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[CP] ► installing drivers

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[CP] ► installing drivers

Mensagem por Protocol v12 Qua Mar 23, 2022 7:36 pm






4. coordenadas

Sobreviventes da própria maneira, tanto Protocol v12 quanto a Salandit parecem ter experiência o suficiente com fugas para não se dobrarem às surpresas da Corrupção Cristalina. Ainda que muitos obstáculos persistam ao longo do caminho, não há nenhum deles que as chamas da criatura não possa, ainda que de maneira inesperada, derreter. Seguindo as coordenadas de anteriormente, estariam mais próximos do enfim destino?

Página 1 e 2.








5. camuflagem

Sem dados catalogados.








6. M.I.R.A

Sem dados catalogados.








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Sem dados catalogados.






NC




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Re: [CP] ► installing drivers

Mensagem por Protocol v12 Qua Mar 23, 2022 9:54 pm

coordenadas



Episódio 4

50%
Um novo pop-up surgiu no meio de sua visão: faltava apenas uma hora de funcionamento.

Os dedos envoltos pelo traje negro ganharam o toque frígido da crisálida que emergia do chão mais ao lado. Sua vista, embaçada por tudo que havia percorrido e feito até então, vislumbrou no mínimo cinco daquele mesmo minério. Seus sensores avisaram-lhe de uma queda brusca na temperatura, resultado dos ventos frígidos do norte. Levou a mão à garganta, como se tentasse desentalar algo que há muito estava preso por ali — mas não conseguiu. Em vez disso, obteve apenas uma tosse profunda, tampando-a com a mão esquerda apenas para notar as gotículas de sangue na palma da mão tomada pelo exoesqueleto.

No canto superior esquerdo, diagnósticos estavam sendo calculados. Alguma variante de pneumonia avançada com potenciais vírus ou bactérias instaladas em seu organismo começou a ser traçada, mas não havia energia o suficiente em seu organismo para que pudesse sequer gerar anticorpos suscetíveis. Pelo que estava observando, existia um sistema de anti-vírus que trabalhava nessa parte, mas ele também não possuía fonte o suficiente para trabalhar, embora houvesse alta demanda. Os avisos surgiam uns após os outros, mas eram completamente ignorados após um certo tempo de caminhada: estava focado somente em encontrar as coordenadas na tela que, pelo visto, estavam levando-lhe para o meio de uma planície cristalina e gélida.

A Salandit escalou uma daquelas pilastras púrpuras, limpando sua superfície coberta por gelo com a patinha dianteira e vendo seu próprio reflexo. Sorriu.

— Fique… perto… — ordenou para a Pokémon, lembrando-se das desaventuras que tiveram ainda no Pântano Abissal conforme buscavam uma saída. Foram surpreendidos mais de três vezes por Croagunks que tentavam, a todo custo, levá-los para um território de puro lodo. Estavam lentamente sendo engolidos pelo próprio solo, como uma espécie de areia movediça, mas aquecê-lo o tornava mais rígido e foi com a ajuda da Pokémon e seu Incinerate que se livraram. Ainda houveram fugas de um grupo de Glooms que, de maneira insistente, lançaram diversos esporos como uma chuva sobre ambos. Contudo, também foi outro tópico resolvido pela salamandra e suas chamas. Tudo isso enquanto o rapaz segurava uma larga folha de vegetal que protegia-nos da chuva esmeradina.

E agora… temia que tivessem de passar por tudo novamente. 55 minutos, o seu visor apontou. Observou os arredores. Sentiu o frio e, buscando se aquecer, abraçou a si próprio.

— Não seja pega… de surpresa… vem pra… perto — avisou sentindo sua garganta arranhar a cada palavra dita.

A Salandit riu, como se sentisse forte depois de enfrentar tantos obstáculos anteriormente. Após observar seu próprio reflexo, derrapou sobre o cristal, descendo num tobogã, contudo, algo lhe agarrou pela cauda, lançando-a contra o solo. Uma pinça púrpura, tão crisálida quanto o próprio minério, lançou-se sobre o seu corpo, desferindo um ataque certeiro em seu tórax, erguendo-a apenas para cobrí-la com uma saraivada de pedras majestosas e roxas que foram lançadas em sua direção. Os olhos captaram o movimento reconhecido como Power Gem. A Pokémon, após se recuperar da surpresa, tentou desviar da maioria e seguir a voz de seu treinador, mas falhou e acabou derrapando de maneira nada agradável pelo solo frígido do local. Um acerto super efetivo.

Os olhos do rapaz alvejaram a criatura. O traje reconheceu-a rapidamente. Uma espécie variante Neo.

[CP] ► installing drivers Boldore-variant
Neo Boldore
[CP] ► installing drivers Ice[CP] ► installing drivers Poison
Regenerator/Poison Touch
Ice Scales (hidden)

Colocou-se sobre o cristal protuberante e fincou suas patinhas dianteiras crisálidas sobre o minério. Levantou a parte que seria referente a cabeça e, logo mais, outros quadrados de sensores de reconhecimento foram sendo acionados ao longo da visão do jovem. Mais dois surgiram escalando um cristal, enquanto um trio aparecia mais ao longe. Os Boldores não estavam sozinhos e, pelo que parecia, encontravam-se famintos. Na tela, o pop-up de aviso de que restavam apenas 52 minutos o lembrou de seu objetivo. A Salandit buscou alguma resposta em sua feição. Ambos se entreolharam. Daqueles lábios fechados de tensão, alguma ordem destemida seria dita em breve para confortá-la, ela sabia disso.

