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Mensagem por Protocol v12 Dom Mar 21, 2021 7:12 pm






Prólogo

Com protagonistas diferentes do esperado, a vegetação ácida do Pântano Abissal demonstra sua natureza extremamente volátil quando predador e presa entram em confronto. Como resultado, 250-MG é liberado da planta nuclear que o aprisionava, não tendo sido digerido devido à sua resistência metálica frente a enzimas venenosas. Por fim, o Metang libera o Protocolo v12 das vinhas arroxeadas tal como fizeram consigo, em busca de um novo contato.

Página 1, 2 e 3.








1. Adaptação

Ainda que o processo de descobrir quem é seja extremamente complexo, o humano não é auxiliado em nada pelo local em que despertou. Apenas com o Metang ao seu lado, percebe que há algo emaranhado ao seu organismo, unindo-se às suas células cerebrais e dominando seu corpo com comandos artificiais e informações extremamente invasivas, apesar de precisas. Contudo, teve seu processo de autoconhecimento interrompido quando uma criatura abissal imergiu das piscinas de lodo radioativo para caçá-los.

Página 1, 2 e 3.








2. reconhecimento

O pretexto da fuga de um Tentacruel abissal e faminto enredou os protagonistas da trama em uma caverna pútrida, tomada por perigos que se escondem em piscinas de limos e toxinas extremamente mortíferas. Mantido a salvo pelo seu traje e seu companheiro Metang, o Protocol v12 conta com uma ajuda inesperada no momento de desferir o acerto final que mudaria o rumo da narrativa. Radioatividade, emissão de gases e produtos químicos aberrantes a parte, o saldo ainda parece positivo.

Página 1, 2 e 3.








3. sinalização

Procurando um abrigo frente à destruição climática do local, o trio consegue um tempo para descansar debaixo de uma pedra fragilizada. Frustrado pelo fracasso nas buscas por respostas, Protocol v12 exige coordenadas de destino após tanto refletir acerca de onde veio e para onde deveria ir. A princípio, o que poderia ser apenas mais uma falha, demonstrou um acerto dos grandes... contudo, havia um preço. Agora, exposto à toxicidade do ambiente e sem o Metang ao seu lado, seria capaz de chegar ao seu destino em um tempo estipulado?

Página 1 e 2.






NC




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Re: [CP] ► enable safe mode

Mensagem por Protocol v12 Sex Mar 26, 2021 9:10 am

Catarse



prólogo
As vinhas repletas de espinhos romperam-se cedendo passagem para que a pequena salamandra atravessasse a clareira com alta velocidade. Consoante à fuga, a imensidão púrpura e verde musgo ao seu redor ganhava vida frente à figura enegrecida percorrendo o percurso desconhecido, configurando um cenário verdadeiramente desesperador ao pequeno que muito pouco conhecia a respeito dessa região do habitat, exceto pelo fato de que não havia sequer um único lugar seguro. A atmosfera carregada pelo terror e adrenalina mesclava-se com o odor pútrido oriundo das milhares de toxinas ao longo de toda a flora, tão forte em certos pontos que o próprio ar demonstrava dobrar-se como se domado por ondas de calor gerados por uma fogueira, ação desencadeada por inúmeras espécies de gases nocivos.

Mais atrás, o que quer que perseguia o pequeno Salandit ganhou força.

Impulsionando suas quatro patas como se operasse numa função turbo, o grande predador assemelhava-se a um velocista. Enquanto a figura menor e delicada do lagarto buscava por caminhos fáceis, entradas e atalhos, a enorme centopéia lacerava troncos, trazia diversas raízes arrancadas ao longo de seu torso avermelhado e não deixava qualquer ser vivo permanecer em seu percurso, nem mesmo o grupo de espécies vegetais que escondiam-se aos pés de uma planta distorcida. As extremidades ovais cujo estruturavam as laterais de seu tronco movimentavam-se como engrenagens a todo vapor, gerando-lhe ainda mais estamina e agilidade para seguir adiante.

O caminho que ambos percorriam findou-se em um piscar de olhos, dando espaço para a borda do terreno: uma descensão enorme adiante. Logo, a salamandra enegrecida encontrou-se diante de um precipício que simplesmente não podia ignorar — o perigo da queda já era quase uma realidade para o pequeno que, diante de uma imensidão púrpura avermelhada mais abaixo, optou por frear a corrida e tomar outro caminho. Outrossim, mais atrás, a Scolipede sequer fazia menção de parar sua corrida. Se a Salandit tinha pretensão de conter os passos afim de não cair, a centopéia sequer contava com essa opção devido à velocidade — assim que fez uso das patas dianteiras para causar atrito com o solo e reduzir sua celeridade, seu corpo esbarrou no da pequena e juntos despediram-se do solo firme, enfrentando os metros que levavam-nas numa passagem apenas de ida para o despenhadeiro.

O abismo lhes abraçou e a natureza decidiu o destino da dupla.
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Re: [CP] ► enable safe mode

Mensagem por Protocol v12 Sex Mar 26, 2021 9:10 am

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prólogo
Ainda que seja um lugar completamente afetado por ações radioativas advindas do descarte inapropriado de lixo eletrônico, o Pântano Abissal continua tratando-se de uma das facetas de natureza de Neo Zenos. Desta forma, como é de se esperar, surpresas acontecem costumeiramente como algo rotineiro, inclusive a súbita inversão de papéis entre predador e presa.

