o dia todo... - explicou, em um sussurro quase inaudível.

Olhei para Hiragi, que apenas deu de ombros, impaciente. Bem, se esse era o problema, bastava que a gente fosse mais rápido do que ele pudesse fugir. Peguei calmamente a Pokéball de Glintch e o libertei conosco atrás da moita.

- Glintch, ta vendo aquele Swablu? - questionei, e o pokémon apenas piscou suas luzes e apontou para os olhos. "Não sou cego", certamente era o que ele queria dizer - Bem, que bom. Preciso que você se teleporte para o lado dele e o derrube com seu Confusion, ok? Só tome cuidado para que ele não fuja.

O Elgyem piscou duas vezes as luzes verdes em suas mãos, indicando  que havia entendido, e então desapareceu. Espiamos por cima do arbusto bem em tempo de vê-lo surgindo logo acima do voador, que tomou um susto tão grande que nem teve tempo de reação antes de ser atingido pelo Confusion e ser jogado contra o chão.

- Isso aí, Glintch! - exclamei, erguendo-me, o que foi repetido pelos outros dois - Agora rápido, use seu Psybeam antes que ele tenha tempo de fugir.

O psíquico, cheio de si, colocou ambas as mãos em suas têmporas, e lançou um raio multicolorido de sua testa, atingindo Swablu em cheio antes mesmo que ele tivesse tempo de levantar voo novamente.

- Agora você não vai escapar de novo! - exclamou Beatrice, se apressando para correr para perto de onde a batalha acontecia. Quando chegou perto o suficiente, lançou uma Pokébal contra o voador. A esfera bicolor absorveu-o e fechou-se, sendo lacrada após alguns segundos de tensão, confirmando a captura.

Após a comemoração da garota, na qual aproveitei enquanto ela tirava uma foto com seu novo parceiro para postar na Dexit em um ângulo no qual conseguiu enquadrar tanto eu e Glintch quanto Hiragi atrás de si, retornei meu pokémon.

Expliquei à Beatrice que estávamos saindo da cidade para conhecer a Montanha Opalina, e a cesta, provavelmente de comida, carregada por Hiragi, finalmente chamou atenção da garota.

- Bem, fazer o que, não posso deixar vocês dois correndo perigo sozinhos em um lugar como esse, então vou com vocês, por segurança... - disse ela, mas o audível ronco de sua barriga denunciou suas verdadeiras intenções.

- Só pode estar de brincadeira... - me olhou, então, de forma acusadora, o que respondi com um dar de ombros inocente e parcialmente culpado.

Assim, com um Hiragi mau-humorado e uma Beatrice novamente animada e faminta, saímos da cidade.

Bem, aqui já da pra encerrar essa campanha. Logo em seguida pretendo postar na Montanha Opalina, vai ser só uma primeira visita pra dar uma mudada nos ares, mas provavelmente vou voltar mais e mais vezes por aqui, até porque é a única saída da cidade.
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