— Corre!
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Re: [CP] ► installing drivers

Mensagem por Protocol v12 Qua Mar 23, 2022 9:54 pm

coordenadas



Episódio 4

100%
Ambos correram pela planície conforme o tremor no solo podia ser captado devido às dezenas de Boldores que corriam atrás batendo suas pinças no chão. Embora não vociferassem nada, o som de cada passo emitido era aterrorizante — como se um compasso bem afinado estivesse deslizando sobre o gelo, riscando-o em tons agudos e finos. O rapaz abaixou-se para pegar a Salandit e, diante do primeiro obstáculo cristalizado, jogou-a sobre o pilar apenas para atravessá-lo pela parte inferior, deslizando no chão e pegando-a após a travessia. Os olhos da salamandra giravam, visivelmente enjoada pela manobra feita. Ela ganhou espaço no ombro do jovem, apenas para ter a péssima visão da retaguarda: uma maré de criaturinhas marchando e subindo os cristais.

— Algo… me diz que… o fogo… — o tipo Ice evidenciado anteriormente foi exposto pelo próprio traje em seu visor. Haviam muitas desvantagens a serem exploradas: Fire era a mais recomendada, já que suas vias de Steel não estavam disponíveis. Por outro lado, a Salandit pareceu não entender, ou ainda estava assustada com a quantidade imensa de inimigos. — Atira… fogo… — só então ela notou que havia algo sendo tecido no ar. Franziu o cenho, meio como quem não entende uma única palavra que foi dita. A garganta do jovem parecia estar cada vez mais próxima de se fechar, com a correria, o ar lhe faltava muito facilmente e os níveis de energia do traje iam se dissipando.

47 minutos.

— MANDA FOGO, PORRA! — Gritou, exasperado, sentindo o gosto de sangue na garganta.

Foi como se uma lâmpada se acendesse sobre a cabeça da venenosa que, inflou-se respirando profundamente e exalou uma coluna de chamas púrpuras no primeiro Boldore que saltou do cristal para atingí-los com Poison Jab. As chamas espantaram-no e, ainda por cima, conseguiram fazer com que os cristais de suas patinhas dianteiras fossem levemente derretidos. Triunfante, a Pokémon realizou o mesmo em outros dois, fazendo-os derraparem no caminho e atingirem seus aliados ao pararem como obstáculos. Ainda assim, a maré de Boldores não parava. Pareciam ter infinitos deles, cada vez mais e mais, tão volumosos que chegaria a dar arrepio mesmo nas almas mais aventureiras.

Irritada com tantos inimigos, a Pokémon abriu sua boca e, dessa vez, dispersou um Poison Gas. A cortina de fumaça venenosa tomou conta do local, sendo deixada para trás conforme saltavam uma fileira de cristais: muito bem coordenado, o jovem saltou da ponta de um para outro, para um terceiro e, só então, pendurou-se com um único braço em um dos pontiagudos. Lá atrás, o gás arroxeado ainda cobria a visão infernal dos diversos Boldores. Infelizmente, apesar da manobra até então bem realizada, a ponta do cristal rompeu-se com o toque do traje e fez com que despencassem de uma altura consideravel. Juntos, rolaram no chão, deslizando sobre alguns outros minérios e levando a ponta de outros consigo.

O toque gélido do chão fundiu-se ao frustrante amargo da falha. Ao longe, os passinhos do Boldores continuavam.

40 minutos.

— Não… merda…

Observou o ambiente ao redor. A queda brusca havia ralado algumas partes do exoesqueleto e ainda sentia um pontiagudo de um dos cristais que haviam se fincado em seu ombro. Fechou os olhos para tentar concentrar-se naquilo que podia enxergar nas coordenadas projetadas — estava mais próximo de X e, pelo visto, não havia nenhum outro percurso Y pelo qual pudesse percorrer. A matriz do Z, entretanto…

Precedido pelos sons de passos, o grupo de Boldores descendeu dos cristais acima como uma nuvem de vespas. Suas patinhas brilharam ao refletir a mais mínima das iluminações, embora o céu não estivesse nem perto de estar claro. Suas pinças miravam o grupo mais abaixo e, embora Salandit tenha se preparado para lançar mais séries de seu Incinerate, foi tirada do caminho pelo seu aliado. As criaturas gélidas pousaram pesadamente no solo gerando fissuras no local que anteriormente a dupla se posicionava, a miríade de seus corpos caindo uns sobre os outros, rolando pelos cristais e perseguindo-os com feições aterrorizantes. A maioria preparava seus Poison Jab, mas também havia os que em breve avançariam com um Slash.