Os dois Pokémon, durante a queda livre, entenderam que se não fizessem algo muito provavelmente encontrariam o fim que os esperava metros abaixo. A Salandit tentou escalar e grudar o corpo da maior posicionando logo mais acima — a Scolipede, sabendo que já era tarde, apenas fechou os olhos antes de ter todo o torso esmagado pela pressão da gravidade contra a terra rósea-púrpura encoberta por enrugações e dobras que escondiam alguns resquícios de vegetais desconhecidos. O grande baque ressoou pelo local de maneira abrupta conforme a salamandra, que havia utilizado o seu tronco agora dilacerado pela queda, saía de cima do predador derrotado e encontrava o solo estranho com suas patinhas.

Priorizando suas necessidades, ignorou os arredores e tratou de alimentar-se das vísceras da Scolipede.

A pequena mal percebia que o lugar em que estava lentamente sofria modificações. As grandes espécies de plantas desconhecidas ao longe erguiam-se em fileiras imponentes, sustentadas por caules finos e nodosos, de coloração púrpura, envolvendo-se em estruturas ovais esverdeadas como se guardassem-nas com todo o zelo possível. Ademais, essas mesmas estruturas verdejantes borbulhavam e traziam figuras distorcidas em seus interiores conforme estremeciam lentamente em suas bases. A Salandit sequer percebeu quando, de algumas dessas estruturas ao seu redor, vinhas surgiram para envolverem-se em seus pés. Contudo, a pequena salamandra já tinha enfrentado um predador o suficiente para um longo dia.

As vinhas dos Carnivines que escondiam-se atrás das grandes estruturas vegetais púrpuras queimaram-se quando o Incinerate púrpuro irrompeu de todo o corpo da Pokémon, passando para a frágil superfície folheada dos membros dos grass-types e ateando fogo muito rapidamente. Em questão de segundos, as labaredas arroxeadas se propagaram ao longo de toda aquela extremidade até atingir o corpo dos Pokémon mais ao longe. O trio de plantas carnívoras saltou de seu posto e revelaram suas bocarras com dentes afiadíssimos enquanto gritavam agonizando de dor pelas queimaduras causadas.

Numa tentativa de apagar as chamas, aproximaram-se de uma daquelas estruturas púrpuras que englobavam o líquido esverdeado. O fogo foi conduzido pelo roxo e, em instante, as chamas se alastraram.

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Re: [CP] ► enable safe mode

Mensagem por Protocol v12 Sex Mar 26, 2021 9:11 am

Catarse



prólogo
As chamas roxas se alastraram.

Sem nenhuma fonte de gás inflamável por perto, as chamas não causaram nenhuma explosão. Contudo, ao lamberem a estrutura daquele vegetal púrpuro, sua base cedeu completamente e as vinhas afrouxaram-se do ovo que carregava entre seus “braços” na sua extremidade. O líquido esverdeado desfez-se do estado sólido, escorrendo como uma cascata d’água sobre as chamas, apagando-as de supetão conforme aquilo que guardava em seu interior era finalmente liberado. A espécie metálica caiu no chão repleto daquele líquido musgo com um som abafado, os membros justos ao corpo.

Os Pokémon assustaram-se com aquela espécie desconhecida. Salandit, mais ao longe, abriu seus braços para proteger o corpo da Scolipede que ainda servia de alimento.

Os olhos da criatura abriram-se, completamente avermelhados. Seus braços afastaram-se do corpo e lentamente ganhou altitude conforme realizava uma breve análise do lugar. Algumas faíscas saíram do que seriam articulações e não teve hesitação ao expandir uma onda de poder psíquico maciço que irradiou do seu corpo a princípio como um domo, atingindo os Carnivines próximos em um único baque do Expanding Force. Seus corpos vegetais encontraram o solo enrugado sem mais delongas, sem nem entender o que os havia atingido.

A Salandit, com uma reação imediata, escondeu-se debaixo do cadáver da Scolipede.

O Metang realizou uma inspeção aprofundada no lugar. Apesar de agir roboticamente, seus olhos vasculhavam as outras plantas que levantavam aqueles ovos esverdeados, como se buscasse por algo, uma resposta em específico. Ainda que não carregasse expressões faciais, era possível entender que sua preocupação tornava-se quase palpável, quase como se houvesse algo muito importante que não deveria ter perdido. Com cautela, aproximou-se de um mais atrás e fez uso de suas garras metálicas para abrir as vinhas, separando-as do conteúdo musguento verdejante que segurava logo em seu centro. Não houve erro. O líquido foi despejado aos montes conforme a figura que antes jazia aprisionada na planta caiu junto da água.

O jovem de cabelos escuros e olhos verticalmente estreitos respirou em longos goles de ar logo após vomitar uma quantia imensurável daquele líquido pastoso e esverdeado. De suas costas, faíscas soltaram-se antes de perpassarem uma luz azul neon ao longo do que assemelhava-se um traje tático preto com mecanismos tecnológicos. O brilho cálido desfez-se ao conduzir-se debaixo de placas tão pretas que pareciam drenar a coloração ao redor e, por fim, chegar ao centro do peito, onde por fim foi absorvido e distribuído ao longo de toda a sua extensão uniformemente até que desaparecesse. Ainda caído, o personagem inserido à trama de uma Salandit fugitiva analisou os arredores demonstrando pavor.

