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Mensagem por Protocol v12 Sáb Set 07, 2024 7:52 pm






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Re: [CP] ► network browsing

Mensagem por Protocol v12 Ter Set 10, 2024 9:32 pm

reconhecimento



Episódio 8

20%
Um novo pop-up surgiu no meio de sua visão: faltava apenas uma hora de funcionamento.

Assim que o Metang cruzou os limites de Atomia, passando por cima das cercas altas e dispostas em complexas redes que encobriam o território, o olhar do homem que flutuava acima de sua cabeça teve que lidar com diversos estímulos visuais de uma única vez: a própria arquitetura de cidade era única por conta própria, com tantas casas amontoadas e fiações cruzando acima que era até mesmo difícil para MG-250 desviar, motivo pelo qual o fez pousar assim que possível. No chão, as pessoas observavam a recém chegada com certa cautela — a maioria tentando entender mesmo que por alguns instantes de onde havia vindo ambos, enquanto outros só aproveitavam para observar de longe. Curioso.

Uma cidade com tamanhos chamariz de atenção, cores que vibravam entre as quentes e as terrosas, fiações que complexavam-se no céus e descendiam por postes no formato de Pokémon biônicos decorativos, como um Gliscor de latão que o rapaz havia visto — ainda que não soubesse exatamente do que se tratasse um Gliscor — e, ainda assim, as atenções eram trazidas para sua presença. No solo, percebeu que o asfalto da rua pouco era ocupado por carros, visto que o tráfego, por sua vez, ocorria de maneira mais caótica acima, flutuando por entre as casas. Algumas das construções, inclusive, tratavam-se de quadras inteiras suspensas no ar, com sinalizações que levavam diferentes automóveis para distintas localidades.

Uma música bem ritmada emergiu de algum canto. Após os murmuros e olhadas bem expressivas, sobraram alguns que continuaram encarando, é claro, mas a grande maioria logo se dissipou. De canto de olho, o usuário do traje observou algumas figuras saltarem latões de ferro, escondendo-se atrás de muretas altas, como se evitassem contato visual com o recém chegado. Em seu visor, diferentes rostos eram visualizados, tantas movimentações que geravam uma maré de dados constantemente em uma cascata infindável — base de dados a respeito das ruas principais de Atomia, integração com a rede local de internet e os principais acessos da localidade em relação ao… Dexit? De toda maneira, o rapaz apenas continuou a andar pela viela principal em que havia descido, retrucando os olhares e, por vezes, hipnotizando-se com o tráfego de automóveis acima.

[CP] ► network browsing AIva39m


Alguns homens que seguravam firme armas em punho não desprenderam o olhar do rapaz. Um deles, inclusive, cochichou para um outro ao lado quando a dupla cruzou por um beco com alguma grades parcialmente caídas. Mais atrás, um grande edifício se verticalizava: “ATOM ARENA”: era o nome que jazia em letras garrafais, nem todas elas com a iluminação faiscante de LED funcionando, é claro. Gritos e aplausos vinham da grande construção, como se houvesse inúmeras torcidas juntas em uníssono. Algum anúncio foi feito em uma voz eletrônica ecoante por um narrador, mas logo a atenção do homem foi interrompida.

Passos firmes levaram o guarda à frente do rapaz, proibindo sua passagem.

”Você tem coragem, rapaz.”

— Tenho o que?

Os guardas se entreolharam. Um uniforme bem justo ao corpo, com ombreiras metálicas que conectavam-se também a um capacete fumê com uma numeração na testa não tornava possível revelar a identidade ou feições do homem. O visor trabalhou além — dessa maneira, com uma aplicação de um filtro de registro facial, ainda assim conseguiu reconhecer o rosto por detrás daquele mesmo capacete. O código que havia mais abaixo desse mesmo número, miúdo, também foi descriptografado pelas lentes, que revelaram informações interessantes: um ex-agente da E.V.O, Dante M. O segundo guarda, então, aproximou-se com um olhar curioso, a tempo do que já estava ali poder responder.

”Um MG-250 roubado? Isso é pra poucos. Haha. Eu tive que deixar o meu pra trás, sabe… quando quase me pegaram.”

”Aposto que tem dedo do 77 nisso. Só ele poderia desvincular um aparato desse da própria E.V.O… me fala, quanto ele te cobrou?”

Quanta… confusão. Principalmente quando os leitores trouxeram à tona também a identidade do segundo guarda: Estephan G. Também dado como um ex-agente E.V.O, mas enquanto o outro havia a causa do desligamento por exílio, o segundo falava sobre contrabando. Inclusive, pelos registros trazidos, era procurado em território nacional pela própria E.V.O. A conversa se seguiu mais entre ambos os guardas do que de fato envolvendo o turista em Atomia, que apenas murmurou um ”perai, deixa eu passar” e deixou ambos conversando à medida em que entrou pelas grades parcialmente caídas. Em tempo, ambos os ex-agentes observaram as costas do homem, dando de ombros, mas ainda de olho no Metang, que flutuava sem feição alguma.

— Que papo é esse… E.V.O? Não tem envolvimento com a criação dos outros protocolos também? Sei lá, esses caras não pareciam muito guardas não. — Seus passos levaram-no para o prédio adiante. A seguir, sem nada de fiscalização, não foi difícil apenas seguir o som dos urros e dos aplausos que, agora, eram quase ensurdecedores. O hall de entrada encontrava-se vazio, exceto por algumas pessoas uniformizadas em tons vermelho e amarelo observando um cilindro central que servia como um transmissor de imagem e áudio — as catracas enfileiradas posteriormente, dando passagem para escadas rolantes, demonstravam que esse era o local de entrada. — Opa… oi?

Ninguém prestou atenção. Todos estavam vidrados no cilindro transmissor.

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Re: [CP] ► network browsing

Mensagem por Protocol v12 Ter Set 10, 2024 9:32 pm

reconhecimento



Episódio 8

40%
[CP] ► network browsing F0KWUjt

”E QUE LUTA! QUE LUTA SENHORAS E SENHORES, O TITÂNICO TEM UMA VIRADA FENOMENAL!”´
”MAS AINDA TEM PARTIDA! SERÁ QUE O LÍDER DE GINÁSIO VAI DEFENDER O TÍTULO DA CASA?”´

E a platéia acompanhava em gritos mistos de: ”TITÃ! TITÃ! TITÃ!” e, em outras horas, alguém uniformizado ao lado do rapaz sobrepunha sua voz ao áudio da transmissão: ”Vai! Ela é muito boa, mas tem como virar ainda!” e, por fim, um grito veio do estádio como um trovão: ”VAMBORA TITÃÃÃ, ACABA COM ELA!”.

Pelo visor, o rapaz acompanhou o momento em que o grande bípede tomou a frente, dando um soco de direita no ar, atravessando e passando como numa investida em vão. Uma figura translúcida e que certamente passaria reto, senão pelos sensores visuais de seu traje, emergiu pelas costas do lutador, canalizando uma esfera pura de poder em sua bocarra que abria-se enquanto gargalhava de maneira sádica. O nome da criatura surgiu em um pop-up com algumas breves informações: Haunter, sua tipagem e algumas básicas informações a respeito enquanto, aquele lutador ainda continuava não sendo identificado, embora houvesse uma grande concentração de suas janelas mentais abertas como num investigação profunda. O fantasma ganhou distância, flutuando no ar, materializando-se, virando para trás e disparando o seu Hidden Power, que estilhaçou-se como um cinturão de esferas róseas no ar.

O lutador foi alvejado pelas costas diversas vezes, conforme mais daquelas pérolas flutuantes o atingiam no mesmo ponto. Para cada acerto, uma fumaça levantava-se das costas do Titânico que, ajoelhado, não conseguia fazer muito. Então, a câmera focou no rosto da desafiante, que trazia uma mescla de sorriso triunfal e os resquícios de uma gargalhada bem entoada que ainda faziam parte de sua expressão raivosa. Em plenos pulmões, os microfones da transmissão gravaram o momento em que vociferou: — ACABE COM ISSO, HAHAY! PSYCHIC! — foi possível ouvir a platéia chiando nesse momento ao prender a respiração.

Mesmo sem perceber, o rapaz contraía forte seus dedos contra a palma da mão, cerrando o punho. Que tipo de… adrenalina contagiante era essa?

A figura fantasmagórica ergueu suas mãos separadas do corpo conforme toda a energia púrpura que o circundava ecoou pelo ringue, acompanhando a tonalidade que preenchia agora os seus macabros olhos. Contudo, antes que pudesse finalizar o ataque, uma sombra moveu-se como se saísse do corpo do próprio colosso encapuzado — um punho enegrecido ganhou forma antes mesmo do corpo fazer menção de mover e, em instantes, um gancho de direita preencheu o queixo do Haunter à medida em que um Sucker Punch foi desferido por conta do Titânico de maneira muito veloz e potente. Toda a sombra que envolvia o golpe materializou-se na luva do campeão, ecoando como uma onda de impacto no fantasmagórico, o puxando pela pressão e, após levantá-lo, jogando-o contra o próprio piso da arena ainda mantendo-o contra a superfície como uma prensa. O Haunter? Desapareceu. Após o punho cerrado ser levantado, havia apenas uma face deteriorada pelo ataque, com partes vazias e desfragmentadas de um fantasma que outrora lutara bravamente.

