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[CL] — finesse.

Mensagem por L.L Sex Abr 24, 2020 12:30 am

Objetivos

  • Conseguir um contato de negócios inicial;
  • Iniciar o desenvolvimento da personalidade da Amadee;
  • Conseguir alguma oportunidade de ser contratada por alguma empresa no setor de finanças.




L.L
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Re: [CL] — finesse.

Mensagem por L.L Sáb Abr 25, 2020 1:27 am

Finesse
Dei uma longa tragada em meu cachimbo observando a vista repleta de tons instáveis entre o azul e violeta ao longo das construções detroyanas. Suspirei profundamente sentindo o fumo ganhar espaço em meus pulmões, deixando aquela sensação ínfima de satisfação tomar conta de meus sentidos por uma fração de segundos antes de soltar a fumaça pelas narinas de maneira monótona.

Mais um dia iniciava-se em Detroya.

A cabine de elevador externa à área do prédio permitia-me vislumbrar toda aquela imensidão confusa de Detroya que, a qualquer um que nunca a tenha visto, talvez pareça mais uma guerra monstruosa entre luzes neon e realidades virtuais saltando de enormes telões presentes nas estruturas dos edifícios. Ao meu lado, de pé e mantendo os braços cruzados, apoiada com as costas no vidro, encontra-se Amadee pousando seu olhar incisivo sobre os detalhes relatados de maneira despretensiosa como sempre, imersa em seus próprios pensamentos enquanto sua enorme bocarra realizava um ínfimo movimento mais à esquerda numa reação natural da espécie.

— Está errada, petit — apoiei o cabo fino do cachimbo entre meus dedos e permaneci observando-a. Já estava acostumada a vê-la imersa em pensamentos que, no fim das contas, eram apenas projeções que construía sobre os meus, ou seja: reflexões sincronizadas ao longo de nossa convivência de um ano. — Hoje é um dia diferente. Todo amanhecer é senão um distinto do anterior. Não ouse despencar pelas nuances que te puxam para baixo desse elevador. Já se esqueceu? — O show de luzes lentamente tornou-se uma estranha lembrança recente da paisagem superior, dado que finalmente chegávamos ao térreo.

Quando as portas envidraçadas do elevador abriram-se, o fumo expelido pelo meu cachimbo espalhou-se desesperadamente no menor sinal de espaço, arrancando algumas tosses de moradores enfileirados que esperavam para adentrar a cabine.

— Nós estamos acima de tudo isso, mesmo desses tolos pensamentos. — Conforme meus passos teciam uma linha muito bem traçada rumando meu caminho, era possível ver as pessoas incomodadas com a fumaça que encobria-os mais atrás à medida em que a própria Mawile dava de ombros às minhas palavras naquela sua mesma postura desleixada de sempre.

Sem mais delongas, meus olhos focaram-se no grande caminho que abria-se adiante em forma de uma larga rua recheada de pessoas com vestes extremamente coloridas mas que, ainda assim, pendiam ao clichê neon violeta e azul de sempre. Ajustei meu quimono sobre os ombros, sentindo parte das engrenagens que construíam-nos, tal como algumas fibras responsáveis por moldar meu pescoço e, erguendo meu queixo, continuei a caminhada sem tempo para perceber se Amedee seguia-me ou não, ganhando cada vez mais distância de meu prédio, infiltrando-me pelas ruas como um ponto de amarelo-dourado por entre tantos que seguiam o mesmo fluxo.


Conforme minha imersão às ruas de Detroya sucedeu-se, tudo continuava a parecer extremamente sem cor ao meu redor, embora soubesse que apenas em minha perspectiva. O ambiente que cerca-me é cinza, como se apenas minha própria figura consiga de alguma maneira sobressair-se em meio ao saturado neon juntamente da combinação perfeita de cores com o caramelo-fraco pertencente ao fenótipo de Amedee. Fora isso, o tempo não importa: não sei quantos minutos demorei caminhando, quais ruas decidi virar ou quantos atalhos ingressei. Tudo torna-se apenas um cenário para que minha existência possa, de alguma forma, contemplar algum outro foco de cor chamativo.

Foi então que, em meio ao cinza, tudo tornou-se azul e púrpuro novamente com uma voz.

— Ei, mulher alta! Moça! — Até então, era fácil fingir que não tratava-se de minha pessoa. Quando tem-se dois metros de altura, é comum que refiram-se a você baseando-se nessa característica. Contudo, fiquei completamente estagnada assim que senti uma mão fechar-se numa das bainhas de meu kimono, na parte escura.

Amedee agiu de forma muito rápida. Pela minha visão periférica, observei a Pokémon cruzar o caminho de dois senhores, equilibrando-se em seus próprios pés enquanto encurtava a distância entre si e o ameaçador alvo responsável por segurar-me pela roupa.

— Pois não, petit? — de cima, a criança parecia realmente pequena. Como um simples borrão em meio à multidão que cercava-nos, extremamente miúda, mas dotada de olhos pertencentes a um gigante de tão esbugalhados: repletos de brilho, preenchidos por sonhos ainda não arrancado-lhes pelas mãos crescentes da fase adulta, fomentados na ausência de pertencimento àqueles mazelados pela falta de oportunidade. E frente à minha abordagem, Amedee parou.

— Nossa, você é grandona — comentou fazendo com que seus olhos fossem ainda mais preenchidos pelo verdadeiro brilho que Detroya nunca irá conseguir alcançar. — O que cê acha de uma batalha? Aqui mesmo?

A proposta chocou-me de princípio. Não que fosse algo incomum na atualidade, só nunca ocorreu-me de receber um convite de batalha tão de repente. Amedee pareceu ter ouvido mais longe, cruzou seus braços e soltou um longo suspiro ao virar a cabeça pro outro lado. Enquanto isso, limitei-me a, ainda do alto de toda minha postura liberar mais daquele fumo, dessa vez, pela boca, deixando-o ser levado pelas fortes correntezas de vento frígidas tão presentes no período da noite. A criança parecia quase próxima de explodir tamanha a expectativa gerada em cima do convite a mim feito.

— Mas é claro. Espero que seja um oponente formidável — em instantes, ainda puxando-me pelo quimono, ele guiou-me até uma área mais reservada, uma cruzada entre duas ruas com os sinais fechados, com algumas placas bloqueando o progresso do trânsito. Alguns grupos de adolescentes reuniam-se no ambiente, compenetrados em suas Pokédexes ou então filmando uns aos outros passando o tempo com seus Pokémon, seja em batalhas ou ostentando-os como objetos. Tomamos logo o centro de toda aquela encruzilhada, de forma que todos ao redor prenderam suas atenções no que estava por vir.

”Essa mulher parece ser tão estranha… vai lutar logo contra uma criancinha?”

”Que merda, atrapalhou nosso número de dança.”

”Aposto que é tudo uma encenação pro garotinho vencer…”

Num piscar de olhos, o garoto dono de cabelos castanhos encaracolados já havia liberado uma espécie de rato elétrico de sua Poké Ball. O Pikachu amaciou ambas as bochechas avermelhadas esféricas liberando uma série de faíscas enquanto colocava-se em posição quadrúpede para a batalha, balançando sua cauda em formato de raio finalizada como um coração — o que me fez crer que, na realidade, tratava-se de uma fêmea. Enquanto isso, num simples movimento com minha mão, Amedee retirou-se da multidão mais atrás dos cones que dividiam a rua e entrou em campo de batalha com pouco entusiasmo.