— Que tipo de lugar é esse? — Observou o Metang aproximar-se. — Para trás!

Mas o Magnet Rise já havia sido utilizado.

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Re: [CP] ► enable safe mode

Mensagem por Protocol v12 Sáb Abr 03, 2021 11:41 pm

adaptação



Episódio 1

30%
A carne lhe faltava em pequenos lascos ao longo do rosto, principalmente próximo ao queixo, regiões encobertas por uma parte metálica cujo emitia um cálido brilho azul que buscava esconder-se entre alguns fios desencapados e restos de pele. Ao observar as próprias mãos, sentiu seus receptores de tato serem acionados lentamente conforme aquela epiderme artificial envolvia os locais onde grandes ferimentos jaziam, como se tentassem a todo custo reverter os danos existentes. O traje ganhava forma, espaço em seu corpo, substituindo as falhas orgânicas por ideais mecatrônicos de textura metálica encoberta pela coloração puramente preta, tudo performado da metafórica forma como seres compostos por grande quantidade de quitina fariam rapidamente a manutenção de exoesqueleto.

— Argh! — Sentiu a dor alastrar-se ao longo de cada centímetro de seu corpo conforme as falhas eram operadas.

[CP] ► enable safe mode H0zY

Assim que abriu os olhos, uma interface surgiu diante de seu campo de visão. Dessa forma, auréolas azuis e brilhosas romperam suas pupilas, destacando que lentamente o sistema de todo o seu exoesqueleto estava iniciando lentamente: motores com falta de carga, cabos desconectados e rompidos, excesso de líquido invasivo, receptores de dor danificados, entre outros detalhes que saltavam diante de sua visão como um monitor pertencente a alguma máquina. Não obstante, a sensação era como se sua cabeça lentamente inchasse frente a tanta informação, latejando diante dos dados expostos e chocando-se diretamente com o excesso de artificialidade imposta em suas células cerebrais.

— Que merda… — piscou tentando escapar daquela imersão de informações, mas o que conseguiu foi apenas piorar: ativou os sensores de movimento exteriores e também o termômetro ambiente. O nivelamento dos dados expostos a respeito do Pântano Abissal encharcaram sua interface como uma represa sendo destruída. — Que porra tá acontecendo com a minha cabeça?! — Esbravejou.

O Metang soube que era um momento delicado. Levitou para perto do recém liberado rapaz e tocou ambas suas garras metálicas sobre seus ombros. De repente, o Magnet Rise realizou sentido contrário. Os pulsos magnéticos destacaram-se em sequências de faíscas azuis liberando-se e convergindo em diretriz à espécie metálica que, pacientemente, parou apenas quando já não havia mais nenhuma estática sendo liberada do corpo do suposto humano. Gradativamente, conforme a eletricidade era sugada de seu corpo, o bem-estar irrompia em seu interior bem como a sensação de alívio.

— Q-Que merda você fez comigo… — colocou a mão sobre o antebraço direito antes de enfrentar uma realidade extremamente imersiva.

Fragmentos de memória.

Naves encouraçadas e hexagonais abriam espaço nos céus ausentes de estrelas como se carregassem toda a coloração ao redor, impondo-as o seu negrume tão característico e imponente. A cor por si própria emanava puro respeito, além de elegância. Soube que a visão representava a mudança de algo que há muito encontrava-se estacionado — um processo que tornava-se completamente irreversível uma vez ocasionado. Sentiu-se longe de tudo e, antes que pudesse atacar, os lasers voltaram-se contra partes estratégicas do que deveria ser seu corpo.

E então, não estava mais lá. Tudo tornou-se claro, perdido por um flash branco que apagou tudo o que poderia vasculhar daquelas visões — e então, o som de vozes, dissonâncias espaciais, risadas, a injeção de inúmeros sentimentos que coroaram situações que jamais lembrou ter vivido. Não haviam nomes, lugares, nem portos seguros. Apenas a imagem de uma cidade projetava-se diante de seus olhos agora, com prédios megalomaníacos e tomados por uma coloração acinzentada mesclada a um azul fosco e organização extremamente metódica.

MALGRAX, o nome surgiu como um pop-up de navegador em sua interface visual.

— Mal… grax? Esse é o meu nome? — Interrogou ao observar o Metang.

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Re: [CP] ► enable safe mode

Mensagem por Protocol v12 Dom Abr 04, 2021 1:49 am

adaptação



Episódio 1

70%
Compreender quem era talvez fosse a parte mais complexa de todo o processo.

Seus dedos envoltos pelo exoesqueleto tocaram o solo púrpuro do Pântano, rechaçando-se pela matéria que encontrava-se entre a areia e lama em questão de textura. O odor fatal subiu para suas narinas como ondas que distorciam o próprio ambiente, sendo inaladas e completamente inutilizadas devido ao organismo que, ao longo do tempo que havia passado aprisionado, já havia se tornado imune aos efeitos radioativos do local. O nome Malgrax sumiu em seu subconsciente tão facilmente quanto aqueles Carnivines haviam sido suprimidos pelo Metang outrora.