Um silêncio sucedeu a situação por alguns segundos. Todos achavam que o Titânico já havia perdido.

Então, aplausos, assobios, palmas e até mesmo fogos. Os olhos do mais novo espectador de uma batalha de ginásio brilharam com toda a cena — a forma como o suspense se manteve e a determinação de cada um, apesar de ter pego uma parte tão curta da batalha, havia sido muito interessante de se ver. Os fiscais que estavam a trabalho ali comemoraram, alguns se abraçaram, pouco foram os apenas balançaram a cabeça negativamente mas, sem dúvidas, o que trouxe o jovem à tona foi o som de uma multidão de passos se aproximando das escadas rolantes descendentes, como se milhares de pessoas estivessem se aproximando justamente para deixar o estádio após a batalha. Alguns dos fiscais ainda murmuraram algo sobre fechar todos o pontos de tráfego da cidade para que pudessem realizar uma comemoração em Atomia por mais um título garantido de ginásio.

Por fim, a única coisa que filtrou do final da transmissão foi: ”E assim se encerra mais uma disputa pelo ginásio de Atomia, bem defendido pelo nosso líder Titânico! A desfiante Blackjack terá que recuperar sua reputação antes de retornar para o confronto, o que pode demorar cerca de…” Então, os passos aproximavam-se ainda mais. Temendo que uma enxurrada de informações fossem aparecer como pop-ups em seu visor, o homem apenas saltou em cima do tampo da cabeça de seu Metang, que também havia assistido a tudo em silêncio, e fez uso de um Magnet Rise para que pudessem ganhar altitude e se retirar do lugar. Sua cabeça ainda estava revivendo aquelas cenas: que tipo de… Pokémon, ou… pessoa estava presente no ringue? Bem, como Mira havia dito, ele era também um protocolo. Talvez aquele fosse seu traje, apenas. Mas enfrentar cara-a-cara um Pokémon poderoso daquele?

— Sinto que ela estaria realizada ao me ouvir dizer isso, mas… precisamos da Mira. Ela tem que me dar algumas explicações o quanto antes. — O Metang flutuou baixo, de maneira que evitava o tráfego de carros que ocorria em níveis muito mais acima. A área superior da arena era claramente restrita, visto que era um momento de soltar fogos e de confraternização. Algumas placas presas a quadras que levitavam trouxe esse conhecimento ao rapaz que, agora, buscava por algum meio de poder manifestar aquela inteligência artificial novamente, apesar de sua vontade ser ir falar diretamente com Titânico sobre tudo o que queria saber.
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Re: [CP] ► network browsing

Mensagem por Protocol v12 Ter Set 10, 2024 9:33 pm

reconhecimento



Episódio 8

60%
O Metang levou o jovem — através de alguns poucos comandos — até a uma das quadras que levitavam. Assim que pisou no asfalto suspenso por blocos de ferro que pairavam no ar, o traje tornou possível atrair estímulos auditivos advindos de alguns murmuros e cochichos vindos das pessoas que andavam pelas calçadas da nova região explorada. Seu olhos buscaram por qualquer evidência de um lugar que dispusesse o que aquela inteligência artificial havia mencionado anteriormente: hardware, software, ou sabe-se lá como havia organizado tais informações em sua cabeça. Fato é: após ignorar os olhares e as conversas sobre si e o Metang ao lado, pôde enfim surpreender-se com algo que, por conta própria, já era chamativo. Mas foi o visor dianteiro que o fisgou de vez: “Vendemos peças de hardware usadas, consertamos seu software…”.

[CP] ► network browsing 2NXIyOO



O “estabelecimento” na verdade consistia em um metrô descarrilhado antigo, amarelado e abandonado repleto de rachaduras nas tentativas de mãos de tintura alaranjada frontais. Seu farol superior circular ainda estava aceso, como se fosse a iluminação externa do veículo-estabelecimento. Sem saber muito como funcionava afinal, o dono de olhos amendoados deu alguns passos adiante e subiu os degraus da porta lateral aberta, que levaram-no junto de seu companheiro Pokémon para o interior de um lugar que parecia infindável. Em dado momento, ficou claro que diversos tipos desse mesmo automóvel haviam sido colados como numa junção de seus retalhos, ampliando cada vez mais o corredor retangular que se expandia adiante, com tantos cacarecos eletrônicos e peças disponíveis penduradas que deixaram o jovem hipnotizado, de vagão a vagão. No lugar de bancos, haviam apenas bancadas extensas, com alguns vendedores atrás delas, anunciando o preço de seus produtos para os poucos que encontravam-se ali.

”Ême, ême, ême, olha o TM! lembrando que tô vendendo mais barato do que no vagão do lado hein! E ali é falsificado!” — Uma mulher de vestes púrpuras auxiliada por um Machoke que carregava uma caixa repleta de discos anunciou, usando um espanador para tirar a poeira acumulada do mostruário com alguns desses mesmos discos: “Protect”, “Solar Beam” e “False Swipe” demonstravam estar em promoção.

Seus passos trilharam em direção ao próximo vagão. O Metang, ao lado, tinha olhos em estado de alerta: ainda se adaptando à presença de tantos humanos.

”Se tiver precisando complementar o time querendo gastar menos, é aqui que você tem que brotar!” — No vagão seguinte, um homem curvado e de meia idade mostrava suas diferentes Poké Balls em prateleiras pregadas à parede de aço sobre aço do interior do trem. Com uma bengala, apontava para cada uma das esferas enquanto mencionava a respeito do que cada uma era capaz de fazer.

Mais e mais vendedores apareceram, de diferentes vestimentas, alturas, trejeitos e acompanhados por distintos Pokémon. Descobriu ainda que tratavam-se de vinte e cinco vagões e, a partir de uma certa quantidade, havia uma esteira no corredor principal em que, caso ficasse ali parado, apenas esperando, ser ia dragado para as diferentes galerias de vendas dentro do mercado-trem conhecido como os ”Vagões” popularmente. Eventualmente, encontrou um dos mais afastados, tratando-se do 15º vagão, em que diversos eletrônicos encontravam-se pendurados pelo teto onde deveriam haver suportes para se segurar no transporte. Moveu-se para fora da rampa, com uma série de janelas e avisos em seu visor que demonstravam afinal do que se tratavam os hardwares que tanto buscava. Uma mulher de cabelos loiros encontrava-se no local, mas pouco parecia se importar com a chegada de um possível cliente.

— Vamos ver, se eu juntar isso com aquilo ali… — passou a emendar dois fios desencapados.

— Boa… noite? — O rapaz tentou uma comunicação insegura.

Então, um ruído ecoou por todo o vagão. Caixas de som se ligaram na altura máxima, aumentando em muito a música ambiente que tocava ao longo dos vagões, o suficiente para quebrar o vidro de algumas janelas do próprio ambiente. A garota arrancou os fios do vínculo que haviam criado à medida em que uma ave amarelada passou voando atrás dela, tampando seus ouvidos com asas que finalizavam em esferas repletas de pelugem circulares, soltando um pio. Os sensores sonoros do rapaz, por sorte, filtraram bem o som, impedindo que recebesse danificações em seu aparelho auditivo. O Metang não se moveu nem mesmo em um único centímetro, mas por pouco não foi soterrado por uma pilha de teclados, mouses, placas disso-e-daquilo e uma série e cabos que caíram como serpentes de um galho.

— Poxa, eu nem te vi aí! Foi mal cara… espero que isso não afaste a clientela, hihi — então posicionou seus braços na cintura à medida em que as mangas bufantes do acessório que utilizava reluziram em um tom ciano conforme as fitas que descendiam farfalhavam rapidamente com o giro que havia dado em seu próprio eixo para observar o rapaz. Suas grandes e chamativas argolas se moveram quando, rapidamente, fitou o visor colado na parede atrás de seu balcão, que transmitia uma entrevista de alguns torcedores da arena ATOM comentando a respeito da batalha repleta de reviravoltas. — Essa desafiante aí nem deu trabalho pro Titânico, viu? Já vi ele passar por maiores sufocos, mas ele gosta de se divertir, fazer o que né?

Foi como se uma lâmpada tivesse se acendido acima da cabeça do rapaz.

— Você conhece ele?

— Bem, ele é famosão né? Tipo, por toda a inovação que trouxe e tudo o mais. Sem falar que eu tenho um conhecido que conhece ele, então acho que posso dizer que sou íntima também, tá ligado? — Ela observou suas próprias unhas, trazendo-as para próximo do rosto. — Mas e aí, vai descolar alguma bugiganga pra hoje?

Então, os olhos da muher pousaram finalmente sobre o Metang.