Os comentários sobre a bocarra da Pokémon permanecer enlaçada pelo cinto e cadeado vieram à tona rapidamente.

— Não subestime-o, Amedee. Já sabe como iniciar.

Quick Attack! — Ordenou o rapaz.

Foi muito rápido.

Isso porque foi Amedee quem golpeou a roedora. Numa utilização exemplar do seu Sucker Punch, a Mawile rodeou seu punho direito em uma energia escura e, saltando enquanto seu corpo era envolto num borrão devido à velocidade alcançada, conseguiu socar a elétrica num impacto forte o suficiente para derrubá-la no chão ali mesmo. A platéia ao redor prendeu a respiração no mesmo momento e o rosto de meu oponente foi tomado por um semblante de preocupação com sua Pokémon.

— Q-que que foi isso? — Atônito, tentava buscar palavras, mas logo balançou a cabeça negativamente e aprontou-se em uma ordem: —Neeyla, proveite a proximidade e use seu Thundershock!

De longe foi possível ver a estática reunindo-se ao redor da roedora antes de ser lançada com tudo em Amedee que ainda permanecia a uma curta distância. A steel-type pareceu mais sofrer pela proximidade do movimento do que pelo seu uso em si e recuou longos passos, mantendo um punho firme no chão enquanto esperava aquela eletricidade amarelada conduzida por seu corpo dissipar-se. No fim, percebi que algumas faíscas ainda saíam de suas articulações, deixando-a visivelmente com o status paralysis.

— Paciência, Amedee. — Anunciei.

Aquele treinador parecia saber muito bem conduzir sua Pikachu visto que, logo na sequência, ordenou que um outro Quick Attack fosse utilizado, aproveitando-se do estado atual da Mawile que foi impedida de reagir a tempo, sendo derrubada lateralmente quando as duas patas frontais da roedora a jogou após realizar longas corridas de zigue-zague pelo campo de batalha.

— Devolva com o Play Rough. — Ordenei.

Ainda que a Pikachu tivesse maior velocidade naquela situação, a proximidade de ambas fez com que Amedee conseguisse uma abertura e a segurasse pela cauda, arrastando-a pelo chão antes de chocá-la contra o asfalto no outro lado, levantando um misto de poeira em meio aos efeitos do movimento junto a umas silhuetas de estrelas conforme suas sombras chocavam-se em meio à fumaça gerada. De um lado, era possível ver a roedora tentando escapar das investidas brutais da Mawile que, ao desviar da cauda da oponente pela esquerda, conseguiu uma abertura perfeita ao impactá-la com ambas as mãos espalmadas naquela sua característica movimentação de artes marciais. Com o Play Rough finalizado, era possível ver estragos ao longo do corpo da electric-type.

— Sorte sua que ela conseguiu se mover mesmo paralisada, mas agora não vai ter tanta sorte assim! Espalhe-se pelo campo com Double Team! —Em questão de segundos, miragens daquela Pikachu espalharam-se pelo campo de batalha conforme sua movimentação ganhava mais e mais acréscimos, confundindo a percepção da Mawile com base em suas chances de evasiva.

— Espere o momento certo, Amed-

THUNDERSHOCK! — E todos os clones lançaram cargas elétricas contra minha Pokémon de uma vez só.

As descargas colidiram-se no ponto central com potência, embora as miragens ao longo do movimento fossem cessando e permanecesse apenas a original — a fonte do ataque — enquanto Amedee resistia num semblante doloroso ao ataque. Era visível o seu desconforto em meio à batalha e, pelo canto do olho, a Pokémon direcionou-me um olhar capaz de fazer-me entender o que passava no momento: ela detestava estar em batalhas e, se aquilo não se resolvesse logo, com certeza seria capaz de desistir do confronto. Ao redor, a platéia parecia se deliciar com a situação gravando vídeos e tirando fotos do sofrimento da Mawile.

— Agora, rápido, outro Thundersho-

— Acabou. — Um vulto saltou partindo do ponto inicial da Mawile, deixando sua imagem estática numa miragem para trás conforme seu punho envolto naquela mesma energia escura era responsável por afundar-se no rosto da Pikachu adversária, lançando-a aos pés de seu treinador. Ela tentou levantar-se ainda, mas parecia muito sem forças para tal.

— E-ei, Neeyla… — A Mawile aproximava-se cada vez mais da Pokémon, embora suas articulações visivelmente estivessem comprometidas pelo estado em que encontrava-se. Dava pra ver naquilo que a Pokémon não queria seguir no confronto, mas manteve a encenação perfeita, como uma vilã a ser derrotada em meio às câmeras. — Tudo bem, acabou. Você venceu, moça.

Os aplausos vieram rapidamente por parte da platéia, rechaçando-nos com o sabor da vitória. Devido à Mawile encontrar-se debilitada, retornei-a à sua esfera bicolor — ainda que ela não fosse fã de manter-se presa — e virei-me para os adolescentes que ainda estavam enviando parcelas de seus videos feitos sobre a batalha. Encarei-os com pouca simpatia enquanto dispersavam-se em grupos buscando novas atrações em cima do esforço alheio.

— Ei, moçona! Caraca, você lutou muito bem! Eu tava de olho na boca acorrentada dela, aí do nada surgiu pelo lado da Neeyla e puft! Aí depois eu, zum-

Abaixei em meus joelhos tentando manter uma distância menor entre nós dois, intimidando-o com minha aproximação e pausando sua fala. Agora, de perto, era possível observar profundamente seus olhos como um par de galáxias repletas de sonhos e desejos a serem pedidos. Em meio a essa imensidão tão pura e inocente, tive o vislumbre de um garoto franzino nas ruelas de Stalehelm Alfa pedindo por abrigo e vendendo seu próprio corpo a engenheiros que queriam testar funções de novas engrenagens e fibras ópticas. Duas realidades tão distintas e, ainda assim…

— Você quer enfrentar a Elite dos 4?

— Eu… quero! Eu vou ser um Mestre Pokémon, Campeão da Liga! — embora sua voz vacilasse um pouco tentando recuperar-se do susto, ele foi firme naquelas palavras.

— Certo, então vamos nos enfrentar novamente algum dia. Espero que até lá você consiga ser forte o suficiente para me vencer.

Levantei-me num supetão, observando a Poké Ball da Mawile em minhas mãos como se pudesse observar seus olhos mau humorados sobre mim como de costume. Guardei o cachimbo já sem fumo num bolso interno de minhas vestes e, quando estava prestes a deslocar-me para fora da encruzilhada, a criança puxou-me novamente.

— Você pode me dar… tipo, uma dica pra ficar forte que nem você?

— Seja você mesmo, petit. C'est tout. — Puxei sutilmente minha veste, afastando-o de meu encalce e seguindo meu caminho enquanto apoiava o chamativo chapéu sobre minha cabeça, escondendo em sombras minha perspectiva facial. Naqueles passos, com o farfalhar dos ventos bagunçando as fitas estampadas de meu kimono, segui rumo à conclusão de objetivos que ainda pairavam sobre minha cabeça desde o amanhecer.

Soteio de NPC


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Re: [CL] — finesse.

Mensagem por Balor Sáb Abr 25, 2020 9:01 am

  • Amedee recebeu 25 XP
    Saúde: 80%, Paralisia, mas se mantém firme.