Um dos que encontravam-se na retaguarda do grupo lançou cacos de gelo roxo com seu Ice Shard, realizando cortes diretamente no rosto do rapaz que não respondeu a tempo de tampá-lo. Obrigado a fechar os olhos após ser atingido, ouviu o som dos Boldores se aproximando, combatendo o crepitar das chamas do Incinerate. A Pokémon encontrava-se visivelmente exasperada. Tampando o rosto e vislumbrando apenas o chão crisálido refletindo as labaredas roxas da salamandra, perguntas começaram a pipocar em seu consciente. Buscou pelas fissuras realizadas no solo pelo peso das criaturas caindo umas após as outras… talvez…

— Mire… o… chão…

A Salandit virou-se para trás, cessando o fogo. Um Boldore aproveitou-se disso para atingí-la com um Ice Shard, conforme o segundo já conseguia um rasgo em suas costas com Slash. Distante, um grupo de Power Gem aproximava-se com um brilho púrpuro servindo como o arauto de um momento mortífero. A criaturinha, mesmo sem confiar muito, mirou o chão. E então despejou suas chamas. O cristal que formava o solo abaixo começou a derreter e um desnivelamento teve início — ambos foram entrando para o subsolo, conforme um sorriso surgia no rosto do rapaz que abraçou-se à criatura em queda livre, observando os Boldores seguí-los, caindo uns após os outros.

[CP] ► installing drivers MOSHED-2022-3-23-21-42-52

Adentraram túneis subterrâneos gélidos consumidos por cristais de todos os lados. Acima, a crisálida voltava a se reformar…

Bem, agora precisavam se preocupar com a queda livre.
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Re: [CP] ► installing drivers

Mensagem por Protocol v12 Sáb Mar 26, 2022 1:08 am

camuflagem



Episódio 5

50%


Agarrar-se num daqueles critais de gelo logo durante a queda pareceu a melhor opção. É claro, antes do resultado acontecer.

Fato é: o minério arroxeado desfez-se em estilhaços assim que chocou-se contra o chão e a dupla muito pouco pôde contar com isso para absorver o dano da queda. Ao lado, a Salandit, mestre em evitar grandes alturas, caiu sobre o peito do rapaz que, em parte gravemente ferido, não conseguiu sequer levantar-se. Do teto, pelo buraco que já havia se fechado, alguns Boldores demonstravam maestria em escalada a partir do momento em que encontravam paredes cristalizadas para prender suas pinças gélidas e descer vagarosamente. Diante de seus olhos, o visor projetava as áreas mais danificadas ao longo de seu corpo: antebraço esquerdo, a perna direita e parte da cervical. Sentiu uma dor excruciante ao tentar levantar-se vendo que os inimigos estavam cada vez mais próximos.

Observou os arredores, tentando não deixar o desespero tomar conta.

35 minutos.

Arrastou-se de maneira frustrante, com o sangue descendo pelas laterais da boca. Seu olho direito desfocou por alguns instantes conforme insistia nessa movimentação pífia, e ouviu quando, mais atrás, a Salandit lutava para afastar aqueles Boldores restantes com algumas baforadas de Incinerate. As chamas púrpuras casavam perfeitamente com a coloração dos cristais gélidos ao redor. Na tela, apareceu um aviso. Ao lado dos 33 minutos restantes, havia a possibilidade de injetar adrenalina direto na corrente sanguínea para que pudesse, ao menos, suportar a dor e, quem sabe, ter um novo pique de fôlego. Sem pensar muito, apenas focou nas coordenadas no canto superior da tela. Pelo que parece, estava mais perto do que nunca… mas por qual motivo não havia nada ali embaixo?

Os cristais seriam a resposta?

— Injete… — um clarão púrpuro vindo de trás denotava que a Salandit havia incinerado mais um oponente.

Não sabia se era preciso vociferar a ordem para tal mas o fez da mesma forma. Sentiu quando sua visão tornou-se mais focada — as pupilas dilataram, os batimentos cardíacos tornaram-se mais audíveis conforme a vasodilatação era realizada para um fluxo sanguíneo mais efetivo. Seus dedos arranharam o chão gélido abaixo, as unhas forçando-se a ponto de quase soltarem-se da carne mas, ainda assim, teve forças para manter-se de joelhos. Vislumbrou a carga do traje sendo reduzida drasticamente em troco daquele pique de adrenalina. De 35 minutos, o seu tempo restante agora era de 12 minutos.

Tum dum, tum dum

Os sons de seus batimentos tornavam-se tão altos que sequer dava agora para ouvir os grunhidos da Salandit mais atrás. Sem saber para onde ir, apenas caminhou, ainda que tentasse correr. Tropeçou uma ou duas vezes, observou a trilha de sangue que deixava para trás vindo da perna que mais arrastava do que andava de fato e ergueu uma mão adiante. Tentou visualizar algo — uma luz, um cristal especial, uma área em que a temperatura fosse mais elevada… mas nada. Ainda assim, as coordenadas o enviaram para ali. Começou a praguejar contra si mesmo — como havia confiado numa tecnologia que sequer conhecia ao certo? Esse tempo todo, todo o trajeto realizado, foi para que apenas morresse de maneira medíocre, afinal? Talvez a coordenada e o sinal nunca tivessem nenhuma ligação, para início de conversa.