— Puta merda! — Sua Pokémon amarelada e alada pousou em seu ombro, cobrindo o rosto com os seus pom-pons, tentando se esconder. — Escuta aqui, não tem nada de irregular nesse estabelecimento e muito menos nesse vagão, tá beleza? E todos os meus documentos foram confiscados por… — seus lábios soltaram um estalo — peraí… você não é um agente da E.V.O — semicerrou os olhos enquanto seu cenho franzia, tentando descobrir afinal de contas o que estava acontecendo. — Ah não… eu não faço desserializações, lamento. — Deu de costas.

Hã?” — Foi o que ecoou na mente do jovem.

— Eu não entendi nada do que você disse, pode explicar com calma?

— Você tá se fazendo de Corsola pra entrar na Mareanie garoto, acha que eu tô me fazendo é? — Bufou. — Olha aqui, vocês que ficam pirateando as séries da E.V.O tem mais é que se ferrar mermo, eles já odeiam nossa cidade e com vocês por aí então? Pff, jájá jogam uma bomba nesse muquifo…

— Pera aí, é sério! Do que você tá falando? — Os níveis de cortisol começaram a aumentar na corrente sanguínea, de acordo com o traje. Havia um leve grau de estresse e raiva sendo nivelado conforme as suas perguntas eram devolvidas com mais perguntas. — Me explica!

— Onde você teve nos últimos dez anos, moleque? Dormindo?

— Bem, sim — a garota riu. — Pela última vez, eu tô tentando entender qual o problema de ter um Metang comigo!

— Ai, ai… esses turistas. Amor, a vida não é um subúrbio de Detroya, isso aqui é Atomia, você vai ter que comer mais se quiser pagar de espertão pra cima de mim. Vamos lá, ou você compra, ou eu chamo os seguranças pra darem um trato em você. É sério, o movimento tá ruinzinho hoje mas eu podia estar desenvolvendo algo importante que seria reconhecido mundialmente e depois virar engenheira pra Gentec. — A Oricorio em seu ombro riu. — Achei que você tava aqui pra me apoiar!

O rapaz respirou profundamente.

— Eu preciso de algum hardware, ou sei lá, pra botar isso aqui — levou uma mão à sua cintura, de onde um canal ejetou o pendrive. A mulher observou o que havia acabado de acontecer diante de seus olhos, mas deu de ombros.

— Com essa tecnologia aí você devia tomar mais cuidado por aqui, garoto. É sério. Tô começando a achar que ou você realmente é muito perigoso ou então muito tonto — ela estendeu a mão, onde o rapaz depositou o pendrive de maneira ingênua. Os brilhos em um neon forte se manifestaram ao longo do pequeno dispositivo, dando uma pequena abertura entre seus dois lados presos por um círculo central. — Isso me cheira a algo de ponta mesmo. Sei quem daria um jeito nisso, mas agora com certeza ele não vai poder.

Ela analisou bem o dispositivo.

— Você quer ler isso aqui né? Tipo, conectou, acessou os arquivos e pronto?

O garoto deu de ombros.

— É… acho que é — retrucou com uma voz de quem não saberia passar as informações que foram dadas. Mira certamente surtaria.

— Bom… então é o seu dia de sorte. E eu nem vou cobrar por isso. Acho até estranho vir aqui só pra uma bobeira dessas — abriu uma gaveta, depois a porta de um armário, se equilibrou em cima da bancada… e nada. Até que, por fim, deu uma ordem à Oricorio — querida, busque naquele monte ali. — Com a ordem dada, a Pokémon se lançou em direção a uma pilha de controles, painéis, gabinetes e muito mais. Por um momento, um silêncio constrangedor ficou suspenso no ar enquanto ambos precisaram se encarar.

Na verdade, a vendedora mais olhou o traje do cliente do que qualquer coisa. Não em um duplo sentido, mas sim por conta de que só agora havia percebido — era uma espécie de segunda pele, um exoesqueleto completamente biônico. Conforme mais descobertas fazia apenas pela observação, mais seu semblante se transformava numa máscara de confusão. Então, quando abriu a boca pra tecer uma pergunta, a Oricorio retornou.

— Aqui — entregou ao rapaz.

[CP] ► network browsing CRG1aHE

— E isso é…?

A mulher levantou uma sobrancelha.

— Ok… eu realmente tô achando que você teve numa caverna nos últimos anos. Isso aí é a primeira versão da Pokédex, a clássica, lembra? Quando a Gentec surgiu e tudo o mais. Formato de bastão… aqueles comerciais de uso prático e tudo…? — Na feição do cliente, observou que não havia nenhum sinal de estalo sobre o item. — Gente? Realmente… bom, leva isso aí e mete o pé. Já tô endoidando com você. — A Oricorio piou ao seu lado. — Ah mas nem sempre o cliente tem razão não!

Então, impaciente, procurou a primeira entrada disponível e fixou o pendrive ali. Não era bem um pednrive — observou em um cochicho a vendedora — mas ele se fincou. E, com o tempo, um grande brilho irradiou do dispositivo, tão cegante que todos tiveram que fechar seus olhos, por exceção do Metang, é claro. Lentamente, uma matéria foi se formando ao redor da Pokédex 1.0. Pernas, torso, braços… então, fios e mais fios azuis, até que compusessem a imagem realística da mulher que anteriormente havia conversado com o rapaz dentro da nau tecnológica. No lugar de olhos compostos por sombras de um abismo, havia um tímido violeta acompanhado pelas vestimentas de mesma coloração e mãos que, na verdade, eram compostos biônicos, como uma luva metálica de coloração dourada. A vendedora escondeu-se atrás do balcão junto com sua Oricorio o mais rápido que pôde.

— Assistente M.I.R.A apresentando-se em forma material, sou feita e programada para seguir a ti, 12º Protocolo. — Então, com movimentos delicados e que passavam uma sutileza grande, arrumou os fios azuis para trás dos ombros enquanto buscava o rapaz para que pudesse fitá-lo. — Décimo Segundo, minha sistematização está avisando que esse eletrônico é desatualizado demais para me formar com todas as minhas atualizações, portanto, posso trazer informações datadas e algumas de minhas funções podem não funcionar muito bem. Deseja continuar dessa forma?

O silêncio pairou no ar.

— Hã… você não tem as memórias da… nave?

— Creio que esteja mencionando a Nexus XII, designada especialmente para nós. Se for o caso, não, pois estou completa e totalmente a par de minhas funções apenas lá. Através desse modelo ultrapassado de Pokédex, que data de cerca de vinte anos atrás, diversas de minhas memórias não possuem espaço para se estabelecer. — Seu tom de voz era sutil, não um robótico, mas sim próximo de uma humana comum que responde com toda a calma que carrega dentro de si. — Contudo, a migração de uma M.I.R.A para outro dispositivo só pode ser feito após cerca de um ou dois meses. Por isso, torno a perguntar: deseja continuar dessa forma?

— T-Tá bom. Fica assim mesmo. — Com essas palavras, Mira foi formada ainda mais realisticamente. Seu visor detectava a sua forma enquanto uma projeção realista a partir de uma inteligência artificial de um sistema operacional instalado num modelo antigo de Pokédex, mas tamanho realismo o fazia crer que ela era um ser vivo como ele próprio. — E o que aconteceu com a Pokédex, então?

— Aqui está ela. — Retirou o dispositivo de seu bolso. — Nesse corpo projetado de pixels, posso me manifestar e interagir com estímulos sensoriais de vocês como se estivesse aqui propriamente dito. Mas, na verdade, dependo disso aqui para existir no momento. — Um breve sorriso apareceu em seu rosto jovial. — Percebo que estamos em Atomia. E ali está uma Oricorio. Aqui há um Metang que apenas flutuava alheio aos seus arredores.

O rapaz massageou sua testa.

— Vamos embora. Obrigado por tudo, menina. Um dia, se puder, eu te pago — voltou para a esteira, agora responsável por levá-lo de volta à entrada. Mira veio logo atrás, andando em passos curtos, seguida de Metang.

—Ele é só burro mesmo — comentou detrás do balcão, sabendo de imediato do que aquilo tudo se tratava.

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Re: [CP] ► network browsing

Mensagem por Protocol v12 Ter Set 10, 2024 9:33 pm

reconhecimento



Episódio 8

80%

[CP] ► network browsing 9TFiIEH

Nas proximidades dos Vagões, havia um centro de encontros principalmente de jovens que, lentamente, ia sido preenchido por pessoas que botavam o último confronto nas grandes telas principais dos estabelecimentos ao redor, comentando a respeito da partida, sobre a identidade secreta do Titânico e as táticas de confronto da desafiante. Na verdade, chegar ali não havia sido planejado por nenhum dos dois, mas “Décimo Segundo”, como estava sendo chamado há cerca de quase uma hora, fez diversas das perguntas que tanto procurava respostas à Mira, que respondeu de maneira categórica cada uma delas. Agora conseguia entender tantas contradições ao lidar com outras pessoas — motivo pelo qual já havia retornado MG-250 para seu traje, mas agora já era tarde — já havia chamado atenção demais.