  • L.L ganhou 31 Bitcoins

Eu estou fascinado de como sua narrativa serviu elegância, sutileza e ação, encaixou perfeitamente à personagem. A construção do cenário foi fabulosa também, desde a descrição da paisagem ao momento chave da batalha que, por falar nisso, parabenizo pelo modo como inseriu no contexto, tornando elas culturalmente difundidas pela região. Espero ver muito mais disso. Ademais, não que eu precisasse falar, mas os Bits já estão com a soma dos bônus de Magnata.
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Re: [CL] — finesse.

Mensagem por L.L Sáb Abr 25, 2020 6:50 pm

Finesse
— Francamente… — murmurei assim que vi no monitor presente na própria bandeja em que trazia a Poké Ball de Amedee acolchoada num confortável veludo cor de vinho uma taxa em Bitcoins sendo debitada de minha conta assim que inseri os meus dados de treinadora Pokémon. Ainda assim, mantive a compostura e não crispei os lábios, puxando delicadamente a esfera da Pokémon à minha posse antes de liberá-la dentro do recinto num feixe de luz azulado.

A Mawile observou-me com pouco entusiasmo, como quem ainda sente as dores da batalha anterior.

— Cheguei numa rápida conclusão, petit. — Arrumei o fumo dentro do cachimbo de forma que, quando o acendesse pelo seu botão digital, fosse incinerado de maneira correta afim de produzir a característica fumaça cor-de-ébano: um dos meus favoritos. Embora soubesse das diretrizes de não poder fumar dentro das imediações do estabelecimento, preparei o item apenas para que os sensores dos robôs ao redor ficassem atentos em mim pelo próximo movimento: tão previsíveis. — Se você não quer entrar em confrontos, irei atrás de um segundo agente para nossa equipe.

Amedee virou-se de supetão. Minhas palavras foram incisivas o suficiente para quebrar toda aquela sua defesa e a superioridade que sentia em ser a única pertencente ao meu time. Seus olhos fuzilaram-me tamanha a descrença sentida e, não obstante, fechou-os e virou o rosto novamente, como uma adolescente rebelde que não aceita perder em qualquer discussão ou cenário possível.

Ainda sentada no estofado acolchoado cor de vinho oferecido em meio às decorações do Centro Pokémon, ignorava notificações que apareciam a mim no meu perfil ao entrar no Dexit. A batalha anterior realizada na encruzilhada de duas ruas mais atrás tinha sido compartilhada por alguns perfis de treinadores responsáveis por gravá-la no momento. Por uma questão de curiosidade, decidi abrir uma das imagens: uma foto tirada justo no momento em que Amedee cravava seu punho fechado contra o rosto da Pikachu inimiga, contendo a seguinte legenda:

”Uma Mawile que se nega a usar o verdadeiro potencial ou obrigada pela sua dona a ficar assim? Quem é essa mulher tão enigmática?”

Estalei os lábios ao perceber o desconforto que isso causaria em Amedee caso a própria visse o comentário e, numa sequência de dois toques na tela digital com meu indicador, denunciei o comentário como spam, assim como fazia costumeiramente sempre que sentia necessidade. Grupos de treinadores irrompiam o Centro Pokémon como se não tivessem fim: muitos com suas criaturas gravemente feridas em seus colos, outros com Poké Balls reunidas em grandes bandejas, completamente desesperados, enquanto havia aqueles mais experientes que demonstravam frieza na robótica maneira de recuperá-los no local. E havia eu. A única que, após fechar o Dexit, prestava atenção no noticiário transmitido numa enorme tela logo sobre o balcão principal.

”Algumas autoridades já foram avisadas a respeito, mas ninguém parece ser capaz de capturá-lo de fato.”

”Ontem dois treinadores perderam-no de vista pela noite. Será que alguém irá conseguir parar o ato dessa criatura que continua a roubar fiações nas áreas residenciais do Centro?”

”Bem, talvez seja melhor deixar que a E.V.O cuide do caso, ou alguém pode acabar se machucando.”

”Pois é. E agora vamos mostrar o trecho de uma cantora misteriosa num bar de Limford, quanto talento!”

”Seu nome é Mallory, e ela…”

— Ótimo. Já temos o nosso próximo passo traçado, Amedee. — Retornei minha Pokédex em mãos e rapidamente entrei no aplicativo de transporte pago que seria responsável por levar-me até o destino almejado. A Mawile bufou, cruzou os braços e afundou as costas no sofá de canto acolchoado, mantendo um semblante mau humorado.


Desci do carro liberando pelos meus lábios entreabertos uma longa fumaça de coloração escura proveniente do cachimbo. Em meu encalce, Amedee demonstrava certo receio de estar numa área mais afastada do centro, conhecida por ser mais próxima do Setor Z, ou seja, o início da passagem de uma parte da grande megalópole a outra. A manhã ainda encontrava-se em seu ápice, portanto, era comum que as cores neon acabassem sendo ofuscadas pela iluminação solar durante o meio dia, com poucas partes comerciais da cidade abertas enquanto as residenciais permaneciam lotadas: pouco são aqueles que ousam sair de casa em Detroya durante a presença do sol.

— Com licença — abordei um homem que trajava uma jaqueta transparente de plástico com diversos adesivos neon nas costas. — Sabe me dizer se a criatura do noticiário realizou algum ataque recentemente por aqui?

Ele parecia pouco interessado na pergunta e deu de ombros.

”Pelo que sei, quem ‘tá fazendo isso daí são o povo do Setor Z, dona.”

Juntei uma informação a outra rapidamente. Como fui tão tola por acreditar que o noticiário seria transparente nas informações a respeito de uma região próxima do Setor Z?

— Agradeço pelo seu tempo. — Tornei a desfilar pela área residencial como se meus passos abrissem caminho por entre a imensidão púrpura e azul ao meu redor ainda que durante a luz do dia. Sem mais delongas, girei nos calcanhares, pronta pra retirar-me completamente frustrada da região quando tudo tornou-se escuro.

Digo, tudo mesmo.

Como se o dia tivesse virado noite, os tons neon enalteceram-se em meio à escuridão conforme a a luz do dia não mais interferia no momento que parecia durar horas. Atônita, lancei um olhar ao redor percebendo que as imediações realmente estavam cobertas pela noite e, quando concluí que talvez fosse uma larga nuvem nos céus, olhei para constatar e meus olhos contemplaram-se com a visão da parte inferior de uma espécie alada metálica cobrindo o sol com suas asas abertas dotada de detalhes escarlates. Com um piado metálico característico, foi responsável por impor sua presença conforme sua sombra englobando a área residencial diminuía conforme afastava-se mais do sol. Pela visão periférica, observei o terraço dos grandes prédios tomado por figuras realizando parkour, deixando apenas vultos para trás enquanto saltavam tubulações de residências e penduravam-se em elevadores de vidro externos.

— Parece que encontramos um meio-termo considerável, petit. — Sem pressa e muito menos exasperada, tracei meus passos coberta de serenidade conforme minha mente esforçava-se em prol de um plano tal como as engrenagens de meu corpo mantinham-se em funcionamento.