Então, em meio a pensamentos nefastos, sua mão tocou algo. Um toque metálico, frio. Mas não havia nada lá.

Gradativamente, a partir de onde tocou, uma superfície metálica foi ganhando forma. Negra como o seu próprio traje, a parte lateral da nave foi sendo descoberta lentamente de sua camuflagem perfeita, expondo-se de forma tímida até, como se há muito não estivesse acostumada com isso. Os circuitos, apagados, eram tomados por crostas de gelo e nascentes daquele mesmo minério cristalino ao redor. As janelas completamente borradas pelas camadas gélidas impossibilitavam que enxergasse qualquer detalhe interior daquela nau tecnológica. Seus olhos talvez estivessem prestes a se arregalar diante da descoberta — mas a adrenalina apenas o fazia manter-se cada vez mais e mais atento ao que ocorria ao redor.

9 minutos.

[CP] ► installing drivers Ship-post
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Re: [CP] ► installing drivers

Mensagem por Protocol v12 Sáb Mar 26, 2022 1:08 am

camuflagem



Episódio 5

100%


Tateou aquele exterior frio e revestido por placas de material desconhecido, tirando crostas de cristais que cobriam certas regiões. Com muito cuidado, conseguiu finalmente chegar na parte traseira, dotada de duas grandes placas circulares. No centro, um painel: a princípio, tentou digitar algo, mas não havia nada. Em seu próprio traje, diversas informações pipocavam diante dos olhos, mas nenhuma delas podia ser lida devido à velocidade com que subiam e, além disso, estava arfando demais para sequer ligar para tal. Vindo de trás, ouviu um gemido da Salandit após uma explosão. Sem tempo para observar o que havia ocorrido, apenas pediu mentalmente para que não fosse um Power Gem.

4 minutos.

Sem paciência, socou o painel. Lentamente, ao aproximar sua mão inteira, seu punho foi se abrindo como se envolto por energia magnética. Em instantes, sua palma já estava tocando a superfície digital gélida.

Diante de seus olhos, haviam múltiplas funções. Sem tempo, apenas decidiu vociferar:

— ABRE! ABRIR! PORTA! ABRE! ENTRADA! SEI LÁ!

O painel fundiu-se com o material da nave rapidamente, como se engolido. De onde anteriormente deveria inserir a palma da mão para obter dados, abriu-se uma porta que recolheu-se para as laterais com um vuush. Uma escada foi ampliada até seus pés. Lá dentro, havia apenas a escuridão do mistério. Encaminhou-se para os primeiros degraus, a tempo de virar e descobrir que a salamandra estava tonta após receber um Slash. Um grupo de quatro Boldores se reunia ao redor da Pokémon, perfurando seu corpo com diversas de suas pinças, a bocas se aproximando como se pudessem digeri-la a esse ponto. Em seu visor, dados sobre a venenosa foram expostos: Estado Crítico.

Ao mentalizar ”retorne”. Do seu dedo indicador, uma iluminação avermelhada a encobriu e a recolheu para uma pequena esfera bicolor que estava guarnecida ali. Após o ato, o mesmo item se recolheu sozinho.

Os Boldores não entenderam o motivo pelo qual a presa tão dificilmente adquirida havia sumido e, dessa forma, guiaram-se pelo raio de luz avermelhado. Como de costume, decidiram andar cravando suas pinças no solo gélido, aproximando-se da entrada. Ordens para que fosse fechada foram dadas por parte do rapaz, mas não houve uma resposta imediata — ouviu sons de ranger vindo das portas e percebeu que o gelo havia, de certa maneira, danificado o mecanismo de fechamento após ter sido aberto. Com suas próprias mãos, tentou fechar a porta, mas percebeu que era inútil. No chão, engatinhou para dentro da nave, temendo que, talvez, não conseguisse defender-se sozinho das criaturas. Ainda tomado pela adrenalina, buscou um cilindro ao lado assim que conseguiu tateá-lo.

Tomado pela fúria, ergueu o objeto conforme as veias em seu pescoço e suas têmporas se tornavam ainda mais dilatadas.

— MORRAM! — depositou, com pressão, o cilindro sobre o primeiro Boldore que se aproximou. O item metálico, extremamente pesado, esmagou as patas dianteiras do Pokémon que, por reflexo, retrocedeu, mas já era tarde. Um segundo golpe o atingiu em cheio pela parte de cima, deixando apenas suas duas patinhas traseiras se moverem conforme o líquido púrpuro tomava conta do chão enegrecido. Um segundo deles escalou o cilindro que, embora fosse balançado, não o impedia de seguir adiante. Suas pinças arranhavam a superfície metálica mas, ao estar prestes a utilizar um Slash, acabou realizando um corte na parte exterior do objeto.

Uma massiva pressão de hidrogênio voou sobre a criatura em resposta. O Boldore foi lançado para trás e, ainda no ar, foi esmagado contra a parede pelo cilindro, seus restos mortais escorrendo de maneira patética conforme um outro, mais temeroso, tornou-se vítima. O cilindro foi arremessado sobre a criatura que, sem compreender muito o que ocorria, sequer teve tempo de resposta. Extremamente cansado, mas tomado pela pura adrenalina, o jovem retirou o cilindro manchado de sangue roxo de onde estava e, uma última vez, o girou sobre a cabeça, descendo sobre o Boldore. O forte gás que escapava objeto fez com que a criatura se afastasse, esquivando do possível dano fatal. O quadrúpede, diante de tantas perdas e notando ser o último, simplesmente bateu em retirada.