Resumidamente, Pokémon como Metang são exclusivos da associação de Estação de Vigia e Ordem de Neo Zenos, também conhecida como E.V.O. Todos eles compartilham uma mesma consciência, que divide informações de tudo o que é coletado por seus sistemas com as operações principais da organização de defesa da região. Contudo, mesmo tendo sido feito por essa mesma companhia, esse Metang não é serializado, ou seja, não pertence à série comum de ferramentas de vigia pertencente à sigla, mas as pessoas continuarão a se espantarem ao ver um desses vagando por Atomia, cidade conhecida justamente por não ter nenhuma integração com a companhia de segurança, motivo pelo qual muitos poderes disputam esse cargo no território, atuando de acordo com suas próprias formas de fazer justiça.

Ou seja, como explicado por Mira, andar por aí com um Metang ao lado só poderia dizer duas coisas: ou tratava-se de um agente da E.V.O em um território que não é vigiado pela companhia, ou então trata-se de algum pirateador que desserializou um MG-250 e o ostenta por aí como um trófeu. De qualquer maneira, ambas as opções chamam toda a atenção que certamente o rapaz não gostaria de lidar no momento. Mas as perguntas não acabaram por aí — perguntou também sobre o Titânico e outros possíveis protocolos, bem como a função principal de sua existência enquanto décimo terceiro, mas as respostas não foram tão direto ao ponto assim como gostaria que tivessem ido. Isso devido ao fato do pouco espaço de memória disponível no dispositivo em que Mira estava alojada.

”Ihh, que gatinha, será que tá acompanhada daquele zé ruela ali?” — ao passar na frente de um dos bares, um homem ao lado de seu Gurdurr comentou, equilibrando algumas latinhas de bebida alcoólica em cima de sua careca.

— Não estou autorizada a ceder tantas informações sobre outros Protocolos. Na verdade, seria bom que sequer mencionasse. — Comentou enquanto passavam na frente de mais um bar, dessa vez, extremamente chamativo com suas luzes neon alaranjadas e uma série de banquinhos ao seu redor, formando uma rodinha. Um grande telão no alto transmitia uma extensa rodovia sobre uma zona árida, com diversos automóveis em disputa pelas melhores classificações. — Seria mais prudente apenas que colocássemos os planos em ação novamente. Para isso, deveríamos retornar à Nexus XII.

O rapaz soltou ar pelo nariz.

— A tal da nave tá caída no meio do gelo, congelada, se você quer saber. E além disso, quem pediu pra sair de lá foi você! Só te trouxe por ter pedido e agora quer voltar?

— Certo, entendi. Se a Nexus XII está com problemas longe de estações de reparo, então não temos mais motivos para prolongar toda essa situação, precisamos ser práticos. Nesse caso, devemos relatar a situação diretamente à E.V.O e esperar ordens diretas. — O homem a observou seriamente, parando de andar. — Se a missão foi cumprida, não deveríamos mais insistir nela. E se ela falhou há tanto tempo, então só deveríamos relatar aos superiores e esperar que eles nos coloquem em uma outra função.

— Que? Pera, você pode contatar a E.V.O?

— Posso. Mas isso aqui está extremamente datado para minhas funções. — Novamente puxou as Pokédex 1.0 do bolso. — Eu precisaria me conectar a uma matriz de intracomunicações, mas sinto que aqui, em Atomia, não há. Deveríamos ir para a cidade mais próxima e tentar por lá. — Explicou mantendo o mesmo tom sereno de voz como sempre.

O rapaz sentou em um daqueles banquinhos que formava um círculo ao redor do bar junto com Mira. As conversas paralelas que ocorriam aos montes foram o suficiente para também abafar suas vozes. Mira notou que, naquele estabelecimento, trabalhavam uma série de símios: Simisage, Simisear e Simipour eram os atendentes que passavam de mesa em mesa recolhendo anotações de pedidos feitos em uma espécie de tablet, enquanto um homem parrudo, ao centro, parecia comandar todos eles com ordens em bom e alto som.

— Vamos lá, de novo… eu estou envolvido nessa missão, certo? Tipo, fui feito pra ela. Então não pode me explicar que que eu tenho, ou melhor, tinha que fazer?

— Esse assunto só pode ser mencionado dentro dos perímetros de segurança da E.V.O. Sinto muito. Alguma outra questão? — E piscou três vezes os olhos.

Suspirou profundamente. Ao olhar pro bar, percebeu que haviam diversas bebidas sendo distribuídas — desde as com menos teor alcóolico àquelas que pareciam quase compostas puramente de gasolina ou álcool. Por um tempo, ficou apenas se perguntando centenas de perguntas que jamais receberia respostas: deveria retornar à E.V.O, afinal? Qual tipo de função deveria realizar agora? Se não estivesse mais nos planos da organização utilizá-lo como gostariam anteriormente, o que passaria a fazer?

— Acho que deveríamos só mandar um comunicado pra eles mesmo e aguardar. Vamos para a próxima cidade então.

— Estou de acordo e pontuo que é uma sábia decisão. Magomedov parece a melhor opção no momento.

A atenção do rapaz foi presa pela corrida transmitida na TV acima, observando o acidente que havia sido ocasionado por dois veículos que se chocaram em altíssima velocidade. Todos ao redor pararam para observar a cena da catástrofe. De súbito, quase no mesmo instante, um clarão se propagou no local, e diversos gritos ganharam enfoque à medida em que uma mão repousou no ombro do rapaz. Seus sensores de dor táteis foram às alturas quando algo metálico e cilíndrico se chocou contra sua nuca e, quando percebeu, já estava perto de perder a consciência.

— Décimo Segundo!

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Mensagem por Protocol v12 Ter Set 10, 2024 9:34 pm

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Episódio 8

100%
”São os Vagaluzes!”

”Mas aqui? Isso não faz sentido!”

Em meio ao clarão e ao golpe recebido, todo o seu traje passou por inúmeros gerenciamentos de recursos — primeiro em uma dose de adrenalina com o seu sistema nervoso entrando em uníssono com a tecnologia do exoesqueleto, para então, logo após, seus olhos receberem modificações para se adaptarem ao ambiente: mesmo no clarão, agora, era possível enxergar. Dessa maneira, levou rapidamente uma mão à barra de ferro que havia atingido sua nuca e, puxando-a com uma força surpreendente, trouxe aquele que o atingira para sua direção, virando ao mesmo tempo em uma cotovelada em seu rosto. Contudo, assim que estabeleceu tal contato, sentiu um calafrio subir por todo o seu traje — um choque foi desviado, sendo utilizado para alimentar as funções mais periféricas de sua segunda pele. Se não fosse por isso, certamente teria levado um baque elétrico dos grandes.

Assim que o excesso de iluminação cessou, as pessoas ao redor voltaram a enxergar normalmente. Aquele nomeado de “Décimo Segundo” por Mira, contudo, já os via desde antes ao virar para dar a cotovelada: a maioria das pessoas e seus Pokémon, assustados pelo momento de violência súbita, ou bateram em retirada ou se esconderam debaixo dos banquinhos. O dono do estabelecimento e seu trio de símios, por exemplo, se encontravam deitados no chão. Diante do rapaz que fora pego de surpresa, havia cerca de três daquelas figuras misteriosas — cobertas com trajes que alternavam entre placas de armadura-robótica, trapos velhos e mantos para acobertar suas silhuetas e, carregando o que era de maior destaque, suas máscaras: mudavam de expressão a todo momento, e traziam apenas flashes verdes que os deixavam no anonimato.

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— Eles estão… apenas olhando para você. Isso deve ser algum acerto de contas — Mira se comunicou, abaixada mais ao lado.

Os denominados Vagaluzes trocaram algum murmúrio entre si conforme o quarto deles retornava para montar o grupo, escapando do agarrão dado pelo rapaz em sua barra de ferro. Algum deles apontou em direção à Mira, outro em relação ao próprio dono dos olhos amendoados mas, no final, apenas permaneciam parados. E ainda que carregasse tanta dúvida para tantos aspectos de sua recém experienciada vida, o usuário do exoesqueleto cibernético sabia que era apenas questão de tempo para que viessem atrás dele após ter descoberto tudo o que envolvia possuir um Metang, ou melhor, MG-250 e andar com ele pelas ruas de Atomia como se fosse algo comum.

— Vocês tão atrás disso aqui né? — Com um gesto, liberou a esfera bicolor de MG-250 do seu traje. O Metang flutuou adiante, com ambas as suas garras se juntando concentrando uma ampla energia psíquica. — Metang, expanda sua força! — Com a ordem designada, o Pokémon pôs em prática um perfeito uso de seu Expanding Force. A expansão psiônica cresceu para além de sua silhueta, ganhando espaço em campo conforme se aproximava varrendo todas as latinhas e demais descartes no chão consigo, avançando protamente em direção aos que haviam começado o ataque que, por sua vez, não deram sequer um passo.

Com um movimento de mãos, quatro criaturinhas surgiram na frente do ataque. Juntas, teceram telas de luzes brilhantes e esverdeadas como na mesma tonalidade da máscara daqueles homens atrás de si. O Light Screen usado em conjunto foi o suficiente para barrar o ataque de seguir em potêcia máxima e, como se não bastasse, ainda houve um uso emergencial de Protect, que foi o suficiente para impedir que o ataque seguisse adiante. Pela primeira vez que entrava em um confronto, o rapaz se viu superado — não era como enfrentar criaturas selvagens que não tinham nenhum tipo de treinamento ou coordenação… aqueles eram Pokémon treinados especialmente para isso. Em seu visor, algumas informações apareceram quase que de imediato, à medida em que Mira complementava com mais infomações a respeito em uma espécie de ligação entre ambos.