A espécime metálica sobrevoou os arredores com cautela conforme analisava o ambiente agora de maneira profunda. Seus olhos varreram espécies de plantas carnívoras, ervas venenosas que sobrepunham-se umas às outras criando verdadeiros labirintos de daninhas peçonhentas e focos enormes de lama radioativa. Por fim, o que mais chamou-lhe atenção tratava-se de uma pequena sombra escondida em um cadáver de Scolipede mais ao lado. A Salandit tentou esconder-se do perigo metálico, mas já era tarde.

Foi puxada por uma garra rapidamente, arrastada pelo chão e então erguida a alguns pés do solo.

Como um mecanismo imediato, de maneira autoprogramada, o braço do humano levantou-se em segundos. Da palma da mão, um orifício criara-se, a superfície metálica introduziu-se cravando um buraco na própria pele do traje antes de ejetar uma pequena esfera bicolor. O item lançou-se ao ar em direção à Salandit, abrindo-se ao toque e maximizando-se antes de engolí-la para um processo visível de captura. Levou apenas alguns instantes até o item parar no próprio ar, envolto por uma coloração esverdeada e então ser sugado como por efeito de magnetismo para dentro do traje novamente.

— Mas o que… — em instantes a interface invadiu sua visão novamente.

[CP] ► enable safe mode Metang
Metang — N/A
Star Star
[CP] ► enable safe mode 340?cb=20200506103203
Salandit — F
Star Star

Ali haviam dados a respeito de Metang, sobre sua espécie e então apelido: MG-250. Uma nova guia abriu-se imediatamente, compondo dados acerca da Salandit: seu sexo foi informado, juntamente dos movimentos catalogados que poderia vir a usar. Ainda que aquelas informações que surgiam diante de seus olhos fossem difíceis de se digerir, sentia como se progressivamente estivesse se adaptando a elas, cedendo espaço involuntariamente em seu próprio organismo para que os comandos lentamente se propagassem ao longo de suas ações.

— Eu não lembro o meu nome — observou o Metang. — Você deve saber de onde eu vim ou para onde devo ir, não é? — Percebeu que formular palavras era uma tarefa mais difícil do que imaginava.

Antes que pudesse fazer uso melhor do recém descoberto nome Malgrax, um ribombar tomou conta de todo o local. O solo estremeceu e diversas espécies saíram de seus esconderijos no mesmo momento. Do lodo massificado presente no solo mais atrás, no meio daquela diversidade de plantas verticais ligadas a óvulos esverdeados que haviam aprisionado a dupla, surgiu uma protuberância azulada que encorpava gradativamente glóbulos vermelhos como rubis cujo surgiam ao longo de toda a sua superfície. Os primeiros tentáculos projetaram-se para fora do líquido púrpuro como falanges ao se prenderem contra as bordas do terreno plano e sustentarem devagar o restante do corpo da criatura que emergia.

Os olhos do humano concederam diversos dados até que poluíssem visualmente aquilo que observava. Sem mais, um único som estridente do ser fez com que os pelos do rapaz se arrepiassem no mesmo instante.

A interface não precisou avisá-lo nada, pois seu instinto já o fazia: era momento de correr.

[CP] ► enable safe mode Tenta

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Re: [CP] ► enable safe mode

Mensagem por Protocol v12 Dom Abr 04, 2021 2:59 am

adaptação



Episódio 1

100%
Um dos tentáculos escarlates lançou-se sobre a dupla assim que o Tentacruel os percebeu dentro de seu campo de visão. A grandeza daquele membro chocou-se contra o solo púpuro um pouco depois que ambos retiraram-se da linha do impacto, marcando a planície com a profundeza cilíndrica desforme do dano desferido. O Metang seguiu adiante, seus olhos sempre atentos aos arredores enquanto o humano mais atrás seguia-o pelo caminho que realizavam. Contudo, o que encontravam era apenas uma mata densa e repleta de ervas venenosas e criaturas perigosas escondidas e, para além disso, os tentáculos da criatura esticavam-se de maneira infindável.

O tentáculo que os perseguia bifurcou-se em instantes, dividindo-se pelos obstáculos que haviam no caminho e realizando curvas perfeitas ao redor dos troncos de árvores envergadas apenas para buscá-los mais atrás. O humano dotado de reflexos que sequer sabia possuir realizou um salto perfeito — fez com que o membro pertencente ao Tentacruel envolvesse o nada. Enquanto isso, o Metang viu-se envolto pela vermelhidão daquele abraço agonizante — a força foi tamanha que em poucos segundos faíscas soltaram-se de suas articulações e uma rachadura ganhou forma no visor de seu olho direito. Estremeceu como se estivesse prestes a explodir.

O humano pousou no chão de joelhos, ofegante e fadigado, mas observando aquele que a sua interface denominava como 250-MG.

— O-O que eu posso fazer pra ajudar? — indagou completamente tomado pelo desespero.

Então, como num passe de mágica, informações surgiram diante de seus olhos com nomes de movimentos que a criatura metálica possuía. Em instantes, vociferou o primeiro que estava listado: Expanding Force. Destarte, tudo aconteceu como se estivesse premeditado dado à tamanha maestria: o tentáculo foi perdendo força conforme as pupilas do Metang foram envoltas numa energia azulada. O confronto entre o vermelho e o anil culminou na ação do púrpuro, casando com o cenário abissal conforme lentamente 250-MG colocava-se para fora de perigo emanando aquela força psíquica que expandia-se a partir de seu próprio corpo. A força foi o suficiente para obter a liberdade e, ainda assim, desviar o curso de um terceiro membro que aproximava-se das costas do humano, sobrepujando-o ao chão.