O trajeto foi demorado, o que deixava Amedee ainda mais mergulhada em seu mau humor. Contudo, quando chegamos diante do estabelecimento que procurávamos, o frescor do ar-condicionado logo no salão principal contemplou-a com o ar refrigerado que precisava, servindo como uma recompensa após tanto caminhar. Entretanto, meu corpo não demonstrava o menor dos cansaços: estava mesmo determinada a obter aquilo que havia vindo atrás. Aproximei-me do elevador do estacionamento vertical e digitei o andar 67º. O último. Após isso, adentramos a cabine e ficamos na mesma postura de sempre: ela de braços cruzados enquanto eu mantinha o cotovelo do meu esquerdo apoiado sobre o ante-braço direito na horizontal debaixo de meus seios. Entre nós havia uma mulher franzina de óculos redondos e jaleco preto que parecia um tanto intimidada com nossa presença.

Quando passamos do 30º andar, a vista lá fora era tomada por nuvens que também acabam servindo de palco para a projeção de propagandas e grandes letreiros da metrópole. Contudo, era algo ainda mais interessante que chamava-me a atenção: uma silhueta alada por entre as nuvens, um tanto perdida em meio às suas movimentações, realizando acrobacias aéreas perigosas e mergulhando no paradísiaco mar níveo abaixo de si conforme seu fenótipo metálico refletia também as luzes neon projetadas pela parte superior dos edifícios. Amedee pareceu surpreender-se ao encontrar a criatura por ali, como se, no fundo, quisesse perguntar como eu havia sido capaz de adivinhar o local que ela estaria direcionando-se.

— Falta pouco. — Afirmei.

A mulher de jaleco aprumou-se e, assim que paramos no andar 48º, abriu espaço em meio ao estacionamento adiante como se dependesse mais disso do que até mesmo de respirar, contudo, sua pressa foi tanta que acabou deixando o salto na cabine e, antes que pudesse perceber para recuperá-la, a porta do elevador já havia fechado-se e continuado o caminho de subida. Arrumei meu chapéu assim que novamente passamos por uma área externa da edificação, posicionada entre os estacionamentos, momento em que pude notar uma descarga elétrica das fortes vindo do alto de um prédio acertar as costas da ave metálica que respondia com um lufar de ares após bater suas asas avermelhadas.

Amedee não entendia nada.

Decorridos alguns minutos, devido à velocidade do elevador, logo já estávamos no andar pretendido: o último. O terreno agraciou-nos com uma das maiores vistas daquele lado de Detroya conforme os ventos fustigavam o laço responsável por ajustar e prender meu quimono. Aproximei-me cada vez mais da borda do terraço, saboreando uma longa tragada em meu cachimbo e prendendo o fumo em meu interior conforme realizava uma contagem mental a respeito do tempo que levaria para que, então, finalmente chegássemos.

— É, chegamos.

A criatura irrompeu as nuvens com suas asas, cortando-as e deixando uma listra dessas por onde passava, resplandescendo em meio às projeções de neon vindas dos prédios ao redor e girando em seu próprio eixo, demonstrando as feridas em ranhuras na sua armadura metálicas conforme buscava um porto seguro em que pudesse pousar. E no momento, o que encontrou foi o terraço em que estávamos, caindo lateralmente conforme seu corpo ainda sofria espasmos devido às descargas elétricas recebidas. Em sua boca? Diversos fios de cobre e fibras ópticas roubadas, enquanto seu maxilar contava com alguns pontos de coloração mais escuros nos locais em que aquelas extremidades haviam entrado em curto.

— Diga-me, ave metálica: o que acha que vai te render continuar a aceitar ser utilizada numa situação tão degradante como essa? — soltei as palavras num longo suspiro envolto pelo fumo liberado através dos lábios carnudos semi-abertos. — Mais um dia de vida? A possibilidade de ter algum lugar pra dormir sem ser perturbado?

O Skarmory titubeou algo em seu próprio idioma, fez menção de levantar mas logo deitou-se novamente, completamente estarrecido pelas estáticas difundidas ao longo de seu corpo.

— Eu moro aqui há muito tempo e já vi outros que vieram antes de você serem usados da mesma forma em prol de um benefício tão… patético. — Lembrei do momento em que era eu e ela em papéis que agora eu e Amedee desempenhamos. Na época, eu tão confusa e inocente, sequer conseguia entender o que se tratava aquilo tudo acontecendo com o pobre Magneton. Dois anos depois, também não conseguia acreditar como o pequeno Noibat se subemetia a condições tão desfavoráveis. Agora, como adulta, entendo perfeitamente bem tendo em vista aquele mesmo menino que vagava pelas ruas de Stalehelm Alfa. — Você tem um direito que é somente seu: o da vida. E negociá-lo não é uma opção.

O forte piado da criatura ganhou força conforme num único brandir de asas foi capaz de levantar-se e impor-se em minha direção conforme todo o seu corpo brilhava em tons férreos num uso de Steel Wing. Não movi sequer um músculo senão os necessários para dar uma suave tragada no cachimbo enquanto observava Amedee desempenhar uma exímia defesa lançando-se à frente e chocando sua testa em mesmos tons num Iron Head contra a desenvoltura da criatura que, já afetada, não conseguiu força o suficiente naquele ataque afim de atravessar a dual-type. Ambos chocaram-se, levantando uma nuvem de poeira, contudo, foi a criatura alada quem levou a pior e recuou arrastando suas asas no chão, fazendo com que faíscas saltassem daquele contato até que finalmente mantivesse-se sentada, arfando.

Os fios e fibras em sua boca? Mastigados e engolidos. O roubo não foi bem sucedido.

— Nesse estado e ainda tem forças para lutar? Sou uma Treinadora Pokémon, meu caro, mas antes de tudo uma verdadeira negociante. E quem sabe não podemos negociar a sua contratação em minha equipe de agentes? — A ave piou visivelmente furiosa.

Ganhou altitude e girou em seu próprio eixo, moldando estrelas acinzentadas formadas a partir de suas próprias penas metálicas antes de farfalhar suas asas e lançá-las em nossa direção. Mawile manteve-se de costas e, girando sua bocarra inutilizada, fez com que o dano do ataque fosse consumido pela sua extensão juntamente do cinto e das correntes que tilintavam no impacto ao receber o ataque. O dano foi recebido de bom grado por Amedee que lançou seu olhar mortal ao Skarmory num Intimidate responsável por fazê-lo abaixar ainda mais sua postura de ataque, recuando e pousando no chão por fim.

— Minhas batalhas são diferentes das que vocês participam. Eu digladio empunhando palavras que servem como minhas espadas. Amedee luta para encontrar-se. E você, luta por qual motivo?

A fera metálica manteve-se paralisada por alguns instantes, não devido ao seu estado, é claro, mas pelo efeito que as palavras causaram-lhe. Durante todo o momento, mantive minha atenção presa em sua postura após revezar entre tragadas no meu cachimbo e gestos para que Amedee mantivesse a pose de confronto costumeira de sempre.

— Bom. Muito bom. — Quando estava prestes a pegar a Poké Ball de meu bolso, nem mesmo Amedee foi capaz de prever o próximo ataque da ave.

O Slash foi utilizado pelo seu corpo todo vindo em formado de flecha, pairando sobre o solo do terraço conforme uma fina linha branca brilhante era deixada para trás, demonstrando como estava afiado similarizando-se a uma lâmina completa pronta para cortar-me em dois. Naquele momento de guarda-baixa, observei-o realizar uma curva quadrada num ângulo de 90º, emergindo para o alto assim que chegou perto o bastante para conseguir um contato comigo. Seu bico metálico atingiu com tudo o Emolga que observava nossa batalha, lançando-o em piruetas até que perdesse a consciência após ser afetado numa série de Fury Attack. Observei toda a ação sem retirar sequer um tijolo da grande fortaleza que estruturava minha pose, analisando pela lateral de meu campo de visão o esquilo voador bater com tudo no chão as suas costas, deixando um dispositivo de gravação de audio e vídeo rodar até parar perto dos pés de Amedee.