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Neo Volbeat & Neo Illumise
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Prankster | Infiltrator

— Use a…

— Eu já sei. — E apenas em mencionar seu nome através de pensamento, um feixe de luz foi emitido de uma das pontas de seu dedo, onde o traje deu espaço a um ejetor de Poké Ball. A Salandit entrou em campo de batalha sem entender muito bem o que ocorria diante de si e, então, lançou um olhar confuso para trás, como quem tenta juntar as informações. — E aí, essa é mais uma daquelas situações de lutar ou se ferrar. Então de qual lado você tá? — A pequena salamandra virou-se para frente, revirando os olhos e encarando seus quatro oponentes, engolindo a seco.

Os oponentes mal se comunicavam de maneira compreensível. Suas vozes eram distorcidas por filtro e apenas ruídos podiam ser ouvidos.

Os vagalumes elétricos se dispersaram no ar conforme aquelas barreiras os circundavam e, em seguida, se concentraram aos montes conforme faíscas elétricas saíam de seus corpos, a estática sendo concentrada em um evento em cadeia: Shock Wave. Conforme dispersaram o ataque, as ondas elétricas se potencializaram entre si, se alimentando conforme avançavam na direção do Protocolo com seus Pokémon. Foi Metang quem tomou a dianteira para um uso de Protect, mas conseguiu proteger apenas uma parte do campo de batalha, enquanto a outra, onde encontrava-se Salandit, foi atingida pelos choques elétricos. A Pokémon soltou um alto grunhido de dor e tonteou alguns passos para a direita antes de observar seus oponentes com uma feição de fúria.

— Fogo neles. Metang, dê cobertura à ela!

Um Incinerate ganhou espaço em campo de batalha assim que a pequena salamandra, que já havia enfrentado inimigos bem maiores e numerosos do que esses quatro, colocou-se à frente e espirrou uma onda de chamas púrpuras que dançou no ar por alguns instantes antes de se chocar contra a barreira de luz imposta pelos elétricos e ser dissipada em grande maioria. Ainda assim, algumas labaredas atingiram seus alvos, que reduziram a altura de vôo apenas para responder à sua própria maneira. Enquanto as Illumise optaram pelo uso de Helping Hand, posicionando-se atrás de seus parceiros e energizando-os com seu corpo à medida em que seus visores eram preenchidos por cálculos, os Volbeats lançaram uma dupla de Signal Beam no Metang e Shock Wave na salamandra.

O Pokémon denominado MG-250 tomou a frente, cada um de seus braços se concentrando em uma tarefa distinta — enquanto fez uso de seu Expanding Force para atingir diretamente o ataque do tipo inseto com uma garra, usou a outra para apontar em direção à Salandit e, à distância, erguer uma parede de hexágonos que protegeram-na do Shock Wave que havia se aproximado com tudo. Enquanto isso, ela própria saltou mais uma ditância relevante para cuspir novamente uma língua de chamas violetas na direção de seus oponentes insetos, que foram defendidos em sua grande maioria pelas telas iluminadas que circundavam ao seu redor. Enquanto isso, aproveitando-se do caos em campo de batalha, dois daqueles mesmos Vagaluzes aproximaram-se pelas laterais, afastados do centro do combate, deslizando pelo chão de maneira singular enquanto deixavam rastros de energia estática para trás verdejantes, cada um munido de sua barra de ferro, agora, eletrizada.

Seu alvo? Certamente o usuário do traje de tecnologia desconhecida.

— Décimo Segundo, eles estão se aproximando!

— Merda! Essa porra dessa roupa não tem nada pra sair na mão não? — Concentrou-se e tentou mentalizar algo. Qualquer coisa. Canhões, tiros, soquetes, asas, o que tivesse que ser. Em resposta, apenas focou em dar um salto para trás, mais precisamente um mortal inesperado, caindo de pé em cima do balcão no mesmo instante em que ambos os oponentes aproximaram-se, chocando suas barras de ferro uma contra a outra onde deveria estar o seu alvo. De longe, observou Metang e Salandit travarem a batalha agora em desvantagem, sem uma coordenação clara do que deveriam fazer, enquanto seus quatro oponentes insetos tecnológicos ganhavam-nos tanto em número quanto em táticas. — Metang, concentre seu canhão de luz!

O Pokémon, que nunca havia realizado esse movimento até então sob suas ordens, passou a juntar as duas garras, acumulando uma fagulha luminosa no centro conforme a Salandit combatia seus oponentes à distância com o uso de suas chamas púrpuras. Enquanto isso, os dois sujeitos que agora estavam bem próximos do Protocolo apenas se moveram de maneira hostil, empunhando suas armas em direção ao rapaz que, em resposta, deixou ser atingido. O impacto era o mais agressivo disso — atingiram-no na altura dos joelhos, como se tentassem deixá-lo sem movimentação, mas a descarga elétrica que veio em seguida apenas serviu para abastecer o traje, como era de se esperar.

— Dispare aqui!

Obedecendo, então, o Metang virou-se para seu treinador, disparando o Flash Cannon como comandado. Em resposta, o homem apenas agiu rapidamente, jogando-se para trás do balcão e os empurrando com os dois pés, desferindo um chute impulsionado tanto pela carga de adrenalina que sentia quanto pela eletricidade que o havia preenchido de energia. Os Vagaluzes foram alvejados à queima roupa pelo feixe de luz à medida em que foram brutalmente arremessados contra o balcão, momento em que Mira apenas saiu correndo de onde estava, já que também quase havia sido atingida. Ambos caíram no chão, desacordados, dando tempo para que a vítima da situação orquestrada por eles saltasse de volta para o outro lado, roubando seus bastões de eletricidade e procurando qual mecanismo os acionava.

O traje fez um breve reconhecimento do armamento: pelo que parece, era alimentado por um tipo de eletricidade que vinha de algum lugar. Provavelmente do mesmo lugar que alimentava suas máscaras de anonimato e seus tênis que deslizavam no chão pela estática. Adiante, o confronto mantinha-se acirrado — contudo, era possível ver que as telas de luzes estavam cedendo. Ainda assim, a Salandit havia sido cercada por uma dupla de Illumise que, aproveitando-se da situação, a atingia constantemente com séries e mais séries de Shock Wave. O Metang, por outro lado, era forçado a se proteger com suas barreiras hexagonais de ambos os lados visto que havia abaixado sua guarda para as criaturas ao ajudar o rapaz.

Concentrou-se, sentindo que o traje irradiava mais daquela carga absorvida, dessa vez, em direção às suas mãos, acionando os bastões agora com uma eletricidade azul. Da mesma maneira que correram em sua direção, foi sua vez de fazer o mesmo — passou pelo centro do confronto, desviando de um Signal Beam que miravas seu Metang, apenas para saltar e pousar justamente acima de sua cabeça. De longe, fez um sinal à Salandit que, fingindo entender o que o rapaz queria, apenas fez uso de seu Poison Gas para esconder-se na cortina de fumaça tóxica, entrando em furtividade à medida em que seus oponentes perdiam o alvo.

— Tudo bem, isso basta. Metang, vamos de maneira ágil adiante. — O Metang se impulsionou, deixando os Volbeats para trás conforme avançava num misto de Agility com Magnet Rise, servindo como uma espécie de plataforma veloz que flutuava muito próxima ao chão. Os disparos multicoloridos dos Volbeats se chocavam tentando atingí-lo e, dessa mesma maneira, foi a velocidade que fez diferença quando o seu treinador, em cima do tampo de sua cabeça, atingiu bem o meio daquelas máscaras de anonimato com os bastões que eram usados pelos seus parceiros já desacordados. Um ruído se sucedeu, seguido de um fumo que subiu, trazendo um cheiro de queimado para o campo de batalha. Os Volbeats e os Illumise perceberam que estavam sozinhos e, então, bateram em retirada rapidamente. — Parece que acabou.

O caos havia se instalado naquela espécie de praça. As pessoas que haviam se escondido surgiam aos poucos, enquanto outros, que ficaram para observar mesmo de longe, apenas tentavam entender o que de fato havia acontecido. Murmuraram sobre não ter sido uma batalha Pokémon tradicional — mas também tratava-se de uma tentativa de ataque pessoal que apenas foi respondida à altura. Mais atrás, Mira retornava para checar a situação e encontrava-se com a Salandit bastante ferida no caminho.

— De alguma forma, parece que isso tudo é muito mais natural do que eu imaginava. — O Metang lentamente foi pousando no chão. Aproximou-se da salamandra, trazendo alguns daqueles tubos de frascos de poções de seu traje e borrifando o que tinha nas escoriações e marcas de queimaduras elétricas no corpo de venenosa, que soltou um suspiro de alívio.