50 segundos. Largou a arma do massacre.

Tum dum, tum dum, tum dum…

Observou as próprias mãos que, agora, em câmera lenta, fechavam e abriam diante de seus olhos. Sentiu-se grogue. Soltou o cilindro de metal. Cambaleou em seu caminhar para dentro da nave, embora enxergasse muito pouco. Sabia que, se tivesse que optar pela visão noturna, mais de sua carga seria consumida para tal. Observou muitas portas ao longo do lugar. No centro, um tipo de buraco, desnivelado do restante do local. Sem notar muito onde pisava e sem saber ao certo para onde estava indo, as cenas da brutalidade acometida recentemente contra as criaturas passavam em sua mente como em flashes. Não apenas isso, mas agora memórias também rechaçavam sua visão.

Uma frota inteira de naves hexagonais, encouraçadas com aquele mesmo estilo — negras como a própria noite, traziam a escuridão sobre os céus. Estavam prestes a fazer com que a história ocorresse — tudo havia levado-os a esse momento, afinal, cada detalhe, cada plano havia sido erguido apenas para que esse dia, enfim, pudesse se concretizar. Contudo, disparos inesperados minguaram quaisquer esperanças que pudessem ter criado. Arregalou os olhos, mudando sua perspectiva diversas vezes para contemplar a cena — ao longe, nos céus, a fumaça subia dos motores de naves frontais. O som dos alarmes soavam de maneira urgente — eles seriam abatidos. Um por um.

Três…

Levou as mãos aos ouvidos, como se conseguisse puxar as memórias e as dores por eles e retirá-los de si. Sem querer, tropeçou em algo.

Dois…

Sentiu quando seu corpo caiu sobre algo. Ouviu um som: seu traje sinalizava que a bateria encontrava-se em níveis críticos. Hibernação foi cortada das possibilidades — ao invés disso, leu que a dose letal seria aplicada. Perda total.

Um.
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Re: [CP] ► installing drivers

Mensagem por Protocol v12 Sáb Mar 26, 2022 2:38 am

M.I.R.A



Episódio 6

40%


Consumir.

A dor invadiu todos os seus sentidos. Viu-se sozinho, como de costume, mas precisava sobreviver a qualquer custo. Tentou puxar a própria pele, retirá-la apenas para notar a parte inferior escarlate, bem como os músculos entre os ossos sendo sustentados como bem deveria ser. Contudo, em breve, não mais permaneceriam ali — fincou seus dentes com voracidade, procurando descascar cada parte de seu ser. Os pequenos componentes de sua existência clamavam por mais — cada neurônio, cada célula, cada batimento cardíaco… em breve, tudo seria consumido pela sua própria vontade. Contudo, algo lhe chamou atenção. O silêncio deu espaço para um curto murmuro por um breve período — imaginou ser apenas imaginação e prosseguiu arrancando suas próprias têmporas. Ouviu o som novamente.

E de novo.

Uma música? Alguém cantarolando? Alguém…



A melodia lhe trouxe de volta ao momento. Moveu-se, mas haviam cabos se prendendo a diversas regiões de seu corpo: cotovelos, joelhos, pescoço e peito eram as regiões principais. Junto disso, também notou como não encontrava-se em um espaço desocupado — por onde conseguia esticar seu braço, sentia um líquido dando passagem, conforme borbulhas subiam lentamente. Em sua face, um canal de oxigênio era mantido ao longo de um tubo acoplado à boca e nariz. Seus olhos vasculharam os arredores, encontrando apenas uma região azulada. De certa forma, haviam diversos dados ao longe, algumas telas abertas e, é claro, uma figura grande o suficiente — ainda que de costas — para perguntar a si próprio se estava sob perigo novamente. Mas aquele cântico… tão sereno… sentia-se, de certa forma, em casa.

Mas o horizonte desse lugar refletia um infinito. Um azul que mesclava-se com a própria escuridão e… dados… informações… um fluxo inteiro de mecanismos complexos.

Tentando nadar, investiu na tentativa de aproximar-se da figura feminina. Dessa forma, descobriu que havia uma película mantendo-lhe dentro daquele líquido. Uma parede…? Concluiu que, na realidade, encontrava-se dentro de um cilindro aquoso com tubos infiltrados em seu corpo. Depois de um tempo, percebeu que não vestia o traje — a ausência daquele tecido negro sobre sua pele trouxe uma sensação de nudez completa. Podia ver a pele de seu braço, suas pernas, seu tórax… tudo. Tocou o próprio ombro, sentindo a pele, algo completamente novo. Um alívio tomou conta de seu corpo conforme seus olhos foram fechando-se novamente…

Não!

Ele não podia dormir. Da última vez, estava sob perigo. Além disso, seu sistema havia dito sobre aplicar uma dose letal. Sem mais, decidiu colidir seus punhos fechados contra a pare… — shhhh, nada disso.