O Skarmory piou assim que uma nova carga elétrica percorreu todo o seu corpo novamente.

— Nossa negociação só se fecha assim que você assinar os termos dispostos nesse contrato bicolor. — Aproximei-me com elegância da ave com a Poké Ball vazia em mãos, aguardando que ela colocasse um fim não só ao seu sofrimento, mas também às expectativas geradas pelo acordo.

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Re: [CL] — finesse.

Mensagem por Wonder Sáb Abr 25, 2020 8:57 pm

  • Amedee recebeu 40 XP; Saúde: 75%;
  • Labee ganhou 25 Bitcoins
  • Skarmory StarStarStar capturado; Saúde: 45%;
    ataques escreveu:
    • Peck
    • Furry Attack
    • Swift
    • Spikes
    • Steel Wing


Ascensão:

Adorei o que tu tem apresentado da personagem até aqui. Gosto da forma como ela se mantém forte e firme, mas se importa com as coisas delicadas dos seres, isso traz profundidade e humanidade pra ela. O post também foi bem escrito e teve uma progressão calma, coesa e coerente, como sempre. Muito bom. Sobre as missões, qualquer dúvidas só me contactar.
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Re: [CL] — finesse.

Mensagem por L.L Dom Abr 26, 2020 4:07 pm

Finesse
Toda a cena estruturada teve seu devido desfecho assim que a criatura metálica pousou o bico sobre o botão central da esfera bicolor, automaticamente recolhendo-se para o devido interior e, quando vi que talvez não fosse o suficiente, peguei uma segunda afim de garantir, mas o caso já havia sido sanado: a Poké Ball parou de mexer-se, completando a captura e findando mais uma negociação com sucesso. Recolhi o item para dentro de um dos meus bolsos internos enquanto analisava o estado atual de Amedee com um longo olhar, entretanto, foi algo fora do comum que chamou-me a atenção logo nas mãos da dual type.

— Suponho que estava acoplado no Emolga pelo que lembro de ter visto — estiquei a mão para que ela me desse e assim foi feito. Analisei o pequeno dispositivo entre falanges, apoiei-o em minha palma aberta e consegui ver de relance alguns poucos fios saindo de sua parte superior. Coloquei-o dentro de meu quimono e, sem mais delongas, observei a paisagem ao redor uma última vez antes de fazer meu trajeto até o elevador.

Ou pelo menos pensei que seria a última vista.

Amedee agiu rápida como de costume: interceptou o vôo da criatura alada com sua mão espalmada assumindo aquele estilo tradicional de artes marciais que havia desenvolvido durante a ausência da bocarra. O Sucker Punch atingiu em cheio o selvagem e o projetou a metros de distância devido à potência do ataque, fazendo-o cambalear no ar enquanto realizava piruetas farfalhando suas asas afim de não perder altitude. Ainda de costas, virei apenas metade do rosto para contemplar a fera cujo na realidade tratava-se de um Noibat enraivecido provavelmente devido ao confronto anterior responsável por acordar de seu sono matutino.

Dei uma longa tragada no cachimbo, trazendo para meus pulmões o último daquele fumo enquanto minhas engrenagens mantinham o movimento rotacional consoante à minha mente que traçava linhas racionais hábeis o suficiente para lidar com a situação da melhor forma. Amedee não parecia disposta a ter que avançar num segundo ataque contra o Noibat, contudo, quando viu que o selvagem não desistiria tão facilmente, cruzou os braços e soltou um longo suspiro, como se aceitasse a situação.

— Veja, Amedee: esse é um momento que repete-se constantemente num paradoxo ao longo de Detroya. Nós atrapalhamos o conforto dos selvagens com nossa inconveniente rotina — o pequeno morcego brandiu suas asas, arqueando-as conforme figuras à sua imagem salpicavam todo o campo de batalha conforme a tática de evasiva ganhava espaço em meio ao Double Team utilizado. — Eles, em troca, decidem nos atacar por pura defesa territorial. Esses dois pontos de vista sempre findarão num embate como o que presenciamos nesse exato instante. — Exalei o fumo no fim daquelas palavras, deixando a fumaça negra ser levada pela inconstância de ventos no ponto em que encontrávamos.

Amedee, certamente, não tinha tempo para absorver nada do que eu havia dito. Assim sendo, seus olhos focavam-se nos clones do morcego ao redor, tentando atravessar aquela barreira ilusória e encontrar o verdadeiro entre tantos Noibat. De maneira sincronizada, as imagens do selvagem decidiram movimentar-se convergindo ao ponto central de todo o palco de batalha: a Mawile. Outrossim, as asas das criaturas denotavam um reluzente tom prateado responsável por denunciar o uso de Air Slash contra a Pokémon.

O primeiro clone foi defendido pelas mãos espalmadas de Amedee, mas desfez-se numa miragem, assim como ocorreu com o segundo que atingiria-lhe pelas costas. Logo mais, o terceiro e o quarto também sumiram como uma ilusão de ótica assim que a bocarra da steel-type manifestou-se abanando-os de uma única vez. Os sucessivos ataques demonstravam ser de cópias, deixando a Mawile cada vez mais perdida em meio ao confronto.

— E o selvagem predador amacia sua presa, cansando-a com miragens de sua própria imagem enquanto prepara o verdadeiro ataque — narrei a batalha como quem não possui pretensão alguma, entretanto, dessa vez, Amedee absorveu as informações passadas e percebeu que nenhum daqueles Noibat tratavam-se do verdadeiro. Mais ao longe, à esquerda, um vulto saía detrás de uma tubulação com ambas as asas envoltas naquele mesmo reluzir dos anteriores, contudo, executava espirais em meio à movimentação no intuito de torná-la ainda mais forte. — Mas a presa sabe como interceptar o ataque velozmente.

Assim foi feito.

Com base naquelas minhas ordens indiretas, a Mawile manteve-se parada enquanto o Noibat ganhou proximidade o suficiente para abrir suas asas, parando o movimento só quando já estava perto e lançando toda aquela pressurização de ar adiante num formato de duas lâminas de vento responsáveis por atingirem Amedee e… desfazê-la como se nunca tivesse sequer estado ali. A figura de uma Mawile deixada para trás desfez-se explicitando que, devido à velocidade assumida pelo Sucker Punch, a Pokémon deslizou de seu ponto inicial tão rapidamente que foi o suficiente para deixar numa fração de segundos a sua figura estática para trás quando, na realidade, quase num stop-motion já havia atingido um golpe com ambas as mãos espalmadas nas costas do morcego. Tudo foi muito rápido, realizado em vultos e movimentações denotadas apenas pelo deslizar das sombras contra o solo do terraço.

O Noibat sequer chegou a ver o que atingiu-o.