— Obrigado, eu acho — agradeceu ao perceber que a ajuda havia sido mútua.

Sem mais delongas, voltaram a percorrer o caminho buscando uma saída aumentando a velocidade da corrida. Contudo, sombras projetaram-se no percurso adiante, denunciando a vinda de mais tentáculos por cima, além do próprio corpo do Tentacruel que, diferentemente do esperado, conseguia obter uma boa movimentação fora d’água, embora tivesse que utilizar de todos os seus membros para tal. A colossal pinça que contava como órgão mastigador realizava movimentos aterrorizantes de abrir e fechar conforme varria tudo do seu caminho com seu tamanho avassalador. Ao espiar o que os perseguia por trás, o humano quase perdeu as esperanças — não havia o que pudessem fazer para despistá-lo?

Assim que a criatura abriu sua bocarra, o verdadeiro inferno canonizou-se no local.

O Corrosive Gas foi expelido pela criatura e em questão de instantes uma densa névoa espalhou-se pelo local, englobando tudo o que podia dentro de seu perímetro. Mesmo acostumados ao ambiente, muitos foram os obstáculos que simplesmente derreteram frente à corrosão, inclusive alguns Pokémon que ao inalar sentiram suas consciências abandonarem-os em questão de instantes. O Metang pouco abalou-se a respeito, mas o humano sentia cada vez mais dificuldade de respirar. A interface aparecia constantemente diante de seus olhos denunciando tudo o que estava sendo gradativamente danificado pela invasão daquela substância tóxica em seu organismo: seus pulmões não aguentariam por mais tempo.

Frente ao ocorrido, o Metang tomou as rédeas da situação ao utilizar do Expanding Force em junção de seu Protect. Ao parar a trajetória para concentrar-se, aquela mesma energia psíquica emanou de seu corpo, empurrando a gaseificação da atmosfera ao redor até convergir numa cúpula de proteção, difícil de ser penetrada, conferindo uma defesa ao ambiente nocivo enquanto retornavam o caminho. O exoesqueleto do humano avisou-lhe de que lentamente os seus sentidos recuperavam-se, embora a fadiga fosse inevitável, ao menos o gás não continuava a corroer seu interior. Mais atrás, o Tentacruel não desistia de sua presa, como se há muito tivesse esperado esse fatídico momento.

Em meio à adrenalina do momento, o metódico Metang encontrou um fio de esperança.

Assim, em um dos relevos adiante, em um monte repleto de musgo e rochas salientes que escondiam criações amplas de fungos, havia uma entrada estreita, mas ainda assim tratava-se de uma entrada. Dessa forma, foi apenas questão de tempo antes que a proteção criada cedesse para que guiasse o humano até o local — sem mais delongas, a entrada os contemplou com plena escuridão que cedia espaço apenas para a coloração azul advinda da força psíquica de Metang. O humano mais atrás sentiu o impacto de quando os tentáculos vorazes do Tentacruel chocaram-se com a entrada, tentando invadir o abrigo encontrado mas não encontrando qualquer tipo de sucesso. Os tremores persistiam — algo lhes dizia que a criatura, cansada de tentar invadir o âmbito, agora tentava escalá-lo e abrir um buraco por sua própria vontade de perseguição.

— Merda, ele não vai desistir — praguejou.

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Re: [CP] ► enable safe mode

Mensagem por Protocol v12 Qua Mar 23, 2022 2:02 am

reconhecimento



Episódio 2

40%
A fissura aberta no relevo cedeu espaço para um ambiente catastrófico em sua essência. Arcos azuis luminescentes apareceram nos olhos do rapaz, como se lentes sobrepostas às suas orbes oculares que sempre estiveram ali. Dessa forma, de maneira gradativa, os seus níveis de rodopsina foram se adequando à iluminação ambiente até que, por fim, finalmente conseguisse distinguir o cenário em que estava adentrando. A tecnologia avançada concedeu-lhe não apenas uma espécie de visão noturna, mas a capacidade de ler o local com detalhes — enxergando cores à medida em que absorvia dados sobre o terreno pútrido. As tonalidades púrpuras explicitaram níveis altos de gases nocivos, presença de, no mínimo, uma centena de químicos responsáveis por gerarem matéria radioativa em sua fusão e uma umidade assustadoramente alta.

[CP] ► enable safe mode MOSHED-2021-4-4-20-7-49

Passou a mão na frente do rosto, como se pudesse dissipar aqueles painéis informativos. Contudo, apenas ao pensar nessa possibilidade, os dados já sumiram.

Os estrondos do lado externo mantiveram-se após alguns minutos de silêncio. Era óbvio que o Tentacruel permanecia em sua caçada, já que vez ou outra um de seus tentáculos ganhava espaço pela abertura na fissura, mas não conseguia seguir adiante esticando-se — mas talvez fosse apenas uma questão de tempo. Um desses impactos fez com que uma estalactite rochosa se desprendesse do teto da gruta e caísse num grande reservatório de água arroxeada. A estrutura simplesmente liquefez-se ao adentrar a superfície repleta de toxinas, desaparecendo e levantando bolhas na água.