 Como se sempre tivesse virada de frente para o rapaz aprisionado, a enorme figura de cabelos azuis aproximou seu dedo da parede que os dividia. A diferença de tamanho era notável — o dedo da mulher possuía uma textura diferente, como se pudesse a qualquer instante entrar em colapso, como pixeis que formam uma imagem com certa dificuldade. Seus olhos completamente negros sorriam junto de seus lábios para o entubado. Começou a falar e, então, ficou claro que sua voz ecoava dentro da cabeça do jovem.

— Deu muito trabalho te manter aí. Estava precisando descansar, não? Então aproveite. — Colocou a mão sobre o queixo, analisando o corpo do menor. Por alguns instantes, a diferença de tamanho fez com que o jovem se sentisse envergonhado e, dessa maneira, levou ambas as mãos para cobrir suas partes íntimas. — Você é tão interessante… estava animada para conhecê-lo. Foram… 22 anos de espera, se minhas contas não estão erradas. — Aqueles olhos… pareciam saber a resposta para qualquer segredo. Qualquer pergunta. Fixou-se neles.

Espera, 22 anos?

Bolhas subiram das laterais do tubo de oxigênio. Tocou o vidro novamente.

— Ah, estou sendo apenas performática para que nosso primeiro contato tenha o mínimo de carisma. Interações são a base das relações, não? Eu na realidade esqueço que, desse lado daí, os anos são mais do que números. Pra mim, são só alguns cálculos, sendo mais exata. Oh, não mexa aí, você pode acabar corrompendo a placa dianteira superior AM384K. — Sorriu ao observá-lo tentar arrancar o cabo de seu peito com ambas as mãos, ato que foi quase que instantaneamente parado. — Vamos, seus cartões de memória estão danificados, bem, na verdade, eles derreteram por algum ácido. Foram oxidados e, depois, decompostos. Por onde esteve? Não há como restaurá-los dessa maneira, então nem pude acessá-los para saber o que aconteceu de fato.

O pântano… talvez o lugar realmente tenha sido tóxico para seu traje, então.

— Você pode falar comigo, bobinho. Apenas tenha calma e pense numa pergunta.

Hesitou e, na sequência, tentou mentalizar algo.

— Q-Quem é você? — Sua voz parecia mais insegura do que havia planejado em seu próprio consciente.

— Sou M.I.R.A, o Modelo de Inteligência Remota Aural. Criada para ser a BIOS dessa Cápsula. Simplificando, sou o Sistema Básico de Entrada e Saída, portanto, responsável pela execução de tarefas cruciais, como o reconhecimento dos hardwares instalados, manutenção interna e a inicialização do sistema operacional. Você é, no caso, a Porta desse querido construto, portanto, o que o faz funcionar e conecta hardware com software — principalmente eu. Enquanto não estava aqui, eu não poderia simplesmente agir sozinha, entende? Mas ainda assim não chega a ser um Administra

— Qual é o meu nome? De onde eu venho? Quem eu sou? O que devo fazer? Por qual motivo estou aqui?

Mira levantou uma sobrancelha. Parece que teria mais trabalho do que imaginava.
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Re: [CP] ► installing drivers

Mensagem por Protocol v12 Seg Mar 28, 2022 8:39 pm

m.i.r.a



Episódio 6

70%


— Quantas perguntas. Se eu tivesse matéria orgânica talvez meu cérebro estivesse derretendo agora — sorriu de canto. — Vamos por partes, sim? Sequencialmente, como binários que formam minhas funções.

Seu dedo deslizou adiante, movendo uma tela digital que posicionou-se entre ambos os personagens. Os dados surgiram sobre o traje do rapaz e, logo mais acima, uma palavra escreveu-se rapidamente: Protocol v12. Ela sorriu conforme moveu mais algumas informações ao redor da imagem e lentamente foi as organizando com algumas linhas avermelhadas pixeladas responsáveis por interligar cada parte dos dizeres.

— Você é o Protocolo de Número 12. O último, na verdade, de uma série de experimentos feitos pela empresa de segurança nacional E.V.O, ainda em Malgrax. — As respostas vieram de maneira tão sutil como se simplesmente fossem perguntas tolas de criança sendo sanadas. Moveu sua mão para a esquerda e novas informações apareceram na tela. — Digamos que você foi criado com a função de ser levado a um ponto do mapa que já não existe mais em nossas coordenadas. Esse ponto foi apagado. Em outras palavras, fomos atacados no momento em que mais precisávamos agir… traídos, pelo que posso supor.

O rapaz, então nomeado simplesmente de Protocol v12, levou uma mão à cabeça. Lembrou-se de quando aqueles lasers lhe atingiram por todos os lados. Um fracasso descomunal. Mas como ele não conseguia, ainda assim, lembrar-se de tudo? Havia um sentimento misturado… como se tivesse esquecido o que sequer significava ter uma emoção para tal ocorrido.