Foi jogado contra o chão, arrastando sua face no terraço, deixando partes de penas das suas asas caírem em meio ao arrastar de seu corpo, até que por fim se levantasse novamente, ainda que aqueles ferimentos mostrassem apenas a piora de sua saúde caso prosseguisse na batalha. Arrumei meu chapéu sobre meu olhar e decidi entrar na batalha, irrompendo minha presença no campo de combate com um desfilar hipnótico — meus quadris moviam-se conforme o passar do toque de meu salto na estrutura do solo à medida em que os olhos de ônix focavam-se apenas na criatura tentando levantar-se de qualquer forma, desesperando-se cada vez mais com minha proximidade. Do alto de minha grandeza, analisei-o arfar tamanha a falta de fôlego.

— Você não precisa disso. Não quer conversar? — Forcei o ponto de abertura para que as negociações fossem dispostas.

Embora fingisse não perceber, era possível notar uma coloração esverdeada ganhar força em suas presas à medida em que fazia-se de indefeso. Como um filhote na natureza que clama pela sua proteção própria, veio em minha direção tentando acertar-me aquele mesmo Absorb. Contudo, o Play Rough de Amedee foi responsável por jogá-lo contra o chão num único movimento. O ataque foi tão forte que desmaiou-o imediatamente, deixando algumas estrelas e espirais esboçadas flutuarem ao redor de sua imagem conforme pequenas rachaduras apareciam debaixo de seu corpo completamente inerte. A Mawile deu de ombros sem mostrar muita importância devido à vantagem de tipo exercida no momento.

— O diálogo poupa resultados como esse. Talvez seja desse aprendizado que você necessite. — peguei mais uma Poké Ball vazia de minhas vestes e apontei-a para o selvagem nocauteado, tentando capturá-lo de maneira sutil após toda a conflituosa batalha contra Amedee.

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Re: [CL] — finesse.

Mensagem por Wonder Dom Abr 26, 2020 6:58 pm

  • Amedee recebeu 15 XP; Saúde: 75%;
  • Labee ganhou 25 Bitcoins
  • Noibat Star capturado; Saúde: 05%;
  • Retirar 1 pokeball do inventário.
    ataques escreveu:
    • Absorb
    • Supersonic
    • Double Team
    • Wing Attack
    • Bite
    Parabéns, você capturou um Noibat! Logo mais seus dados serão inseridos em sua Pokédex! Trate-o com muito amor e carinho, e certamente seu novo Pokémon o recompensará com muita fidelidade!

Oie, divide um pouco desse mel aí com raros com a gente tbm, bb. Enfim, gostei da forma como tu conseguiu manter a postura e interpretação da personagem mesmo em uma situação que te pegou de surpresa. De resto, batalha muito bem elaborada e interpretada também, parabéns pelo morceguinho.
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Re: [CL] — finesse.

Mensagem por L.L Seg Abr 27, 2020 2:48 am

Finesse
Deixei que o Emolga ficasse inconsciente ali, aliás, uma hora ou outra ele acordaria e sabia certamente o caminho de volta para casa. Apenas com Amedee em meu encalce, rumei ao elevador novamente e apertei o botão até que esperasse a cabine chegar. De braços cruzados, sentindo o frescor da brisa dali de cima brincar com o tecido fino de minhas vestes, aguardei até o momento de adentrar naquele cubículo envidraçado junto de minha Pokémon, mantendo-me na espera enquanto os andares faziam contagem decrescente até o primeiro.

— Chegou o momento do descanso, Amedee. Acredito que já tenha visto o bastante por hoje. — A dual-type respondeu-me dando os ombros, mas seus olhos avermelhados refletidos no vidro ao lado demonstravam sua inquietude a respeito dos dois novos Pokémon presentes em meu time. Era algo novo. E ela teria que se acostumar.

Contudo, foi outro detalhe vindo por parte do vidro que chamou-me atenção. Quando estávamos na casa do andar 40º, uma mulher corria desesperadamente pelo corredor disposto. Seu semblante desesperado logo lembrou-me da cena anterior da moça entre nós duas enquanto subíamos ao último andar, juntando esse detalhe com o outro, não tardou para que, numa olhada para o chão, eu encontrasse aquele salto abandonado ainda ali. Entretanto, antes que eu pudesse sequer tomar alguma ação, Amedee agiu prontamente.

A Pokémon apertou no botão de parar no andar e, num solavanco repentino, a cabine fixou-se naquele número 48. Segurei-me no vidro mais atrás para que não caísse e, quando a porta à frente abriu-se, a desconhecida esboçou um largo sorriso em seu rosto e, ainda um pouco sem jeito e trêmula, agradeceu-me por ter parado o elevador para que ela adentrasse. Completamente desajeitada, pegou o salto e tentou colocá-lo em seu pé esquerdo, pendendo para o lado oposto quando tentou realizar o ato e quase caindo no chão da cabine conforme as portas fechavam-se novamente e o caminho até os demais andares inferiores prosseguisse.

O silêncio reinou naquele ambiente, supremo.

— E-eu odeio o mundo dos negócios… é tão… ridículo — murmurou com os olhos marejados, tentando ajustar aquele jaleco preto que utilizava por cima da camisa social branca. Levou uma mão aos olhos, mantendo o olhar fixo à parede envidraçada na esquerda, como se tentasse esconder as lágrimas. Naquele instante, eu e Amedee não precisávamos nos entreolhar para entender do que a de fato a situação se tratava. Eu, pelo menos, já lidei com muitas dessas afirmações anteriormente.

Non, non… se eu concordasse com você, seríamos ambas tolas dividindo o mesmo curto espaço dentro desse elevador — respondi de maneira ríspida, arrancando um olhar de espanto por parte da dona de mechas verdes escurecidas. Ela ajustou seus óculos de lentes arredondadas e encolheu-se mais ainda em seu canto. — Os negócios podem ser capazes de mudar muitas vidas para aqueles que sabem como usá-los. Talvez você só precise de algumas noções básicas a respeito.

Ela prendeu um soluço e retirou a armação para que pudesse limpar as lentes na manga do jaleco, ainda desajeitada. Parecia como uma simples adolescente usando trajes de adulto e tentando entrar no mundo corporativo à sua própria maneira. Entretanto, realizava todas as minhas análises mantendo meu queixo erguido e olhar fixo à frente, sem qualquer deslize de postura.

— Todos me abandonaram… eu não sei o que fazer. No início era uma proposta tão boa, inovadora, com a minha essência, sabe? E agora sou só eu e um mar de dívidas sem fim. — Afirmou. Colocou os óculos novamente em sua face e pendeu a cabeça sobre o ombro direito levemente. — Acho que minha ideia não é tão boa assim.

Certamente, se eu estivesse com meu cachimbo, seria o momento de exalar a fumaça sobre o rosto da mulher ao meu lado.

— Você teve a oportunidade de abrir seu negócio e apresentar a ideia ao mundo. Faça com que isso, de alguma forma, valha a pena. Poupe-se de dúvidas acerca da sua própria criação, são os outros que devem tecer perguntas a respeito ou terem suas seguranças abaladas diante da sua ideia. — Pontuei. — O que você quer? A troco de que você quer entrar no mundo dos negócios? — Observei que estávamos cada vez mais próximas do térreo.

Minhas palavras pareceram atingí-la de alguma forma.

Ela enxugou as lágrimas por debaixo das lentes, arrumou-se em seu lugar e por alguns instantes fitou o exterior antes da visão ser tampada novamente assim que a cabine parou num dos corredores de estacionamento. Os minutos decorreram com lentidão enquanto a atmosfera presente era completamente tomada pela expectativa de uma resposta por parte da mulher, enquanto Amedee observava-a pelo canto do olho e eu, é claro, mantinha minha postura como a mesma de antes: com o olhar cravado à porta fechada logo em frente.