— Bem, você é uma arma de combate, então é apenas certo que se saia bem em circunstâncias como essa. Frio, calor, contusão, eletricidade, cortes, perfurações… tudo isso será aparado sem muitos problemas. — Mira explicou, aproximando-se de um dos homens desmaiados e o erguendo pelo colarinho, notando que aquela máscara iluminada agora encontrava-se fosca. Os que haviam sido atingidos diretamente na máscara tinham ela rachadiça, e seus rostos agora enfim apareciam. — Seria prudente batermos em retirada. Tivemos muitos espectadores.

— Tem razão…

Contudo, antes que pudesse tomar alguma medida, uma criatura redonda ladeada por ímãs se aproximou, flutuando lentamente. Em seu único olho, um visor totalmente preto foi refletido, com apenas uma linha na horizontal que se distorceu assim que uma espécie de dispositivo de voz foi ativado. A voz, é claro, encontrava-se alterada por algum filtro, mas não da mesma maneira que os Vagaluzes também foram alterados.

Siga-me se quiser encontrar respostas e perguntas de fato produtivas. Posso ajudá-lo. Seja sucinto. — E então, o Magnemite voltou a ser apenas um Magnemite comum.

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Mensagem por Protocol v12 Dom Set 15, 2024 7:02 pm

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Episódio 9

20%


O maior desafio foi seguir o Magnemite sem ser notado pelas pessoas ao redor, que já estavam seguindo-o com olhares curiosos desde a batalha e não seria apenas retornar Metang para sua esfera que faria o rapaz chamar menos atenção. Mira, ao lado, seguia com certa cautela, encarando de volta as pessoas que continuavam sustentando os olhares e, vez ou outra, cutucando aquele que nomeava de Décimo Segundo para perguntar se tinha mesmo certeza do que estava fazendo, num tom neutro e quase robótico, como quando um programa avisa se deseja continuar concordando. Em meio a isso, o Magnemite os levou até uma espécie de plataforma dentro de um estabelecimento construído com peças de automotivos avermelhados. A Salandit, no colo do rapaz, se debatia um pouco enquanto recebia os cuidados médicos.

— Se você não me deixar borrifar, vai acabar piorando! Ou então volte logo pra Poké Ball, aí você recebe os cuidados direito — na ameaça de usar a esfera, a Salandit ameaçou borrifar uma nuvem de Poison Gas, o que fez o rapaz recuar com a opção.

Quando pararam com os pés em cima da plataforma, o retângulo desprendeu-se de sua base, ganhando altitude como uma espécie de elevador sem cabos, apenas guiado por algo sem-fio, como um magnetismo à distância. Dessa maneira, foi como se estivesse novamente levitando sobre o MG-250, sendo carregado no ar, mas de maneira mais estabilizada e com mais espaço ao redor: ganharam altitude até que finalmente se juntassem ao tráfego aéreo de Atomia, como pedestres suspensos no ar, respeitando sinalizações e encontrando outras pessoas que faziam uso do mesmo dispositivo para locomoções entre as quadras térreas e as flutuantes. Haviam comércios inteiros supensos, conjuntos residenciais e até mesmo automóveis que, assim como os Vagões dentro daquele metrô abandonado, também serviam de estabelecimentos dos mais diversos. Os pedestres que flutuavam em cima de plataformas eram conduzidos automaticamente pelos céus, sendo guiados aos seus destinos enquanto os carros seguiam seus trajetos. Todos esses meios de locomoção possuíam uma espécie de anel de ferro ao redor, que mantinha-os minimamente seguros enquanto eram movidos.

— Toma, tenta você — entregou a Salandit para Mira. A salamandra observava tantos estímulos ao redor que parecia estar ficando tonta. A distância do chão lhe era uma preocupação óbvia e isso ficava claro pela maneira como havia apertado suas garrinhas no traje do homem quando começaram a subir. Agora, quando olhava aos arredores, era apenas para arregalar os olhos e voltar a fechá-los novamente.

A inteligência artificial manifestada pareceu confusa. Recebeu o frasco de poção medicinal em uma mão e a salamandra em outra, parecia não saber exatamente como agir, mas seu toque na cabeça da Pokémon rapidamente a fez se acalmar e se ajustar. De maneira ágil, borrifou o líquido nas principais áreas atingidas pelos vagalumes eletrizantes anteriormente.

— Deixe-me tentar — a Salandit permaneceu em silêncio enquanto recebia as borrifadas. Algo na feição de Mira parecia gostar do que estava vendo, mas ainda longe de algo orgânico. — Assim?

O rapaz, surpreso, olhou de volta e acenou com a cabeça.

— Ela é um pouco rebelde, mas eu tô gostando dessa pequena — Então, a plataforma seguiu num sinal adiante, virando junto com outras plataformas ao redor que logo mais se distanciaram para diferentes destinos. Em dado momento, o retângulo metálico em que estavam em cima se distanciou mesmo do trânsito suspenso no ar, de edifícios mais comuns e todo o restante. Lentamente, pareciam que estavam inclusive deixando Atomia para trás. — Pra onde a gente tá indo, afinal? — Começou a suspeitar. Por qual motivo um lugar tão isolado seria o destino a seguirem? Lentamente passou a recalcular a situação: talvez realmente não valesse a pena ter confiado num aviso de voz nada suspeito.

Mira apontou para baixo com uma mão livre, enquanto a Salandit escalava a outra para subir até seu ombro. A IA permaneceu neutra.

— Aquela é a Zona de Descarte de Atomia. Popularmente conhecida como Ferro-Velho.

— Não deve ser pra lá que nós estamos indo. Deve ter algum outro lugar depois desse — então, num supetão, lentamente a plataforma foi perdendo altitude, descendo de maneira lenta. Ambos se entreolharam, acompanhados apenas por um bocejo por parte da Salandit.

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Mensagem por Protocol v12 Dom Set 15, 2024 7:03 pm

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Episódio 9

40%
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A plataforma descendeu até o nível do solo, encontrando espaço entre o cemitério de automóveis enferrujados e placas eletrônicas pifadas. Diversas partes metálicas compunham montes de diferentes tamanhos, sempre na mesma coloração de bronze ou acobreado, mesmo os azuis, verdes e amarelos lentamente tornavam-se algo entre o laranja e o marrom, construindo uma paleta de cores singular, longe da harmonia, assim como era de se esperar em Atomia. Alguns Pokémon metálicos operavam ao longo do território, levitando e iniciando um processo de magnetização das placas de aço, levantando-as e abaixando-as, como se selecionassem algo. Quando Klinks e Klangs faziam isso, hordas de Rattatas passavam por debaixo das peças de metal, procurando novos abrigos.

Os anéis de proteção ao redor da plataforma retesaram, abrindo passagem. O Magnemite permaneceu flutuando diante da dupla.

— Então… com quem eu devo falar? — Mira cutucou o ombro do homem, apontando em uma direção mais à esquerda.

Flutuando, um Pokémon de três olhos e de dimensões largas se aproximava, com ímãs na frente que produziam uma certa quantidade de estática. Em cima de sua cabeça, sentado, um homem de jaqueta amarelada aberta, pele numa tonalidade avelã e cabelos em dreadlocks loiros se aproximava, com um dedo apoiado na região lateral de seus chamativos óculos alaranjados, que transmitiam alguns cálculos e coordenadas, pelo que seu visor conseguia captar. O Magnezone trouxe o desconhecido acima de si para próximo dos recém chegados, mas sem necessariamente e aproximar tanto. Em uma distância de aproximadamente dez metros e em uma altitude superior, a figura desconhecida apenas fez um gesto. A criatura metálica que o carregava, então, girou seus ímãs dianteiros, como se preparasse algo.

— Uma emboscada? — O dono de olhos amendoados preparou-se para disparar seu Metang em combate, mas um gesto de Mira o interrompeu.

— Não é com a gente… ele está atraindo algo. — o chão começou a estremecer.

Então, uma criatura saltou do solo com uma velocidade incrível, se jogando na direção do rapaz. A Salandit nem teve tempo de reagir. Suas presas dianteiras haviam rompido o solo como se não fosse nada — suas pinças chegaram bem próximas de seu rosto, mas foi parada no ar. Junto dela, outras dezenas emergiram do solo logo após, mas estáticas, sem conseguirem sequer realizar uma movimentação. Seu visor trouxe informações a respeito do Pokémon com auxílio de Mira, que incluiu mais alguns detalhes, como por exemplo o movimento que estavam prestes a realizar em conjunto: Bug Bite. O Magnezone realizou um pulso magnético que foi emitido de seus ímãs posteriores, lançando uma onda que distorceu o próprio ar do ambiente, sugando cerca daquelas vinte Durant para si, que prenderam-se como em uma esfera de formigas diante de seus três olhos, flutuando, completamente estáticas.

— Jogue-as longe. Elas foram atraídas por algum metal dos bons — então, sob ordens do loiro, o Magnezone novamente concentrou uma onda magnética em seus ímãs, impulsionando a esfera de formigas para uma distância considerável, como um arremesso. Ao longe, as formigas se chocaram contra algum amontoado de lataria, derrubando um dos montes, que tornou-se alvo de investigação para os Klink e Klangs que já flutuavam em direção ao ocorrido. — Você é uma carne vermelha das suculentas dentro de um tanque de Sharpedos, irmão — sinalizou para que o Magnezone, agora, levitasse a plataforma em que o grupo havia chegado com extrema facilidade.