Um caminho insalubre se sustentou adiante debaixo de seus pés. Encolheu-se quando algumas plantas presas à parede abriram bocarras repletas de dentes ao aproximar-se e também desviou de alguns poços responsáveis por emanar gases pútridos que subiam ao teto da caverna rapidamente. Ainda que sentisse necessidade de correr, percebia que sua estamina estava prestes a se esgotar para realizar tal — vez ou outra, no seu visor, apareciam níveis de porcentagem baixos sempre que pensava em correr em debandada ou reagir de maneira abrupta. O Metang à sua frente parecia rastrear toda e qualquer movimentação, deixando o caminho livre e, na medida do possível, seguro.

— Eu preciso de alguma explicação… meu nome é Malgrax? Por qual motivo eu tô aqui? — observou seus dedos cobertos pelo traje moldado por placas mais negras do que a própria noite. As fendas eram cobertas por películas ainda mais escuras e não sentia suas articulações serem impedidas de nenhuma maneira. — Pra onde você tá me levando? — Perguntou, mas não recebeu uma resposta.

Mal sabia que o Metang, assim como a si próprio, estava tão perdido quanto. O visor rachadiço do olho esquerdo escarlate do Pokémon metálico vasculhava cada detalhe do ambiente apenas levando em consideração programações básicas de seu organismo binário — era necessário dizimar todo e qualquer perigo que se colocasse adiante daquele que estava seguindo e, portanto, era isso que faria. Um local seguro precisava ser encontrado para que, em sequência, pudessem reabastecer suas energias. Por enquanto, o psíquico precisava apenas garantir segurança mútua e fazer com que ambos pudessem, pelo menos, passar mais do que uma ou duas horas acorda…

Um grande tremor chamou atenção de ambos para a parte superior da gruta. Um buraco abriu-se no teto, apenas para dar espaço para que uma das quelíceras da monstruosidade adentrasse. Ao colidir-se com a piscina púrpura de toxinas, o Metang foi veloz em realizar um Protect, colocando-se diante de seu aliado e protegendo-o dos respingos. Mesmo na película de hexagonais azuis, as toxinas lentamente realizavam pequenos furos. Com a súbita ação, seus olhos moveram-se pelos arredores rapidamente, seus sensores captando movimentações suspeitas advindas daquela própria matéria liquefeita de coloração arroxeada — bolsões de lodo moveram-se pelas paredes, como se despertados de seu sono uma vez expulsos da poça e espalharam-se pelo ambiente.

— Mas que merda é essa? — Ao piscar, sua visão tornou-se turva por alguns instantes antes de captar aquelas mesmas movimentações em pequenos quadrados que sensoriaram seus paradeiros. Uma enxurrada de informações passou a penetrar sua mente sobre uma espécie denominada Grimer. Os mesmos bolsões de lodo demonstraram olhos, braços e, por fim, bocas de tamanho considerável. Em um corredor estreito, diante da piscina de toxinas, o usuário do traje pôde apenas agarrar-se à parede atrás. Em instantes, seus sensores de tato trouxeram o aviso no painel sobre níveis de acidez extremos na estrutura encontrada. — Não deixe-os se aproximar.

A ordem soou extremamente natural, ainda que carregada de certo nervosismo em seu tom de voz. Foi como se MG-250 precisasse apenas dessas palavras para enfim agir. Com seu Expanding Force, os Grimers foram envoltos em uma película de coloração azul à medida em que hexágonos translúcidos de mesma coloração flutuavam ao redor do metálico. Os bolsões de lodo foram reunidos em uma só esfera e, por fim, prensados contra a parede, lugar em que uma fissura abriu-se apenas para revelar um gotejar de líquido preto. O dono do traje olhou para o seu aliado frente ao ocorrido e quase chegou a esboçar um sorriso — sentiu que, enquanto estivesse ao lado daquela criatura, estaria protegido.

— Vamos! — Ganhou súbita velocidade assim que, em seu visor, os níveis de fadiga tornaram-se ausentes.

Ambos correram — no caso de Metang, levitou — em busca de um lugar seguro ainda que o local emanasse o mais puro perigo. Gotejos de Grimer mais adiante, caindo do teto, fizeram com que tivessem de desviar de caminho boas vezes, sendo encurralados em corredores que possuíam buracos nas paredes para que os tentáculos invasivos do Tentacruel os encontrasse. MG-250 realizou mais de três vezes o seu Protect em situações perigosas para salvar a vida de seu aliado. Quando estavam diante de uma espécie de nivelamento inferior com teto em formato de cúpula, sem piscinas de toxinas à mostra, viraram-se para o corredor pelo qual estavam vindo, apenas para depararem-se com o mar de espécies venenosas liquefeitas.

Com um único olhar, descobrindo uma incrível sinergia, o rapaz pulou sobre a superfície lisa e plana no topo de Metang, sendo levitado conforme o Pokémon fazia uso de seu Magnet Rise para que ganhassem altitude. Embaixo, os Grimers passaram como uma grande onda púrpura, unindo suas inúmeras bocas e mãos liquefeitas conforme se armazenavam no final do corredor. Ambos levitaram por cima das criaturas, antes de serem surpreendidos pelo próprio teto se rachando, dando passagem para o tentáculo do predador que desceu com força, criando uma fissura grande o bastante para que pudessem, inclusive, osbervar parte do Tentacruel do lado externo. Concentrado em levitar, o Metang sequer pôde fazer uso de sua proteção.