— Nem tudo me foi passado. Acredito que muito tenha se perdido nesse ataque, dados apagados… gerou-se uma medida de contenção para que os danos fossem reduzidos. Por conta disso, a maioria já não existe mais. Isso foi há aproximadamente… hm… deixe-me ver — dedilhou a tela, deslizando para cima, baixo, clicando duas vezes… — Ah! Sim, há 10 anos atrás. Interessante, não?

O jovem tentou abrir sua boca para continuar as perguntas, mas foi interrompido quando borbulhas saíram pelas laterais do tubo. Lembrou-se que precisava mentalizar.

— Sua Cápsula deve ter sido a mais focada de todas. Para que esteja aqui, nessas condições, deixe-me ver… — um globo ganhou forma no espaço presente entre as palmas de suas mãos. — Estamos no lugar conhecido como Corrupção Cristalina… para que você tenha ativado as coordenadas de emergência, deveria estar a alguns quilômetros de proximidade num raio de…

— Pântano Abissal. — Respondeu mentalmente.

— Ah, agora entendo. Bem, talvez tenham pensado que você seria decomposto pelas toxinas de lá. Certamente nenhum dos outros Protocolos teria sobrevivido a isso… deve significar que, realmente, a progressão entre os experimentos foi se tornando incrível com o passar dos anos. Você realmente não consegue se lembrar de nada antes do acidente?

Lasers. Disparos. Uma sensação de fracasso… e muitas, muitas dessas… cápsulas

— Entendo. — Exasperou-se quando percebeu que ela havia lido seus pensamentos. — De toda forma, não posso restaurar as suas partes orgânicas que foram consumidas, sinto muito, se é que se importa. Bem, daqui pra frente, já não existe mais nenhum tipo de plano para os protocolos, visto que tudo o que ocorreu foi varrido para debaixo do tapete. Durante todas essas décadas, estive inerte em um fluxo de dados quase que infinito, desativada, mas absorvendo a informação conforme os anos se passaram. O que você fará de agora em diante? — A pergunta ribombou como um tambor apocalíptico. Ele não esperava tal indagação, nem possuía uma resposta pronta. — A chance de poder viver do zero com um Exoesqueleto extremamente bem desenvolvido… cara, que sorte!

— Espere. Você falou sobre outros Protocolos. Existem… doze? — Ela assentiu. — Eles… morreram?

Ela levou um dedo ao queixo, tornando seu semblante pensativo.

— Hm… são informações confidenciais criptografadas, Dúzia...

— E tudo o que disse anteriormente não era?

Ela sorriu.

— Bem, tem uma condição. Posso contar sobre os Protocolos, mas você deve ser fiel com sua palavra: sabe, essa nave tem toda a tecnologia que preciso, mas sinto que o mundo lá fora me chama, entende? Podemos ter uma aliança. Você no mundo material e eu no digital… que dupla! — Levou ambos os braços atrás da cabeça, expondo seus seios. V12 ignorou os pensamentos que surgiram a respeito da visão. — Como sou remota, posso ser instalada em algum aparelho móvel e levada por aí. A melhor opção seria seu traje — o seu dedo apontou para o centro do peito do rapaz.

Ele ainda não entendia.

— Me levando para todos os lugares… eu poderia ser a sua BIOS! Imagine? Operando manutenções, obedecendo ordens… que experiência incrível… — mordiscou a ponta do dedo.

— Não sei. Você não pode ficar dentro daquelas bolas que nem os bichos que aparecem?

A feição da mulher se desfez.

— Isso é uma ofensa das grandes. Eu não sou uma Pokémon!

— Uma o que?

— Francamente… teremos muitas aulas pela frente. Faça como quiser, talvez seu traje ainda não esteja pronto para me receber, de qualquer forma. Mas ainda há outra opção. Posso me compactar, então, quando encontrar algum hardware interessante, pode me acoplar a ele. Acredite, sou muito rápida em me adaptar a qualquer tipo de placa mãe e memórias. Posso melhorar a funcionalidade de tudo que eu tocar.

A mulher juntou suas mãos e as abriu lentamente, mostrando uma orbe de pura energia no centro. Quase como um buraco negro rodeado por uma película azul que, lentamente, era sugado para o seu interior.

[CP] ► installing drivers 09302bb5c506164ba539ff36f82929f1

— Primeiro as informações.

— Ora, ora… como é exigente. Muito bem, vamos conhecer os seus irmãos.

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Re: [CP] ► installing drivers

Mensagem por Protocol v12 Ter Mar 29, 2022 1:13 am

m.i.r.a



Episódio 6

100%


— Primeiro, devo dizer que cada um dos protocolos estabelecidos possui uma singularidade em comum. Muito foi feito até que, por fim, chegassem ao aprimoramento da ideia. Nem todos melhoraram das versões anteriores, alguns só são testes… inovadores que, posteriormente, não tiveram um funcionamento tão bem quanto o esperado.



“O mais fácil de rastrear, sem dúvidas, foi o Protocol v3, popularmente conhecido como Titânico. Não foi muito difícil de conseguir informações sobre ele, já que parece utilizar da sua tecnologia para rápidas construções, mecanizações, tudo com ampla criatividade. Digamos que ele seja um pouco defasado demais para conseguir ocultar seus rastros modificadores, ainda que em Atomia. Os confrontos entre robôs de lá é onde fez do seu nome um tipo de lenda local, não demorou muito para que se tornasse famoso e, portanto, atingisse o Rank C. As arenas sempre estão clamando pelo seu nome.“

— Talvez se não fosse de Atomia, tivesse um pouco mais de atenção. Pobrezinho… um Rank B, talvez?