Só agora, mais próximo, percebeu a tatuagem de 77 no meio do tórax do loiro. A Salandit ainda observava onde as Durant haviam sido jogadas.

— Você é o 77? O que faz desserializações?

— Até alguém tão perdido como você parece que entende uma coisa ou outra do que acontece por aqui. Vamos dar uma volta e aí a gente bate um papo melhor.

[…]

O Magnemite que os guiou até o local se juntou ao lado do Magnezone. A plataforma em que estavam passou a flutuar ao lado de 77 com seus Pokémon. Enquanto flutuavam, percebiam mais daquele ambiente — como havia algum tipo de hierarquia entre o Klink e Klang, as Durants que apareciam em menores quantidades do que aquela vez anterior para mastigar peças de metal que ainda não haviam sido enferrujadas e até mesmo um grupo de Aron que locomoviam-se juntos como pequenas espécimes que aproveitavam-se unicamente de detritos enferrujados, diferentemente das formigas. Conforme flutuavam lado a lado, um breve diálogo começou a ser estabelecido por parte de 77.

— A Vaxen me contou que vocês tiveram na loja dela nos vagões e tudo o mais. Eu acessei algumas gravações, vi algumas coisas com meu próprios olhos e… você meio que tá na merda, né? — O loiro comentou de um jeito relaxado, enquanto apoiava sua nuca nas palmas de suas mãos, soltando um bocejo. — A tecnologia da E.V.O é bem problemática de lidar… Aí você aparece com um corpo inteiro coberto por isso — apontou para o traje.

— “Isso”?

— É. E eu nem sei que tipo de material é esse, olha que já trabalhei com muitos. Conheço um trabalho da E.V.O quando vejo um. Me conta a sua história e aí eu posso te ajudar, e você me ajuda.

— Te ajudo?

— Eu estudo tudo que tenha a ver com engenharia tecnológica. No momento, reconhecer coisas esquisitas que nem você tá no meu top 3 de coisas que eu gosto de perder meu tempo fazendo. Acredite, vai me ajudar. — Retrucou o loiro conforme passavam por cima de uma pilha de restos de trens abandonados, em que uma série de Lairon se agrupavam como se roessem a partes enferrujadas. — Caramba, vocês se multiplicaram mesmo desde a última vez que tive aqui…

O rapaz trocou olhares com Mira. Aproveitou que a Salandit estava quieta para recolhê-la na Poké Ball, antes que ela decidisse saltar e arrumasse mais problemas.

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Mensagem por Protocol v12 Dom Set 15, 2024 7:03 pm

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Episódio 9

60%
Tudo o que vivenciou nesse tempo de um pouco mais de 72 horas foi relatado ao loiro, que manteve-se enquanto um bom ouvinte, em silêncio, apenas trazendo mais perguntas para detalhar partes de seu interesse, principalmente a respeito da tecnologia do traje do que envolvia a E.V.O. Mais precisamente, durante o momento da exploração na nau tecnológica o engenheiro mostrou-se ainda mais atento, indo para além dos detalhes e até interrompendo bastante. Mira, vez ou outra interrompeu com alguma informação adicional, nada de maneira inconveniente e manteve-se atenta aos detalhes, seus olhos sequer piscavam.

— E foi aí que o Magnemite falante chegou.

— Ah, o Preguinho. Ele é bom à longa distância, bem independente. Já o Parafusinho… — Comentou 77, retirando uma esfera de coloração amarelada com a parte debaixo branca de dentro de seu jaleco de mesma tonalidade amarela. — Bem, ele funciona melhor quando está próximo a mim.

— Você dá nomes a eles?

— Ué? Qualquer um que se preze e tenha uma boa relação com seus Pokémon companheiros costuma fazer isso. É só natural. Aliás, qual o seu nome?

— Bem… eu não tenho.

Mira respondeu, virando-se para 77.

— Responde por Décimo Segundo em sua ficha.

— Isso não é um nome, é só o número de serialização, que nem MG-250. Não são nomes, só identificações de algo que foi produzido. É diferente. — Aquelas palavras cravaram suas raízes no rapaz que semicerrou seus olhos amendoados, como se lentamente trabalhasse em algo internamente. O loiro continuou a falar logo após. — Você passou por poucas e boas, amigão. Tem muito que podemos ajudar um ao outro, sinceramente, te dou certeza de que veio à pessoa certa… mas no lugar errado.

— O que? Como assim? — O usuário do traje virou-se para 77 com certa agressividade na voz e na postura corporal.

— Bem, é uma longa história… Mas por mais que Atomia seja um paraíso de reciclagens e, na minha opinião, o futuro de Neo Zenos, faltam investimentos. Por isso passei esse último ano inteirinho fazendo uma viagem de muitas partes para Aus Etella, montando meu laboratório lá. — Bocejou. — Claro que minhas raízes são aqui, tenho um Pit-Stop e apareço pra dar aquele oi, mas preciso expandir horizontes se quiser trazer bons resultados pra cá.

Mira ficou um tempo pensativa, mas logo pontuou:

— Aus Etella só pode ser acessada via um trem que passa por uma longa ponte. É um caminho longo.

— Exatamente. Quase numa ponta oposta do mapa, eu diria. Mas pra transportar tanta quinquilharia velha e de vez em quando coisas importantes, precisei de uma ajudinha aqui ou ali. Como eu ia dizendo: meus equipamentos importantes não tão aqui, mas sim lá. Então como estou de mãos atadas, vou te passar a informação que tanto quer logo e parar de enrolar — seus olhos, por debaixo dos óculos alaranjados, encaminharam-se para Mira. — E você? Foi integralizada por completo? — Ela negou com a cabeça. — Ótimo.

Com um estalo de dedos e uma ordem sussurrada, o Magnezone expandiu um campo magnético com seu Magnetic Flux. Uma onda sônica de ruído metálico se manifestou junto e os sensores do rapaz detectaram uma ação de potencial catastrófico tentando invadí-lo — facilmente bloqueada por inibidores internos de anti-magnetismo, mas que poderiam ruí-lo de dentro para fora caso fosse a questão de estarem desabilitados. Mira, ao lado, contudo, se desfez. A única coisa que sobrou da inteligência artificial, contudo, foi a Pokédex 1.0, que caiu na plataforma em um baque surdo.

— Mas que porra? — Sem nem perceber, já havia levado as mãos aos ouvidos.

— Sei lá, só por precaução, você sabe como essas IAs são hoje em dia, ainda mais da E.V.O. — Deu de ombros. — Não vá atrás do Titânico, se é o que você tá pensando em fazer. — Antes que pudesse ser retrucado, continuou: — Agora muita coisa faz sentido pra mim. O Titânico que conhecemos não é o tal do Protocolo v3 que você está buscando, ele é quase… o que sobrou dele. Um fóssil. Ele não vai conseguir responder suas perguntas e você só vai se expor.

— Me expor?

— Se a E.V.O, como eu suspeitava, construiu vocês para um propósito que não foi atingido, vocês no mínimo deveriam ser descartados. Acontece que o tal do Terceiro Protocolo, se bem entendi a nomeação, não é mais ele e pronto. A E.V.O não descartaria aquilo que virou outra coisa. E se você reviver esse assunto, é possível que só atraia atenções indesejadas.

— Mas eu e Mira estávamos indo justamente pra Magomedov reportar a E.V.O…

— Pra serem caçados? Provavelmente ela já foi rastreada desde o momento em que foi ativada naquela nave. Aliás, você também deve estar sendo rastreado desde antes disso. Eles só ainda não chegaram aqui por ser Atomia, a cidade mais “não-E.V.O”, só perdendo pra catástrofe tecnológica da N-800, talvez estejam lendo você como uma anomalia no radar, um bug ou algo assim, mas já passou tempo demais. Deixa eu te explicar o que eles vão fazer contigo: você tava sumido há, tipo assim, 10 anos com uma tecnologia tão grande que até hoje não foi implementada em nenhuma inovação deles. Aí essa missão falha, ou não acontece, sei lá, e agora você quer ir direto pra eles falar que falhou. O que você acha que vai rolar?

— S-Sei… lá? Me passam outra tarefa? — Gaguejou. — Ou… não sei. Eu pelo menos falo com quem era meu amigo antes disso?

77 respirou profundamente.

— Você vai ser desmontado, aniquilado, remontado, resetado e então talvez funcione de novo. Isso é mais comum do que pensa e eu já vi acontecer.

As palavras de Mira na nave, quando formada por completo, ecoaram em sua cabeça: ”Bem, daqui pra frente, já não existe mais nenhum tipo de plano para os protocolos, visto que tudo o que ocorreu foi varrido para debaixo do tapete.”. Além disso, algo como… ”A chance de poder viver do zero com um Exoesqueleto extremamente bem desenvolvido… cara, que sorte!”. Talvez… esse fosse o recomeço que não estava conseguindo aceitar desde então. Fazia parte de sua programação ser tão submisso a ordens que já não existiam mais? Diante de tudo isso, o homem com pele de nanotecnologia apenas riu. Explodiu em risada, na verdade. Seu rosto ficou vermelho, enquanto suas mãos repousavam em sua barriga.