Foi então que, de supetão, ela manifestou-se.

— Eu quero mudar Detroya! E eu vou fazer isso com uma iniciativa que busque o bem-estar das pessoas. — Afirmou enquanto cerrava os punhos, encarando-me mesmo sendo visivelmente menor. Seu rosto encontrava-se erguido, fitando o meu, esperando por alguma resposta: mas a expressão determinada não vacilou nem por um segundo.
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Tlim!

Chegamos no primeiro andar.

— Ótimo, dame. Suponho que teremos uma reunião por video conferência durante a noite de hoje, certo? — ainda sem olhar diretamente para sua face, entreguei-a um cartão dourado com meus dados para que pudesse entrar em contato. — Parabéns, querida: a sorte sorri a seu favor. — Ainda sem qualquer desfalque em minha compostura, retirei-me da cabine em passos elegantes e que cada vez mais afastavam-me do prédio. Ao meu lado, Amedee caminhava de forma sutil, balançando a bocarra fechada em um movimento pendular conforme as correntes e o cadeado tilintavam em resposta.

Mais atrás, a ouvi bradar:

— M-muito obrigada, Madame L.L! A propósito, meu nome é Esli Kamidori!

Mas eu já estava longe demais para sequer aparentar ter ouvido. Talvez isso tenha a desencorajado a correr atrás de mim. Da forma que fosse, aos poucos a tarde ganhava espaço no cenário de Detroya conforme tons alaranjados invadiam os céus, precedendo o pôr-do-sol e, mais do que isso: anunciando que logo mais a cidade finalmente acordaria durante seu período noturno.

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Re: [CL] — finesse.

Mensagem por Balor Ter Abr 28, 2020 9:48 am

Como de costume, um show de elegância na narrativa que, mesmo num cenário tão simples cumpre com a sua proposta. Parabéns! Considere os Bits abaixo como ganho pela influência sobre a garota, o que de certo modo foi graças ao seu ofício.

  • L.L ganhou 30 Bitcoins por prática do Ofício
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Re: [CL] — finesse.

Mensagem por L.L Ter Abr 28, 2020 12:55 pm

Finesse
A substância gotejou mais uma vez no líquido responsável por preencher toda a banheira.

Minha visão turva contemplou-me unicamente com borrões à medida em que foi possível sentir as vibrações emitidas pelo encontro sublime da gotícula com o restante do líquido. Exalei o restante do ar pelo nariz, fazendo com que borbulhas subissem até à superfície, espiralando dubiamente entre si ao passe em que gradativamente meus olhos voltavam a ganhar foco assim que meu corpo emergia.

Degluti com satisfação o oxigênio fora d’água assim que minha cabeça encontrava-se já do lado externo, recheando-me com oxigênio conforme meus sentidos aguçavam-se piamente, como se esperassem por aquele momento durante muito tempo. Não obstante, tendo em vista a lateral esquerda da borda da piscina composta de iluminação neon bruxuleante, estiquei o braço ainda pingando unicamente para que meus dedos fossem concebidos com o frígido toque do vidro de corpo fino que compunha a estrutura da taça preenchida com vinho tinto.

O largo salão de banho tratava-se de um dos espaços mais agradáveis em toda a cobertura. Minha antecessora podia ser uma mulher sã de inteligência e motivada por filosofias profundas, mas sua gula por luxúria nunca conseguia saciar-se com aquilo que os demais também possuíam — ela queria não apenas diferenciar-se em questões de excentricidade mas, também, em assuntos de posse. Sei apenas que todas as contas já foram pagas muito antes de eu sequer imaginar morar aqui um dia: negociações muito bem tecidas com o síndico do prédio que, inclusive, foi um de seus amantes. Dois andares, três quartos, uma suíte, três banheiros, uma sala de banho e uma varanda aberta capaz de ceder visão sobre grande parte da megalópole central.

Beberiquei o líquido na taça, recostando-me na borda da piscina observando todo o líquido negro disposto em seu interior bloquear a luminosidade neon vinda das bordas como se a evitasse ao máximo — uma irônica metáfora à minha relação não muito favorável com esse traço detroyano. Tateei sutilmente a superfície aquosa, mergulhando meus dedos antes de subí-los e analisar a substância gotejar no restante da água turva como de praxe. A mistura de óleo de essências com compostos químicos de hidratantes e aromas artificiais é responsável por fazer uma manutenção por completo em meu corpo — um produto manipulado em laboratório de acordo com a minha própria receita engenhosa, servindo as minhas singulares necessidades fisiológicas como nenhum outro.

A porta do grande salão abriu-se ao longe, dando passagem a Amedee que trouxe-me o tablet e a Pokédex em suas mãos, deixando-os sobre a borda da piscina. Antes de eu sequer agradecê-la por tê-los trazido, ambos os dispositivos, sincronizados, tocaram revelando uma numeração desconhecida. Aproximei-me apenas para colocar a Pokédex num suporte e atendi a chamada por comando de voz antes de afastar-me num sereno nado, pegando alguns metros de distância à medida em que apenas parte de meus ombros para cima ficavam para o exterior do líquido.

Na tela do eletrônico, apareceu Esli com seus fios esverdeados presos num coque: a vista limitada da câmera revelava apenas a camisa branca de gola que utilizava no momento. Ajustou seus óculos, como se buscasse enxergar algo em meio à escuridão justamente no momento em que aproximei-me mais da Pokédex, ajustando minhas mechas enegrecidas para trás da orelha enquanto observava-a de maneira solene, erguendo a taça de vinho amistosamente.

Santé — a cumprimentei antes dos meus lábios tomarem a borda fina da taça novamente.

— Madame L.L?

— Sim?

— Nossa… reunião?

— Já podemos começar — busquei o tablet mais ao lado com a mão livre e, ainda sem largar a taça, liguei-o exatamente em meio aos dados que eu havia colhido mais cedo enquanto pesquisava pelas informações me passadas via mensagem por Esli sobre sua empresa.

AIR-ecos: uma corporação de médio porte, erguida há menos de seis meses e que tem como função a venda e compra de tubos de oxigênio vindos de Ylium — algo extremamente caro para se trabalhar, motivo pelo qual muitas das empresas no exterior da cidade-verde pouco costumam gostar de trabalhar a respeito, mas que rende amplos lucros se administrado perfeitamente. Infiro de acordo com os dados recolhidos que o objetivo real de Esli seja a manipulação desse produto para um mais acessível, comprando-o diretamente da própria fabricante, a Ecius e trabalhando-o da sua própria forma.

— Como eu disse, meus dois funcionários que apoiaram-me desde o início a erguer a AIR-ecos saíram por questões pessoais, agora preciso lidar com os tanques de oxigênio que já comprei da Ecius parcelados e…

— As taxas por manter suas experimentações laborais. Você não alugou um laboratório para isso, suponho… você mesma o manipula, certo? — Ela não precisou responder-me além de engolir a própria saliva, como se temesse chegar nesse assunto. — Creio que o problema não esteja exatamente nos desfalques em sua equipe, mas sim na sua forma de conduzir a parte tanto do gerenciamento corporativo, administrando a empresa, funcionários e setor financeiro mas como também ser o laboratório da empresa.