As informações mal conseguiram ser digeridas pelo rapaz. Balançou sua cabeça algumas vezes, observando aqueles tubos se movendo em sinergia.

— O que são esses termos? Ranks, Atomia?

Ela apenas balançou a cabeça negativamente.

— Bem, como eu ia dizendo… seus feitos são bem reconhecidos em Atomia. É uma figura importante, perceba: vocês não são seres humanos comuns, portanto, conseguem tirar vantagem disso muito facilmente sempre que demonstrarem seus talentos criados para outros usos. O Titânico, de um grande potencial em criar e recriar hardwares como um dos potenciais melhores engenheiros nacionais, decidiu usar sua criatividade no ringue. Tocante, eu diria… inclusive, adoro a batalha dele contra o Escapelador! Assisti boas vezes.

— Me respon…

— Próximo!



“Protocolo v7. Esse daqui quase passou despercebido, mas seus atos deixam um rastro fácil para seguir. Conhecido por ser o Sniper da atual Liga, recebe também outros títulos, como Caçador de Recompensas, Predador e até mesmo Disparo Certeiro. Ele procura potenciais treinadores para caçar suas insígneas e confiscar seus ranques e, em alguns casos, apostando até mesmo Pokémon. Contudo, seus atos são extremamente violentos e, por conta de alguns últimos ocorridos, acabou tornando-se um foragido. Sua cabeça está a prêmio para quem entregá-lo à, preste bastante atenção, E.V.O. Sua especialidade é, sem dúvidas a de conseguir rastrear ao mesmo tempo em que pode se ocultar como ninguém.”

— Extremamente perigoso. Antes de ser dado como um foragido, tinha conquistado o Rank A. Dizem que diversas de suas vítimas nunca foram sequer encontradas e hoje são dadas como simplesmente desaparecidas. Ah a propósito, com ele, um tiro sempre será fatal, e não há como se esconder de sua mira. É o que dizem, não sei de nada.

— Isso não é… errado?

— Alguns de vocês utilizam de suas singularidades para viver suas vidas, outros, para complicar a vida dos demais. Não é por serem protocolos que devam agir da mesma forma, como eu já disse, o plano inicial falhou. O que resta agora é aproveitar o que restou, sim? — Passou a mão pela tela novamente, deslizando-a para a esquerda. — Ora… essa é um caso interessante.



“Só consegui rastreá-la recentemente, de tão complexa. Ainda não entendo qual a sua singularidade, mas… os dados batem com os da Protocolo v9. Ao que parece, possui diversas filiais de sua rede de casas noturnas ao longo de muitas cidades. Algo que iniciou apenas nas grandes metrópoles já se expandiu até mesmo para versões mais softs, como em Ylium e até mesmo Limford. Essas casas são denominadas de Sakura no Mai e têm crescido muito atualmente. Mesmo sem um nome, seu título muda constantemente, não tenho informações o suficiente, sabe? Dama das Pétalas, Cerejeira da Noite… ainda assim, pela forma como se estabelece entre o mundo dos Magnatas, talvez tenha um renome a nível de Rank A.”

— O que posso acrescentar… bem, pelo que pesquisei a respeito dessas casas noturnas, o motivo pelo qual cresceram no mercado provavelmente é pela singularidade do que oferecem lá. Algo como um inebriante, uma espécie de bebida da casa que se tornou famosa. Pelo visto carrega o mesmo nome do estabelecimento, que original…

Ela soltou um suspiro, embora seus lábios não se movessem.

— Misteriosa, não? Bem, isso, por enquanto, é tudo.

— Espere, e os outros… 8?

— Como eu disse, não é tão fácil encontrar os seus ideais assim. Esses foram sofridos, ok? — Resmungou. — E também, daqui de dentro, foi o que consegui filtrar. Ah, e também encontrei algo a respeito de um tal de Renascimento… mas não consegui desenvolver mais nada a respeito. Como disse, preciso ter contato com o mundo lá fora, a rede nem sempre capta o que estão falando no momento. Quantos anos devo estar desatualizada? Que terror…

O rapaz tornou-se pensativo.

— Estou com preguiça de ler seus pensamentos dessa vez. O que foi?

— Todos eles possuem títulos, não nomes. — Pontuou. — Talvez eles passem pelo mesmo que eu, ou ao menos sintam na pele. Não possuir um nome, ser jogado ao mundo de qualquer forma, sem… nada? Sem convicções. Mira, qual é o meu nome?

— Protocolos não precisam de nome, Dúzia. São apenas protocolos.

— Entendo…

Um momento silencioso.

— Já decidiu o que fazer daqui pra frente? Por favor, não peça para ficar aqui pela eternidade…

— Eu irei atrás dos outros como eu. Eles… devem ter respostas. Protocolos, não é? Bem, eu posso criar meu próprio nome, se for o caso.

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Re: [CP] ► installing drivers

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