O loiro tentou entender do que se tratava, mas manteve-se em silêncio.

— Que curioso… acho que você usou alguma coisa em mim, não é? Com esse fluxo magnético aí… — comentou após recuperar a fala.

— Hã?

— Eu tô sentindo… uma coisa estranha… — algo molhado escorreu pelo seu rosto. Sangue? Suor? Não. Tinha origem em seus olhos que, arregalados pela gargalhada anterior, ainda mantinham-se marejados. Lentamente, cada cair de lágrima descia com o peso de uma tonelada. Tantos sentimentos em um contínuo gritante pediam para serem libertados de uma só vez. Sentimentos que nunca havia entrado em contato antes ou que simplesmente haviam sido reprimidos pelas funções cognitivas do traje. — Eu me lembro de uma pessoa… um nome… alguém…

Um flash de memória veio em sua mente rapidamente. Como um resgate de algo que não deveria ter sido tirado de seu estado inconsciente. Foi como levar um soco no estômago — quis vomitar. Foi como se revivesse tudo de maneira enevoada e misteriosa: uma promessa quebrada, um tubo de líquido amniótico com cabos conectados em todas as partes, uma mulher em perigo de vida… depois, sangue. O líquido vermelho e pujante tomou conta de todas as lembranças conforme se deparou com a sensação da morte novamente, algo que já havia sido esquecido há tempos. Seus sensores captaram altos níveis de hormônio responsáveis pelo estresse, pressão alta e pico de adrenalina para situações de fuga ou combate — com todas as suas forças, mergulhou ainda mais em suas lembranças, mas era como se enfrentasse uma barreira. Algo que não conseguia transpassar.

— O NOME DELA! EU PRECISO LEMBRAR DO NOME DELA! — Enfurecido, caiu de joelhos, abraçando a si mesmo, como se pudesse forçar a resposta para fora de si. — Eu… eu não me lembro do nome dela. Nada mesmo.

— Ela quem, mano? Endoidou?

— Quem deu a vida pra me impedir de me tornar isso. E-Eu prometi… e quebrei a promessa. — Olhou sua própria mão. Enxergou a silhueta de uma mão humana onde havia agora um traje tecnológico a encobrindo. — M-Mas não tinha outro jeito. Eu tinha que… não! — Sentiu novamente o traje impedir de resgatar tais lembranças. Envolto nas chamas da fúria que sentia, começou a segurar as partes da veste tecnológica na região do pescoço e forçá-la a ser retirada. — Sai de mim, porra! SAI!

77 apenas observava, sem saber ao certo o que falar.

— Você! Você pode tirar isso de mim, né? Tipo, arrancar mesmo — seus olhos vermelhos focaram no loiro, num misto de preocupação, ódio e tristeza.

O homem respirou profundamente.

— Cara…

— Você deve conseguir. Já falou que trabalhou com todo tipo de material.

— Espera…

— Você falou que podia me ajudar e-

— Você não VESTE isso, cara. Isso é você. Não tem nada embaixo disso, isso é o seu corpo. Arrancar essa merda é a mesma coisa que te esquartejar. Entendeu? — Direto. E então, retirou os óculos alaranjados. — Eu não sei o que você passou, mas não parece ter sido nada fácil e descobrir dessa forma não melhora as coisas. Mas é isso. — Com a revelação, aquele que recebeu as informações apenas manteve-se em um profundo silêncio. — Merda, a Vaxen é melhor com as palavras…

— Eu… eu… — catatônito, o rapaz apenas manteve-se em silêncio.

Então, sentiu novamente seu rosto umedecer com um pingo. Dessa vez, certificou-se que não estava chorando, apesar da visão embaçada ainda ser uma realidade pelos olhos marejados. Em tempo, observou o piso da plataforma ganhando uma tonalidade mais escurecida quando um ou dois pingos também surgiram por ali. Em alguns instantes, o trovão nos céus anunciou tardiamente a o início da chuva — o som se alastrou ao longo do Ferro Velho à medida em que 77 observava diante de si um homem que, ao descobrir que na verdade não trajava nada mais do que sua própria pele transformada em algo nanotecnológico sob um preço que mal conseguia entender, desabava tal como as nuvens enegrecidas acima desaguavam em chuva. Junto com o som da água que ganhava espaço ao longo dos montes enferrujados e ferros descartados, conter o choro nesse momento era uma medida impossível, motivo pelo qual seus soluços e grunhidos acompanhavam a mesma melodia melancólica do ambiente que se criava.

77 apenas respeitou o seu momento.
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Mensagem por Protocol v12 Dom Set 15, 2024 7:04 pm

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Episódio 9

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— Bom, isso é tudo o que posso fazer por você no momento — comentou 77 em uma voz amena, ainda com suas ferramentas de trabalho — havia tido mais trabalho do que esperava em acessar aquele exoesqueleto, o que só provava algumas de suas teses. Em seu painel, exibia todos os pontos fulcrais da pele tecnológica do rapaz, que apareciam mapeados, incluindo um ponto em específico que certamente tinha a ver com uma versão avançada de um nanochip de GPS. — Como era de se esperar, você está sendo rastreado. Eles já acessaram esse ponto de rastreio e, de fato, é apenas questão de tempo até que venham atrás de você. Aqui, por sorte, temos o Cobronze que faz o trabalho de bloquear rastreios. Mas com isso aqui, mesmo fora do meu Pit-Stop, você vai ter uma vantagem em relação a eles… é… qual o seu nome mesmo?

O rapaz suspirou profundamente.

— Eu não tenho.

— Tá certo. Então, basicamente eu imbuí um pouco desse campo anti-rastreio em você, mas ele só vai funcionar aqui em Atomia, por conta das redes de alimentação desse Ferro-Velho.

Se concentrando, era possível enxergar os diversos avisos sobre algo desregulando as suas funções — focando, principalmente, nos detalhes sobre como aquilo infringia nos códigos de localização que era necessário para manter sua completude em seguro e dentro dos alcances possíveis caso algo de errado ocorresse eventualmente. Ignorou a quantidade massiva de pop-ups, apenas mentalizando para que fossem fechadas e fosse deixado em paz, mas elas retornavam novamente, como empecilhos mentais que não podiam simplesmente serem deixados de lado. Levou uma mão à cabeça.

— Eu só quero que essa intrusão na minha cabeça pare. Antes eu achava que sei lá, tava usando isso como quem usa um aparelho qualquer. Mas… isso toma conta dos meus pensamentos, ou decide eles. Sei lá.

— Tenho noção de como isso é feito, mas, primeiro… — apertou um botão em sua bancada. Uma mão robótica se aproximou por cima do rapaz, guiada remotamente, abrindo seus dedos até que, de sua palma biônica, uma espécie de agulha se projetasse. Rapidamente, ramificou-se em sequências de agulhas ainda menores e mais finas até que, por fim, perfurasse a região da nuca do homem, que emitiu um grunhido baixo enquanto observava diversos dos avisos a respeito de sua pele sendo invadida. — Preciso de uma mostra para estudar até lá. Se quiser, estou indo pra Aus Etella na semana que vem. Você pode vir comigo sem problemas.

A agulha “sugou” um líquido mais escuro do que petróleo para si, colocando-o dentro de um frasco manipulado por 77.

— E até lá…?

— Até lá você vive. Respira, sente, pula, corre. Sei lá. Atomia tem muitas atrações por aí, você deveria experimentar o ringue da ATOM arena qualquer dia desses. Não é só a batalha de ginásio que ocorre lá, tem alguns eventos também. Ou experimentar a noite de Atomia… são boas as possibilidades. — Comentou enquanto aproximava o frasco de seu óculos alaranjado. Diversos cálculos surgiram na lente. — Agora pra te acharem vai ser bem mais difícil do que antes. É claro que com tanta gente tendo visto você com o Metang por aí não é tão difícil assim, mas… bem, você entendeu.

Suspirou fundo.

— É, acho que entendi.

— Só uma sugestão. Se quiser se divertir um pouco, sei lá, dar o troco talvez. Eu consegui rastrear o local de reunião dos Vagaluzes, que também trouxeram alguns problemas pro meu lado. Com suas funções atuais você deve dar um apavoro neles sem muitos problemas. Ah, e fazendo isso eu te deposito uma grana depois, considere uma possibilidade de ganhar dinheiro já que você deve ter zero de grana. — Murmurou. — Toma. — Entregou ao homem um chip simples.

— E o que eu faço com isso?

— Só posiciona o seu dedo na entrada dele. Não vai ser necessário ir nos Vagões pegar uma Pokédex 1.0 dessa vez, confie. — 77 respondeu de forma casual.

— Entendi. Bem… — O rapaz se levantou, arrancando os cabos que se prendiam em várias regiões de seu corpo. — Valeu, eu acho.

— Ah! Mais uma coisa…
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