O usuário do traje sentiu uma dor excruciante em suas costas. Sua visão tornou-se nublada por diversos pop-ups do traje ao mesmo tempo. Receptores de dor estavam entrando em curto à medida em que uma projeção de seu próprio corpo era estabelecida diante de seus olhos, denotando a área atingida com um destaque em vermelho. Tentando se desvencilhar de todas as informações, manteve-se firme no Metang, sentindo o gosto de sangue tomar sua boca. Contudo, os obstáculos não findaram-se por aí. Olhando para trás, apenas para ver o que de fato o havia atingido, concluiu que, pelo mesmo buraco que aquele tentáculo havia entrado, agora uma quantidade massiva de água invadia a gruta.

O Tentacruel, pelo visto, não estava perto de desistir de sua presa.
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Mensagem por Protocol v12 Qua Mar 23, 2022 2:02 am

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Episódio 2

70%
A inundação da gruta iniciou-se rapidamente.

O fluxo da água agia como uma cachoeira e, sem muito espaço para vazão, acabou fazendo com que o seu nível dentro da gruta crescesse quase que imediatamente. Os Grimers? Mais atrás, eram varridos juntamente da correnteza, boiando pelas ondas criadas que, lentamente, tornavam-se púrpuras conforme absorviam as toxinas do ambiente. As piscinas repletas de impurezas transbordaram, espalhando-se pela imensidão submersa rapidamente. Diversas espécies de plantas simplesmente foram decompostas assim que o toque tóxico desse líquido as ganhou, bem como as estruturas terrestres foram tornando-se cada vez mais inconsistentes frente à pressão exercida.

No meio de toda essa água, MG-250 conseguiu realizar um Expanding Force com Protect, sustentando um campo de força ao redor de si e do rapaz. A bolha azul com textura de diversos hexágonos ganhou o espaço submerso de maneira ousada — o Metang os guiou pelos corredores inundados conforme a água tornava-se cada vez mais turva. Através dos buracos também realizados pelo próprio Tentacruel na gruta, conseguiram sair do lugar, encontrando um fluxo de água que logo traria grande parte do que havia no interior do esconderijo para a parte externa, enfim retornando ao pântano distorcido.

As plantas arroxeadas com detalhes em verde extremamente florescente os recebeu de volta. A cúpula do Metang se desfez conforme o líquido tóxico de dentro da gruta era espalhado ao redor pelo buraco que conseguiram sair. Ainda era possível ver os tentáculos do Tentacruel se unindo para caçá-los dentro da caverna. O rapaz percebeu que a noite de fato havia chegado para o pântano — a sua visão no escuro continuava, prolongada pelas mesmas auréolas safíricas em seus olhos. Curiosamente, a escuridão ao redor tornava-se cada vez mais ampla, conforme alguns detalhes ao longe precisavam de mais tempo de visão para serem lidos como o restante do ambiente.

Quando já era tarde, entendeu o motivo do breu: estavam debaixo do Tentacruel.

A quelícera descendeu com pressão antes de ser jogado para o lado esquerdo pelo próprio Metang. O golpe pressurizado desferido pela espécime aquática realizou uma fenda no solo. Por baixo do ser, notou que alguns de seus tentáculos possuíam certa dificuldade de se concentrarem. Seus olhos analisaram a criatura e trouxeram informações que, pelo menos, dessa vez, não eram descartáveis. O Tentacruel tinha um ponto cego abaixo — onde seus olhos não poderiam ver, seus tentáculos teriam mais trabalho em buscá-lo assim como tiveram dentro da gruta. Observou, ao longe, pela direita, MG-250 escapando de dois tentáculos que envolveram-se em uma planta alta e retorcida, que dispersou químicos que geravam como produto um gás esverdeado bem concentrado.

Seu visor leu propriedades inflamáveis naquele gás e, rapidamente, um estalo em sua cabeça trouxe ideias à tona. Pensou… onde havia lido fogo recentemente?

Rapidamente, em uma guia, o visor da criatura denominada Salandit surgiu. Em sua mão direita, um buraco abriu-se na palma, trazendo uma esfera bicolor que logo expandiu-se entre seus dedos. Sem saber ainda muito como estava agindo tão automaticamente, se deixando levar pela genialidade do momento e adrenalina, lançou o item para cima, revelando a pequena salamandra de coloração escura, de olhos púrpuros e pupilas verticais. O ser olhou para ambos os lados, meio amedrontado, levando suas patinhas à cabeça assim que pousou no chão, meio sem ter como agir. Em sequência, os olhos do rapaz buscaram por mais daquelas plantas ao redor. Se os gases realmente eram inflamáveis…

Um tentáculo por pouco não os atingiu por trás. Fazendo uso de reflexos ainda não muito conhecidos, saltou no momento exato, vendo toda a extremidade do membro do Tentacruel se desdobrando mais ao longe, rompendo diversos detalhes da vegetação tóxica local. Vislumbrou algumas daquelas mesmas plantas sendo rompidas, liberando o mesmo gás esverdeado visto, mais uma vez, como inflamável. Observou a criaturinha que, no chão, tentava fugir. Pisou em seu rabo, mantendo-a fixo no chão e o observou com olhos intimidadores. Não havia ali qualquer resquício de uma feição amigável.