— É… e-eu não consegui contratar mais ninguém por não ter mais condições. Eu tinha conseguido a confirmação de um contato que ajudaria-me nos gastos de admitir um novo funcionário, mas…

— E quem vai confiar numa pessoa de histórico tão instável assim? — Pontuei de maneira cirúrgica, interrompendo sua fala enquanto ela própria demonstrava concordar com o comentário. — Seu problema não são os gastos no momento, é a forma como você utilizou seu orçamento a fim de gastar pouco a longo prazo e, no fim das contas, não conseguiu sustentar nem a área administrativa e nem a laboral. Você está a ponto de falir devido às próprias escolhas, dame Kamidori.

Por detrás das grandes lentes arredondadas era possível perceber os olhos castanhos começarem a se tornarem úmidos.

— Mas — mostrei-a o tablet, dando uma última golada no vinho da taça antes de apoiá-la sutilmente sobre a superfície da água turva: para surpresa daqueles que não sabiam, pequenas partículas de ligação de hidrogênio debaixo da estrutura do vidro faziam com que o objeto conseguisse manter-se fixo na lâmina líquida ainda que apenas quando esta encontrava-se sem movimentações bruscas. — Todas as empresas de mesmo setor trabalham de maneira diferenciada: ou insistem nos laboratórios ou na gestão administrativa. Você, do contrário, executa ambas as tarefas com maestria

A câmera do tablet foi responsável por hologramar estatísticas que eu havia edificado no caminho de casa após realizar minhas buscas. Uma torre maior simbolizava as chances das empresas que trabalhavam separadamente nos dois setores: alta, em um azul forte. Mais atrás, a forma do meio indicava aquelas que tentavam conciliar ambas as esferas operacionais de maneira mais instável, transicionando poderes. A última, de vermelho e menor tamanho, expressava a parcela referente ao recorte em que Esli estava. Aproximando mais a imagem, a AIR-ecos surgiu, demonstrando suas ações no mercado decrescendo ao longo do tempo frente à sua inauguração implacável com altos rendimentos.

— Você está enfrentando consequências referentes ao seu começo esplendoroso no mercado — demonstrei mais alguns dados que, dessa vez, relatavam a respeito da longevidade da empresa — isso, é claro, não teria acontecido caso seus funcionários principais tivessem sido mais fiéis ao seu empreendimento, o que nos leva a outro ponto. — girei a imagem com os dedos da mão canhota, enquanto manejava o tablet com a destra.

Um amplo mapa mental foi aberto em meio ao holograma, dispondo do nome de Esli no meio conforme várias ramificações dividiam-se em subtópicos chamativos: lealdade, finanças, cooperação, rendimentos, sacrifícios e ética trabalhista eram os principais títulos traçados por linhas chamativas que descreviam-nos pouco a pouco.

— Você não teve lealdade por parte daqueles que buscou dividir a ideia da empresa, com isso, suas finanças tornaram-se turbulentas uma vez que teve de desempenhar também o papel daqueles que antes o executavam. Por outro lado, a ausência de cooperação tanto administrativa quanto laboral pesou ainda mais os rendimentos, fazendo a corda em seu pescoço apertar-se cada vez mais. — Narrei tudo com detalhes precisos conforme agora aproximava-me da borda, onde havia uma garrafa de vinho mais isolada do restante do material.

Enchi minha taça novamente enquanto deixava Esli pensar a respeito de toda a narrativa de sua empresa desde que o cenário começou a dar errado.

— Sim, mas…

— O que nos leva aos sacrifícios. Não desligue funcionários por agora, mas venda por um preço mais barato os tanques de oxigênio que você comprou para as próximas manipulações.

— Eu já pensei nisso, mas ficaríamos muito tempos inertes no mercado até recuperar-mos e acabaríamos voltando ao mesmo ponto atual. — Correto.

— E é por isso que você deve negociar diretamente com a Elcius. Venda os produtos, pague-a, pague o seu gasto laboral e, no fim do dia, garanta um preço menor nas compras dos tanques de oxigênio quando for comprar o material. Faça com que a matéria-prima torne-se mais barata e mantenha o preço de venda do seu produto, assim, a longo prazo, o lucro virá e poderá reestabelecer sua questão financeira. — Afirmei.

— Negociar com a Elcius? M-mas eu não sei como…

De repente, foi como se uma luz se acendesse em seus olhos.

— Madame L.L… você… pode negociar com a Elcius?

Com ar vitorioso, observei o líquido dentro da taça girar conforme eu a balançava em movimentos circulares despretensiosamente.

Touché, dame Kamidori.

— Seria… seria uma ótima saída mesmo. Talvez eu até consiga uma nova linha de produtos se sobrar algum dinheiro e renove a AIR-ecos no mercado com o passar do tempo. É… excelente! Incrível, você é um gênio — o sorriso resplandeceu em seu rosto, ensolarando-o conforme aproximava-se ainda mais da câmera de seu dispositivo. — E quando você vai…

Pokédex, agendar horário para amanhã às dez da manhã: viagem para Ylium a negócios — o dispositivo, em meio à chamada, acendeu um tom azul em resposta com uma notificação de que havia sido marcado o horário. — Está tudo entrando nos trilhos. Logo mais, sua empresa poderá respirar novamente, assim como você almeja que seu público o faça.

Numa despedida formal, a chamada foi desligada e afundei novamente naquele líquido, deixando a taça de vinho na borda conforme sentia minhas engrenagens aliviarem-se com o toque aquoso em si e os óleos realizavam uma manutenção geral em meu corpo vagarosamente. Longe do exterior, sem que aquelas luzes neon bruxuleantes sequer tocassem meu corpo devido à profundidade alcançada, aproveitei um dos meus últimos momentos antes de ter que enfrentar o mundo dos negócios frente-a-frente novamente.

Logo mais, estarei deixando meu lar pela primeira vez durante muito tempo.

Será que vem aí?
(Médio)
Recompensa: 90 Bitcoins.
Premissa: Lançar Dado de Evento (NPC)
Descrição: Ao sair do terraço e chamar novamente o elevador, Labee repara que a mulher que saíra às pressas do elevador deixando para trás seu sapato não retornara para buscá-lo. Decerto estava realmente com muita pressa. Enquanto descia calmamente o elevador, pode avistar através de seu vidro a mulher, agora voltando apressada, que então começada a correr ao ver que o elevador chegava ao seu andar, mas que não daria tempo de ela solicitá-lo antes de ele passar, o que certamente a obrigaria a esperar até ele desembarcar no térreo e retornar todos aqueles andares. Caso Labee tivesse o bom coração de apertar o botão a tempo de o elevador parar no andar e esperar pela mulher, descobriria que ela era gestora em uma empresa de médio porte que estava ainda em seu primeiro ano de funcionamento, cuidando da área de compra e venda de insumos e produto final, respectivamente, e que estava sobrecarregada desde um recente desfalque em sua equipe, na qual seus dois subordinados diretos haviam saído, uma por ter contraído uma doença estranha e contagiosa e o outro porque descobriu que seu sonho era começar um canal que falava sobre brinquedos infantis, o que fizera seus horários ficarem malucos, de forma que cada segundo era relevante. Caso Labee tivesse interesse e o demonstrasse, talvez a mulher poderia contratá-a para fazer um serviço de análise de custo/benefício entre o mesmo insumo de dois fornecedores diferentes. Será que Labee se interessaria pelo serviço e estaria à altura de completá-lo satisfatoriamente? Caso sim, havia a possibilidade de contratação.

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