— Estamos presos um ao outro. Se quiser sobreviver, confie em mim. — A Salandit arregalou os olhos. — Coloque fogo naquilo, agora! — Apontou com os dedos.

O Salandit demorou um pouco a agir, mas o fez. Suas costas entraram em ingição conforme chamas púrpuras foram disparadas de sua boca em direção aos gases esverdeados concentrados num lançar de seu Incinerate. Antes do encontro de propriedades ocorrer, o rapaz observou MG-250 ao lado, como se esperasse apenas por uma ação para que pudesse realizá-la da maneira mais eficiente o possível. Uma única ordem foi dada: para que os protegessem. Dessa maneira, uma cúpula azulada os envolveu novamente no mesmo momento em que um emaranhado de tentáculos se concentrava ao redor, tentando alcançá-los e prendê-los, junto do exato momento em que a primeira labareda púrpura entrou em contato com a coloração esverdeada presente na atmosfera.

A partir de então, explosões em cadeia ocorreram.

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Mensagem por Protocol v12 Qua Mar 23, 2022 2:03 am

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Episódio 2

100%
[CP] ► enable safe mode Dlf-pt-green-explosion-png-5073512

Um inferno esmeralda abriu-se no Pântano Abissal nesse instante. Tal parcela do ecossistema, por si só já caótica, foi engolida pelas chamas esverdeadas conforme as criaturas megalomaníacas buscavam seus poços tóxicos ou fissuras abertas nas superfícies rugosas onde poderiam se esconder. O incêndio poderia ter sido controlado, mas tantos gases pela própria atmosfera concentrados na mesma área facilitaram o trabalho do fogaréu em dançar graciosamente debaixo de uma noite sem estrelas — deixando para trás somente o rastro pútrido da destruição. A fumaça gerada como produto pela reação química poderia ser fatal a qualquer um que a respirasse.

Químicos e biólogos levantariam muitas perguntas sobre como o clarão de esmeralda ganhou o pântano nesse fatídico dia: mas talvez poucos chegassem ao trio que, por entre a vegetação remanescente, buscava um caminho de fuga.

O Metang não desistia de seu trabalho em ser o protetor do grupo — sua barreira não era transpassada em nada pela aguaceira tóxica que enfrentavam conforme algumas algas púrpuras subiam para agarrar seus pés. Os Skrelps, agindo como vida marítima no lugar amaldiçoado, tentavam a todo custo acidificar suas presas para então decompô-las — mas o brilho esmeraldino na superfície da água junto do calor emanado era o suficiente para fazê-los buscar as profundezas mais obscuras e de temperaturas inferiores. Pelo menos, por enquanto, os três protagonistas do incêndio não precisariam se preocupar com mais inimigos.

E falando em inimigos…

— Foi um plano e tanto… eu só não sei como… — o rapaz levou sua mão à cabeça, absorvendo dados e mais dados. Por enquanto, não gostaria de pensar nisso. Com uma única faísca de raciocínio, dissipou tais informações conforme se focava no caminho adiante, sentindo a parte inferior de seu traje abrindo espaço na água que caminhavam conforme seus pés rasgavam parte das algas púrpuras que subiam. Em seu ombro, a Salandit tremia de medo observando o perigoso nível de água mais abaixo. — Você foi uma ótima incendiária. Bom trabalho.

A salamandra saltou do ombro do jovem para a cabeça plana de Metang e lá permaneceu. Agitada, observava a vegetação ao redor que crescia do próprio mangue que atravessavam. Com certa dificuldade, MG-250 utilizou de suas garras metálicas para começar a cortar caminho pelas algas maiores que, adiante, bloqueavam o trajeto. Alguns Venipedes foram catalogados pelos olhos do dono de cabelos negros, se agarrando às plantas frágeis como carrapatos, movendo-se rapidamente para sair do caminho do Metang. Mais atrás, dentro de um raio de cinquenta metros, uma nova explosão ganhou foco, trazendo a iluminação esmeraldina novamente, refletida na superfície da aguaceira púrpura.

Os três poderiam se classificar como sobreviventes. O que iniciou como trama de fundo de uma Salandit hiperativa e astuta, lentamente se desenrolava como um fundo mais complexo — suas ações, ainda que pouco direcionadas, ajudaram a libertar a criatura metálica que, por sua vez, livrou aquele que estava encarregado de proteger. Todos passaram por muitos acontecimentos em um período de tempo inferior a duas horas, e agora finalmente rumavam juntos, ainda que o destino fosse, em suma, incerto. A salamandra, sentada sobre a cabeça de MG-250 e ainda perdida, observou a dupla conforme sentia o cansaço ser o responsável por, lentamente, fechar suas pálpebras.

Ali estaria segura? Poderia de fato descansar? Quem eram eles, afinal?

Talvez tivesse respostas para suas perguntas futuramente. Por agora, a superfície fria e metálica do Metang oferecia uma afirmativa ainda mais prioritária — servia exatamente como um ponto de repouso. Desconfianças a parte, no momento, o único tópico com que realmente se importava era se conseguiria pegar mais cedo no sono enrolando-se ou esticando-se sobre MG-250. Ouviu o rapaz, mais ao lado, murmurar algo para o metálico que, por sua vez, assentiu prontamente, mas quem se importava? Bem, de fato, não seria a Salandit.

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